O amigo de amigo é "vítima" certa
Depois disso, tentei oferecer uns goles para duas mulheres que pareciam estar sozinhas em situações diferentes, mas nenhuma delas quis. Foi aí que eu encontrei a Lara, uma conhecida do meu namorado que havia estudado com ele no ano passado.
Eu me apresentei, disse que era namorado dele e ofereci o copo com balas boiando. Ela imediatamente disse sim. Após duas músicas, o seu copo já estava praticamente vazio e eu lhe mostrei as balas no fundo. “Topa me dar uma entrevista sobre 'Boa Noite, Cinderela'?”, eu perguntei.
“Que susto você me deu agora! Eu ri, mas foi de desespero, sabia? Você nunca vai conseguir imaginar o quanto é horrível ser mulher, pois em qualquer lugar do mundo vai ter algum imbecil tentando cometer algum tipo de abuso contra a gente. Eu nasci na Espanha, já morei em alguns outros países e mesmo morando aqui em Melbourne, que é uma cidade segura, eu tento ficar sempre atenta com essas coisas. Eu até pensei em perguntar o que eram essas coisas brancas flutuando dentro do copo, mas não quis parecer chata, já que eu conheço o seu namorado. E você me pareceu gentil oferecendo o drinque, sei lá, eu já tinha bebido um pouco e estava só tentando me divertir como qualquer outra pessoa aqui dentro. Mas olha, nós mulheres não temos que mudar o nosso comportamento, não. Por que eu não posso aceitar um drinque de um estranho ou de alguém que acabei de conhecer? Eu queria um mundo com menos pílulas e com menos homens escrotos, porque está complicado confiar nas pessoas, viu?”, ela desabafou.