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Juliana Borges

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Na hora de casar, é preciso decidir: festão ou não? Eis a questão

Fazer uma festa de casamento ou apostar num mini wedding? Difícil decidir - Rawpixel/Getty Images/iStockphoto
Fazer uma festa de casamento ou apostar num mini wedding? Difícil decidir Imagem: Rawpixel/Getty Images/iStockphoto

Colunista do UOL

31/01/2022 04h00

Muitas são as dúvidas que passam pela cabeça de uma noiva. Como será meu vestido? Quais serão os tons perfeitos para o meu casamento? Quem serão as madrinhas e os padrinhos? A lembrancinha vai ser o tradicional bem-casado ou alguma outra ideia mais criativa? Desde que noivei, sinto que minha cabeça é um emaranhado de dúvidas que vão se embrenhando e caraminholando cada vez mais.

Por um período, eu fiquei extremamente ansiosa. Depois fiquei absurdamente surtada. O final do ano de 2021, parece, veio para aplacar um pouco o surto e acarretou em um certo desleixo de minha parte, se considerado por outras noivas. Até que o "ding-dong" soou pelas palavras de minha irmã, em uma terça-feira à noite: "Amada, você tem só mais oito meses!".

Eu imaginava que o cenário pandêmico estaria melhor. É a minha mania de sempre ver o lado cheio do copo, sempre imaginar horizontes melhores, mesmo que passemos por uma tribulação. E isso é um tanto contraditório porque, ao mesmo tempo em que anseio esses futuros melhores, também coaduno de uma perspectiva de que não sairíamos melhores da pandemia. E, de fato, nem saímos dela ainda.

Daí, então, que outra dúvida passou a me aplacar: mantenho uma festona? Ou faço um casamento pequeno? Ou faço apenas uma cerimônia breve no civil e gastamos tudo em uma viagem de mais tempo?

Mas eu quero uma festa. Eu quero muito celebrar, dançar, ter crianças correndo. Mas como fazer isso com uma pandemia que não vai embora de jeito nenhum? E como enxugar a lista que, aliás, só cresce?

Há uns quatro dias, comecei a pesquisar sobre casamentos pequenos, mas aquilo não me animou em nada. Como conciliar o meu sonho de uma festança feliz com um cenário de saúde que não muda? Talvez uma carta pública à nação e às autoridades demandando medidas drásticas logo para que meu casamento aconteça? Quem dera ter esse poder.

Os casamentos menores, chamados de mini weddings, viraram uma febrezinha. A pandemia demandou. Mas é também um modelo de festa em que muito se resolve sobre aqueles convidados da lista "tem que chamar". Mas mini wedding não quer dizer menos custos. Já recebi orçamento astronômico de mini wedding que, vamos combinar, nem era tão mini, já que poderia conter até 100 nomes na lista. Em resumo, é um tipo de casamento mais íntimo e que acontece em lugares mais aconchegantes, não tão pomposos.

De todo modo, se você é uma noiva que me lê e se interessa, acho que vale a pena pesquisar. Eu sigo aqui na minha dúvida: como diminuir minha lista e, mesmo assim, manter a dinâmica de festona que queremos? Faço o casamento em um sítio ou na cidade? A única certeza que tenho e mantenho é sobre o tema. Mas falo sobre isso depois, quando, de algum modo, eu tiver superado a angústia que a pandemia me impõe no momento.