5 atitudes que homens devem tomar para ajudar mulheres no Carnaval

Gostaria que os leitores homens refletissem: você tem ou já teve um medo diário de ser assediado ou estuprado? Pois saiba que a maioria das mulheres convive com esse medo. Essa informação te incomoda? Se não, deveria. Peço que se permita a essa reflexão, que pode ser dolorida, mas garanto que é muito mais mais dolorido ser alvo da cultura do estupro. Se dediquem a compreender os medos com os quais vivemos e o quanto somos responsabilizadas por violências das quais somos vítimas. Queremos que sejam aliados em uma vida sem medo.

"E como eu posso fazer isso?", você está se perguntando. Te ajudo a aplicar essa mudança já no Carnaval.

Antes, comece refletindo se seus pensamentos desumanizam mulheres, as diminuem, objetificam ou, se transformados em ação, virariam um constrangimento ou até mesmo um crime. E se pergunte: por que eu penso isso?

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1. Agora, vamos para o clássico: não é não. Pediu um beijo e ouviu um não? Agradeça a atenção e saia. Não insista, não perturbe, não persiga. Nenhuma mulher tem obrigação de satisfazer o seu desejo só porque você é homem.
2. Parece óbvio, mas a gente precisa reforçar: não toque no corpo de ninguém sem autorização, nem que veja isso como uma "brincadeira". Uma meia-calça arrastão, um biquíni pequeno ou mesmo peitos de fora não são um convite para você.
3. A dica acima não vale só para suas ações, mas sim para todo seu entorno: se vir um homem, mesmo desconhecido, importunando uma mulher, se meta para apoiá-la. Presenciar uma violência e não fazer nada é o mesmo que ajudar o agressor.
4. Caso veja uma mulher em situação vulnerável, sem conseguir falar ou andar corretamente, ou inconsciente, não faça nada além de ajudá-la. Não toque seu corpo, não a beije, não faça insinuações, pois isso tudo é crime. Uma mulher inconsciente não é um corpo para te servir. Pergunte se ela precisa de ajuda, busque apoio de outra mulher, como uma segurança, amiga sua ou até mesmo uma agente de segurança pública.
5. Não publique imagens em redes sociais de mulheres nuas ou seminuas sem a autorização delas, mesmo que elas estejam em blocos, na rua.

Seguindo essas dicas, vocês já nos ajudam bastante. E para vencer o machismo, precisamos de vocês. Passe as orientações para frente e pense em quais outras ações pode fazer para se tornar um aliado. E bom Carnaval!