Marcela&Vitoria, Marta&Toni: romantismo entre mulheres é o que precisamos
Os primeiros dias de 2021 começaram transbordando amor. "Tô noiva!", anunciou a atriz Vitória Strada à frente de um letreiro luminoso com os dizeres "Casa comigo?" preparado pela namorada, a atriz Marcella Rica. Vitória e Marcella estão juntas há um ano e meio e compartilharam a novidade no Instagram, onde têm mais de 2,5 milhões de fãs.
Foi também pelas redes que as jogadoras Marta Silva e Toni Deion contaram a novidade, exibindo alianças de noivado. "Esse é mais um capítulo da história que estamos escrevendo juntas", declarou Marta, eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa.
Mais que demonstrações genuínas de afeto e compromisso, as manifestações públicas desses e de tantos outros casais LGBTQIA+ são atos políticos bastante significativos.
Amar é um ato político
Para além da expressiva repercussão midiática que os dois noivados geraram na imprensa nacional e internacional, é importante constatar que o amor entre mulheres tem sido noticiado de forma natural, sem afetações, como sempre aconteceu com as histórias de amor de casais heterossexuais. Nem sempre foi assim. E em muitos lugares ainda não é.
Em 71 dos 193 países do mundo (36% do total), a prática homossexual é considerada crime - e pode levar à pena de morte. O levantamento, alarmante, foi divulgado no ano passado pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (ILGA).
Casamento homoafetivo no Brasil
Estamos à frente, mas nem tanto. No nosso país, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apenas em 2013. Nos Estados Unidos, a legalização é ainda mais recente: a Suprema Corte aprovou o casamento homoafetivo em todo o território nacional só em 2015.
Representatividade importa muito. E ela é mantida através de atitudes e declarações cotidianas, sobretudo as de amor.
Cris Rozeira, atacante da Seleção Brasileira, se casou em uma cerimônia intimista em agosto do ano passado. Poucas semanas depois, ela e a esposa, Ana Paula Garcia, anunciaram que estavam grávidas do primeiro filho, um menino.
"Achava que família era um sonho distante"
"Quando entendi minha orientação sexual, achava que o sonho de ter uma família estaria muito distante. Por muito tempo jurei que eu seria uma velha solitária servindo em missão humanitária de paz. E imaginar essa situação era até confortável, pois me assustavam os vínculos eternos. Sempre gostei da paz, da solitude e da liberdade de fazer as escolhas por mim mesma. Hoje, com 26 anos, eu nem consigo acreditar que logo, logo estarei segurando meu primeiro filho nos braços. A construção da vida é única e surpreendente mesmo. Mudamos a cada ciclo e com cada nova escolha", revelou Ana.
"Converso com ele quando a Ana tá dormindo e sempre vem aquele chutinho maroto. Bato um papo, conto algumas histórias e canto umas músicas que escutava na infância. Fico perdidinha imaginando você tentando falar as primeiras palavras e dando os primeiros passinhos. Você só de fraldinha com sorriso aberto e sendo paparicado pela vovó e vovô. Eu te amo tanto, meu filho! Tô desenhando um mundo colorido de amor, de aventuras e brincadeiras infinitas. Amo vocês", derreteu-se Cris à esposa e ao nenê que chega em breve ao mundo que as mães tornaram mais bonito.
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