6 motivos pelos quais você pode estar sofrendo com a queda de cabelo
Você sabia que uma pessoa tem entre 100 mil e 150 mil fios de cabelo e que perder até 100 por dia é considerado normal? Sim, a queda de cabelo faz parte do ciclo de vida da estrutura capilar.
No entanto, algumas pessoas podem apresentar perda de fios em excesso e de forma constante. Nestas situações, procurar ajuda profissional é essencial, já que a queda pode estar associada a uma série de problemas.
O professor e tricologista Dr. Valcinir Bedin explica que a perda de cabelo pode ser associada a problemas hormonais, nutricionais, genéticos, a questões de saúde ou até mesmo ao mau cuidado com os fios.
Bedin ainda alerta:
A queda dos cabelos deve ser vista como um sintoma de que algo internamente não está indo bem e, por isso, é importante investigar as causas".
Por isso, se você sofre com esse problema, saiba o que pode causá-lo.
Quais podem ser, então, os fatores que levam a queda de cabelo?
Estresse
O estresse pode estar muito mais ligado à perda de cabelo do que você imagina. Isso porque ele compromete o sistema circulatório periférico e afeta a fixação dos fios.
Diante de situações estressantes, por exemplo, o organismo acelera a produção de estriol, uma substância que pode impedir a entrada de nutrientes na fibra capilar, brecando o crescimento dos fios.
Além disso, o estresse agudo aumenta as taxas do hormônio cortisol no organismo, o que pode causar a perda de cabelo.
Má alimentação
Assim como muitos problemas de saúde, a alimentação tem forte influência na queda capilar. Isso porque, dietas restritivas ou excesso de alimentos sem nutrientes relevantes causam um desequilíbrio nutricional e prejudicam o organismo.
Os cabelos acabam sendo afetados, pois o folículo capilar demanda uma grande quantidade de minerais para nascer e, quando não há nutrientes, eles caem e nascem mais fracos.
Dr. Valcinir Bedin lembra que uma dieta equilibrada, apostando em alimentos para fortalecer o cabelo, balanceando carboidratos, proteínas e vitaminas é uma ótima forma de prevenir a queda dos fios.
Uso de medicamentos
Antidepressivos, anti-hipertensivos, antibióticos e anabolizantes são alguns dos medicamentos que podem ter como efeito colateral a queda de cabelo, especialmente no início do tratamento.
Os remédios contra a depressão costumam ser os que mais causam a perda, pois eles fragilizam a fibra capilar e interrompem o ciclo de vida dos fios, fazendo com que eles caiam precipitadamente.
Alterações hormonais
Quando as glândulas endócrinas como tireoide, suprarrenal e hipófise apresentam irregularidade, os folículos capilares são afetados devido a dificuldade da chegada de nutrientes.
Mulheres grávidas ou que acabaram de ter bebê, por exemplo, sofrem com uma readequação hormonal e, por isso, também costumam sofrer com a perda de fios das madeixas.
Para evitar a deficiência hormonal e, consequentemente a queda de cabelo, a melhor alternativa é se consultar com um(a) endocrinologista para manter os hormônios regulados.
Doenças do couro cabeludo
Foliculite, dermatite seborreica e alopecia são doenças do couro cabeludo que causam a queda dos fios. A foliculite é a inflamação de um ou mais folículos pilosos causada por vírus, bactéria ou fungo e que deixa a região afetada com coceiras, vermelhidão ou até mesmo com inflamações e bolinhas de pus.
Conhecida popularmente como caspa, a dermatite seborreica afeta homens e mulheres e está relacionada à alteração na produção de sebo pelas glândulas sebáceas, causando oleosidade e descamação no couro cabeludo.
Já a alopecia é uma doença que causa uma rarefação dos cabelos - mais que uma queda propriamente dita - em áreas que deveriam haver crescimento dos fios. De acordo com Valcinir Bedin, a doença pode estar associada a fatores genéticos - como no caso da calvície-, autoimunes ou até emocionais.
Procedimentos químicos ou até o uso de prancha e secador
Fatores externos ao organismo como o uso de tinturas de cabelo ou procedimentos químicos - escova progressiva ou qualquer outro método para alisar o cabelo - também podem causar perda de fios.
Isso porque essas técnicas alteram a estrutura da fibra capilar, podendo também causar irritações e inflamações no couro cabeludo.
Já o uso diário de aparelhos como chapinha e secador podem acabar danificando o cabelo devido à exposição excessiva ao excesso de calor.
O que fazer quando há perda de cabelo intensa?
De acordo com Valcinir Bedin, apenas um profissional da saúde - no caso, um tricologista - pode dar um diagnóstico correto por meio da realização de exames.
"Após o diagnóstico do paciente, o médico pode indicar tratamentos, que podem ser feitos por meio de medicamentos - como bloqueadores enzimáticos, hormônios, vitaminas, suplementos nutricionais - ou produtos tópicos para estimular o crescimento, além de produtos cosméticos que mantenham os cabelos saudáveis" explica o tricologista.
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