Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Sou a favor da monogamia, do poliamor e de humanos como Roberto de Carvalho
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Eu sei, o Dia dos Namorados foi ontem. É, quando é assim, uma data oficial, a gente usa maiúscula. O pai do Doria decidiu. De modo que é importante respeitar. O teclado, que não é rebelde como eu, avisa rapidinho. E também sabe a importância de um fondue em Campos do Jordão e de um post do tipo power point no Instagram. Que se a gente fosse seguir o resto do mundo, que costuma dizer aquele "eu te amo" exibido em fevereiro, o cardápio não ia combinar tanto. Ademais, desconfio que São Valentim e Carnaval devem ter signos incompatíveis.
Ok, estou sendo irônica. Mas parece que no dia seguinte não tem tanto problema. Usar de ironia. Pelo menos é o que diz o estatuto que eu inventei, parte do Manual do Rebelde que venho desenvolvendo nos últimos tempos.
Não que eu não goste de comemorar. Ao contrário, amo. Hoje mesmo, por exemplo, estou celebrando o fato de que ainda faltam 201 dias para o ano novo. Também podemos tomar uma cerveja para dar um salve para Santo Antônio - que adoro - ou cantar parabéns para Rita Cadillac, para quem igualmente acendo vela. E agora estou sendo sincera.
13 de junho também é o dia da fundação da capital do Acre, Rio Branco, que não conheço. Da criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, minha Igreja. E do casamento do Lutero com a Catarina de Bora, uma coisa realmente revolucionária e digna de feriado, na minha junina opinião.
Ah, mas isso aconteceu em 1525, Maria. E nem foi aqui. Ué, gente. Um casal que se junta contrariando a regra do celibato para padres e freiras na Igreja Católica! Há quase 500 anos! Há que se respeitar. Mas esse é um assunto polêmico e esse texto é sobre romance.
Romance, algo que acontece entre um passo e outro. Que pode vir com flores ou caronas, através de filhos ou de filmes, na primeira tentativa ou na quinta, morando junto ou em cidades diferentes, com marido ou com amante, gostando de séries ou odiando prato com espuma. Fiz uma das minhas maiores amigas porque odiávamos a mesma pessoa, ou seja, nada de subestimar a cumplicidade do bode em comum.
Mas essa é uma coluna sobre Dia dos Namorados. Feita por alguém que adora fondue e Campos do Jordão e que já escreveu dois livros com declarações apaixonadas. Mas que agora quer ser durona. Sabe como é, né? Às vezes, a pessoa envelhece, mas não amadurece. Sou do contra desde o "com quem será?" das festinhas infantis.
Fora isso, e livre do calendário, sou a favor de tudo. Da monogamia, do poliamor, do casamento mais fechado às relações de 24 horas. Sou, sobretudo, a favor de ficar revendo "Succession" com meu namorado. E de pensar que existem humanos como o Roberto de Carvalho.
Será que é muito?
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