Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Por que devemos fugir de relacionamentos como o de Arthur e Carla no BBB
Semana passada, mais uma cena deprimente aconteceu no BBB, mas desta vez no campo dos relacionamentos afetivos. A atriz Carla Diaz se ajoelhou, literalmente, aos pés do ficante Arthur. "Seja meu parceiro no jogo e na vida", implorou.
Nada contra uma mulher pedir um homem em namoro, muito pelo contrário. Mas tudo contra uma moça se ajoelhar para um cara que a trata com indiferença e a humilha.
Quando a tal cena deprimente aconteceu, muitas amigas minhas começaram a falar: "não podemos criticar, nós já fizemos isso na vida". OK, até já fizemos, sim. Quem nunca se ajoelhou metaforicamente para um hétero estilo boy lixo?
Mas tudo no mundo tem limite (menos a autoestima de homens hétero estilo Arthur) e não é porque todas nós já demos moral para caras péssimos que esse relacionamento deve ser aceito como algo OK. Não podemos normalizar os maus-tratos.
Para quem não acompanha o BBB, o relacionamento entre a atriz e o crossfiteiro é, no momento, um dos destaques do reality. O principal motivo é a frieza com que Arthur trata Carla e a maneira como a moça corre atrás do sujeito. Nas redes sociais, muitos pedem que Carla "pare de se humilhar".
Mas que tal pedir para Arthur parar de humilhar Carla? Se não está interessado, termine, oras. Não parece ser o caso, e o relacionamento está virando um show de clichês a respeito daquilo de que se deve fugir. Vamos a eles:
1. Ele a evita
A atriz corre atrás do ficante, tenta beijá-lo, abraçá-lo, e ele muitas vezes simplesmente vira a cara. E, além de tudo, é grosso. Em uma cena recente, ela o abraça e diz: "Você está difícil, né? Mas eu não gosto de nada fácil". E ouve de volta: "Então rebola, bebê, porque eu sou assim". Oi?
2. Ele tem uma autoestima gigante
Sim, Arthur se acha. E muito. Ele é do estilo que se olha no espelho e fica fazendo braço estilo Popeye e se admirando (e isso não é uma metáfora, ele faz exatamente isso). Essa semana, ele disse o seguinte para o amigo Projota: "Eu e você vamos entrar para a história desse programa".
E qual o problema de se relacionar com um homem assim? Bem, eles se acham a última bolacha do pacote, né? E vão achar que estão com você "por favor", que o fato de você estar ao lado de uma criatura tão sublime já é uma honra.
3. Se ela não se "faz de difícil", não vale
Na última festa do BBB, Carla tentou se divertir sozinha, decidida a tocar sua vida. Mas seu plano não deu certo. Ela ficou tentando ganhar a atenção de Arthur e, mesmo sem perguntar nada, ouviu dele que eles não iriam dormir juntos, que ele dormiria no chão. Claro, para esse tipo de cara, a mulher tem que se fazer de difícil para ser interessante. Quando ela não quis ficar com ele na primeira tentativa dele, o crossfiteiro ficou insistindo e se ajoelhou no chão. Afe, que preguiça.
4. Ele dá em cima das amigas das suas amigas
Alguém tem dúvida de que quando um cara faz isso o relacionamento não vale a pena? Não. Mas sim, Arthur já pediu para a participante Viih Tube o apresentar amigas do lado de fora da casa. E disse no programa que iria para São Paulo conhecer essas amigas. Precisava?
5. Ele não a apoia e não cuidou dela quando ela desmaiou
O que Arthur fez quando a atriz foi alvo de machismo por parte de Rodolffo ou enviada para o paredão? Nada. E, pior, ele não cuidou dela quando ela desmaiou! Sim, Carla sofreu um desmaio em uma prova do líder. Qual foi a reação de seu boy na casa, o cara que insistiu para que eles ficassem? Olhar. Nesse momento, quem a ajudou foi a advogada Juliette.
Sim, na vida fora do programa também é assim e quem mais apoia mulheres em tombos (seja de qual natureza forem) são suas amigas. Agora, realmente, uma pessoa que não te ajuda quando você desmaia ou fica doente não merece ser sua amiga, colega e muito menos seu namorado.
Não, não restam dúvidas de que esse é um relacionamento horrível. É tudo tão tóxico que parece até uma cartilha de "como identificar um relacionamento tóxico". Se você tiver alguma amiga em uma situação assim, é hora de dar um toque. E, se quem está nessa é você, fuja!
