Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Cinco dias para escolher de que lado da história você se coloca
O ataque de nervos já não é mais à beira. É por dentro, no núcleo.
Semana passada, comecei a listar uma série de fatos sobre diferentes e importantes aspectos que norteiam as eleições: economia, corrupção, religião, educação, saúde, segurança pública, pautas de costumes, fake news. Não nessa ordem. Alguns deles nem deveriam estar contemplados, mas estão, e muito!
Me pus a comparar, inserir vários links com notícias de fontes sérias relacionadas. Tava muito mais empenhada em organizar material para compartilhar do que necessariamente em compartilhar opinião política.
Parei e pensei: vou ser achincalhada. Vão dizer: o que "essa daí" tá se metendo a falar de política? Repensei: Nem leio esses comentários...
Lembrei do sistema econômico... Na ausência de costas ou bolsos quentes, pensei em contratos atuais e futuros. No rechaço. Repensei. Pensei na minha família, nas contas, no futuro... lembrei de ter lido coisas como: quem lacra, não lucra. Obviamente, considerando a associação clara que relaciona qualquer discurso progressista a "lacre". Em seguida, deixando a ameaça sugerida e registrada para quem quiser ver. Lembrei sobre como muitas marcas e empresas "recomendam" distância da política (como se fosse possível a gente se retirar da política) para que não haja situações embaraçosas nem prejuízos.
Pensei no Brasil. No desemparo, fome, racismo e preconceitos que se apresentam (reapresentam) a galope. Lembrei de metade da população mostrando um "outro" lado. Não. Não tô me colocando ao lado dos bons e classificando o outro lado como os maus. A essa altura, já sabemos (ou deveríamos saber) que todos temos essa ambivalência. Mas a gente aprende a sacar isso, a delinear, elaborar, cantar pra subir.
Afinal, imagine só se todo mundo pudesse dar vazão pública às suas pulsões? A toda raiva, ódio, suposta razão e violência que um humano comporta. Vamos aprendendo a escutar, respeitar, conviver com o diferente. Vamos evoluindo.
Oh, não! Não é bem assim? As armas de fogo já tão no rolê, granadas e tals. Discursos de ódio e preconceito naturalizados e entoados como gritos de guerra.
Para sair de vez da civilização e abraçar a barbárie integralmente, talvez empunhemos machadinhas e espadas para eliminar os que não gostamos? A essa altura, quem tá a fim de se informar, já encontra vasto material em grandes veículos de imprensa nacionais e internacionais. Dá para comparar e decidir tranquilamente. Se você ainda não decidiu em quem votar, bote aí num papel quais os aspectos mais importantes de uma sociedade para você. Depois, compare os planos de governo, vida pregressa, falas e atitudes dos candidatos. Pronto, agora é só escolher teu caminho. Teu caminho, sim, implique-se aí.
Como diz tweet do @meteoro_br: "A verdadeira polarização no Brasil é entre os que querem o direito de viver e os que querem o direito de matar." Simples assim.
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