Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Como se aliar à luta LGBTQIA+ em cinco passos
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Junho é o mês de celebrar o Orgulho LGBTQIAP+. Há anos, inclusive, a maior parada LGBT+ do mundo acontece no Brasil, na avenida Paulista em São Paulo —em 2023, é depois de amanhã, no domingo (11).
Imagino que muitas pessoas que leem essa coluna não fazem parte da comunidade LGBT+, mas querem atuar como aliadas dessa população tão central para a nossa sociedade.
Por isso, no texto de hoje, trago cinco dicas do que você, pessoa hétero e cis, pode fazer para ser uma aliada dessa comunidade. No vídeo acima, há outras cinco dicas diferentes, assista.
1. Não se dirija a lésbicas como sendo um fetiche
Infelizmente, é muito comum ouvir relatos de mulheres lésbicas que são abordadas por homens perguntando se podem beijá-las ou participar de suas intimidades sexuais. Isso é reflexo da educação sexual baseada na pornografia que apresenta o sexo entre mulheres centrado no prazer masculino. Mulheres lésbicas não estão em falta, não sentem a falta de homens e querem apenas paz e liberdade para existirem e amarem sem invasões que as desumanizem.
2. Comentários e piadas com estereótipos? Melhor evitar
Não é porque um homem é gay que ele gosta de moda e música pop ou porque uma mulher é lésbica que gosta de barzinho com MPB ao vivo. Pessoas LGBTQIAP+ são múltiplas, diversas e diferentes entre si e merecem ser reconhecidas em todas as suas expressões. Fazer piadas ou comentários que você julga engraçados mas se valem dessa ideia única de perfil é um erro e mina a autoconfiança.
3. Se alguém te disser que é bi, respeite
A comunidade bissexual muitas vezes é tratada com menos seriedade ou como pessoas que, na verdade, estão apenas escondendo sua verdadeira orientação sexual. Ser bi é uma orientação sexual em que a pessoa se interessa por homens e mulheres, e mesmo que namore mais homens ou mais mulheres, por exemplo, a orientação não muda. Se alguém te diz que é bi, respeite e aceite.
4. Sua religião é sua, não de todo mundo
Infelizmente, a comunidade LGBTQIAP+ sofre muito com preconceito de fundamentalistas religiosos que querem impor suas crenças para outros e podem aterrorizar a comunidade com mitos de que vivem em pecado ou que vão para o inferno. Hostilizar pessoas LGBTQIAP+ com base na sua religião pode ser compreendido como crime. Pratique e exerça sua fé e deixe as pessoas livres para serem quem são.
5. Reveja seu vocabulário
Algumas pessoas ainda usam a expressão opção sexual para se referir a alguém da comunidade LGBTQIAP+, como se fosse uma escolha. O subtexto é: se você não quer ser violentado, não seja gay, lésbica, ou outra letra da sigla. Se você que é hétero não escolheu ser hétero, por que acreditar que pessoas LGBTQIAP+ escolheram? Orientação sexual é algo pelo que não optamos, apenas somos.
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