Cris Guterres

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Opinião

Por que nos surpreendemos por Sabrina Sato dizer que transava pouco?

Sabrina Sato, sempre com simpatia e sinceridade, expôs no "Sobre Nós Dois" (GNT), na quinta-feira, uma situação comum nos relacionamentos, mas que parece ser camuflada embaixo do tapete do quarto: o sexo, ou no caso, o pouco sexo.

Teve gente abismada quando Sabrina compartilhou que a frequência das relações íntimas com seu ex-parceiro Duda Nagle foi um indicativo significativo para a separação. Ao que parece, as pessoas que se surpreenderam não esperavam tanta sinceridade de Sabrina Sato, mas a moça é dessas que não se envergonha com facilidade e adora quebrar um tabu nas entrevistas. Ao comentar o assunto, ela mesma disse o quanto é importante falar sobre seus sentimentos para apoiar mulheres que passam pelos mesmos desafios.

A verdade é que falar sobre sexo não deveria ser mais constrangedor do que discutir o clima ou o último episódio de nossa série favorita. É um assunto natural e saudável que merece ser debatido abertamente.

Imagine um mundo onde não precisamos sussurrar palavras relacionadas a sexo ou recorrer a eufemismos engraçados só para evitar desconforto. Imagine conversas abertas sobre nossos corpos, desejos e prazeres. Isso não só nos torna mais informadas, mas também nos ajuda a tomar decisões melhores e mais conscientes em nossas vidas sexuais.

Além disso, quando mulheres se unem para discutir o sexo sem tabus, isso desafia a narrativa de que a sexualidade feminina deve ser escondida ou envergonhada. É uma revolução de autoaceitação e poder. Somos donas de nossos corpos e nossas escolhas, e não há motivo para não celebrar isso com orgulho.

Mas que tal a gente encarar a realidade com as falas da Sabrina? Em um relacionamento, nem sempre o sexo é uma maratona de paixão ardente. Às vezes, as chamas podem parecer mais uma fogueirinha de acampamento do que um incêndio florestal, e está tudo bem!

Primeiro, vamos esclarecer uma coisa: não existe fórmula mágica para a quantidade "certa" de sexo em um relacionamento. O que é importante é que ambos os parceiros estejam satisfeitos e confortáveis com a frequência. Às vezes, a vida fica no caminho com suas responsabilidades, estresse e Netflix. E, sabe de uma coisa? Isso é absolutamente normal!

Afinal, um relacionamento é sobre muito mais do que apenas o que acontece debaixo dos lençóis. É sobre apoio, companheirismo, risadas compartilhadas e, claro, momentos de ternura e intimidade. Quando o sexo se torna mais escasso, muitas vezes esses outros aspectos ficam mais em evidência — ou não.

Pode ser que o casal esteja passando por uma fase de maior proximidade emocional e que essa seja uma oportunidade para se conectar de maneira diferente. Às vezes, fazer menos sexo pode até mesmo criar espaço para explorar novas formas de intimidade.

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Lembre-se, a comunicação é a chave! Se você está se sentindo insatisfeito com a quantidade de sexo no seu relacionamento, é importante conversar abertamente com seu parceiro ou parceira sobre seus desejos e necessidades. Juntos, vocês podem encontrar maneiras de reacender a chama ou simplesmente abraçar essa fase de maior conexão emocional ou descobrir como a Sabrina que o relacionamento deu o que tinha que dar e precisa seguir outro rumo.

Então, minhas amigas, falemos sobre sexo com franqueza, risos e um toque de atitude. Vamos libertar a nós mesmas e, ao fazê-lo, libertar todas as mulheres ao nosso redor. É hora de reivindicar nossa sexualidade e celebrar a maravilha que é ser uma mulher confiante.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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