Seu cabelo, sua escolha

Dove acredita no poder de cuidar de si mesma, e do cabelo, afinal, ele expressa quem nós somos

oferecido por Selo Publieditorial

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daniela caetano

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kérol araújo

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rick souza

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tamires oliveira

O cabelo de cada um conta uma história. Para a brasileira então, nem se fala: ela colore, descolore - assume os grisalhos - seca, modela, raspa, corta, coloca tranças, deixa natural ou alisa, tudo como uma forma de mostrar sua personalidade.

Para cada escolha, um cuidado. Na trajetória de encontrar o cabelo que nos representa e expressa quem somos, nós precisamos dos cuidados extremos. E se aprendemos algo com Dove, é que eles podem ser reparados.

Xan Ravelli conversou com quatro pessoas de personalidades, histórias e lutas diferentes, que superaram os estereótipos e padrões de beleza impostos para se lançar no (nada fácil) caminho da autoaceitação por meio da autoestima. Com paciência, amor e coragem, encontraram uma versão mais forte de si mesmo. Nesses quatro mini documentários, conheça a história de Dani Caetano, que venceu um câncer de mama e depois de perder os fios, decidiu assumir o crespo - e os brancos - a despeito do que acham que é ser jovem hoje em dia; Kérol é mãe e tem cabelos coloridos de verde, rosa e espera influenciar sua filha a assumir a própria personalidade no futuro; Tamires, que cresceu sem referência de cacheadas ao redor, alisou o cabelo ainda criança e só adulta passou por dois anos de transição capilar até se reencontrar consigo mesma e Rick Sousa, instrutor de ioga, não-binário, que expressa sua individualidade com os cabelos longos, tranças e coque alto, sim!

Dove acredita que cuidar dos cabelos é reflexo do cuidado com a autoestima. Por isso seu cabelo, sua escolha.

Meu cabelo diz pra todo mundo que eu posso. Não preciso me esconder, esconder meus brancos

Daniela Caetano

O cabelo foi protagonista nas transformações que Daniela Caetano enfrentou em seus 43 anos. Do bullying na infância devido ao volume do crespo ao alisamento, se escondendo com um rabo de cavalo, depois na transição capilar até a queda dos fios durante a quimioterapia em tratamento de um câncer de mama, em 2017. "Eu chorei tudo o que tinha para chorar [enquanto raspava o cabelo, no início do tratamento], me olhei no espelho e disse para mim mesma: 'Pronto. Já chorou, agora você tem um câncer para enfrentar'. Em seguida, fiz uma maquiagem e fui tirar fotos", conta a professora. Ela passou a compartilhar essa fase nas redes sociais na esperança de poder inspirar outras mulheres, que estivessem passando pela mesma luta, a cuidar da autoestima e se sentirem bonitas, independentemente da perda de cabelo. Incentivando uma rede de apoio.

Vencida essa batalha, os fios foram crescendo novamente, mas veio a surpresa: os grisalhos! Fez as pazes com sua autoestima e abraçou a novidade. Hoje, ela não esconde o orgulho que sente de quem se tornou, e o cabelo como uma coroa conquistada. "Meu cabelo diz pra todo mundo que 'eu posso'. Não preciso me esconder, esconder meus brancos. Amo a liberdade de ser quem eu sou."

Olha que divertido poder cortar, colorir meu cabelo. É normal ser diferente!

Kérol Araújo

Da menina "estranha" na adolescência (que fase!) no Espírito Santo, onde nasceu, Kérol transformou tudo o que apontavam como defeitos em características únicas de sua personalidade e imagem: fez mais tatuagens, novos amigos e raspou o cabelo. Mesmo com o acolhimento da mãe e irmãos, o julgamento alheio ainda incomodava. Quando veio para São Paulo, há 6 anos, se libertou de vez e a cor do cabelo agora segue seu humor. Deu vontade de pintar de verde? De cortar curtinho? Pois bem, ela mesma faz porque se tornou cabeleireira e maquiadora para se expressar em cores e pincéis com mais segurança. Mãe de uma bebê de um ano, espera ser como sua mãe foi para ela, um porto seguro de incentivo e aceitação, livre de preconceitos.

Eu vou ser eu, quem eu sou, as pessoas que lutem para me aceitar

Rick Souza

Nascido e criado em São João Del Rei, em MG, Rick se percebia desde criança como gay afeminado - o que era um tabu para as pessoas e para a família. Foi só quando o pai faleceu, que a mãe deixou que tivesse cabelo comprido. E isso se tornou marca pessoal e declaração de resistência. Um garoto, de cabelo comprido em uma cidade mais conservadora no interior de Minas Gerais, infelizmente tornou Rick um alvo de preconceito. Mas ele conta que se sentia tão bem e feliz com os fios crescendo que nada o abalava, nem o bullying dos colegas.

Foi só adulto que sentiu o peso de ser um homem gay, de cabelos longos, tentando se encaixar na sociedade.

"O meu cabelo durante muito tempo foi a minha identidade, para mostrar que eu não era um menino. Até entender que eu não era nem um menino, nem uma menina, eu precisava de um cabelo grande para me mostrar." Depois de entender que era uma pessoa não binária, Rick se sentiu libertado e passou a usar o cabelo como diversão. "Liberdade e cabelo é quase a mesma coisa para mim."

Se hoje alguém fala que meu cabelo tá volumoso, eu digo: Obrigada!

Tamires Oliveira

Com a mãe, tias e primas de cabelos lisos, Tamires cresceu sem referências de beleza cacheada, e passando por bullying devido aos seus cachos. Aos 11 anos, fez o primeiro alisamento. Foi quando se sentiu bonita pela primeira vez, agora, encaixada no padrão. Anos depois, incentivada pelo então namorado e pelos debates que passou a ter acesso durante a faculdade, foi o empurrão que ela precisava para se jogar na transição capilar. Ela conta que foram dois anos difíceis, com altos e baixos de autoestima. Conforme os cachos cresciam, surgia uma nova Tamires, que ressignificava a própria beleza no espelho, sua identidade e personalidade. "Quando me vi de cabelo cacheado, muita coisa mudou. Minha postura, a forma como eu estava me comunicando era diferente. Eu senti empoderamento, algo que era só meu. Quando a gente muda nosso interior, parece que o exterior exala isso e contamina as pessoas com essa autoestima."

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