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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Instituto Liberta e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em Maio de 2022

#AgoraVcSabe: chega de calar

Campanha promove passeata virtual com adultos que foram vítimas de violência sexual na infância/adolescência

oferecido por Selo Publieditorial

São assustadores, os números da violência sexual no nosso país. E tão aterrador quanto eles é o silêncio em torno do assunto - bem como o ciclo cruel que ele perpetua. Afinal, quanto menos falar nessa barbárie, menos a sociedade se organiza e engaja para combatê-la... Logo, mais espaço os criminosos têm para agir.

O debate é, portanto, primordial e nasce na voz da vítima. Voz essa que tende a se calar (na infância/adolescência por medo; na vida adulta, por constrangimento). Mas que, agora, encontra a oportunidade de ecoar cada vez mais forte no movimento #AgoraVcSabe, do Instituto Liberta.

Criada em 2017, com foco em dar visibilidade ao problema, a iniciativa este ano promove a primeira passeata virtual do mundo a reunir adultos que sofreram violência sexual na infância/adolescência. A partir das 12 horas, no site https://www.agoravocesabe.com.br/, milhares de homens e mulheres dos mais variados perfis somarão forças contra a impunidade (e em prol da quebra do tabu em torno do tema) ao mostrarem a cara e bradarem, em coro:

"Violência sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade. Eu fui vítima e agora você sabe".

Não haverá relatos detalhados nem nomes, pois "a passeata não é sobre a história de ninguém, mas sobre a força do coletivo para enfrentar essa violência", explica Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta. "Nosso objetivo é ser a última geração que se calou sobre a violência sexual vivida na infância ou adolescência", completa.

Ao tirar a violência sexual da invisibilidade, o movimento #AgoraVcSabe viabilizará o segundo passo de sua estratégia: lutar por políticas públicas de educação sexual e sexualidade integral nas escolas públicas e privadas. "O caminho tem que ser o da prevenção", salienta Luciana.

"O nosso silêncio é um pacto com a violência sexual. Quando não falamos sobre violências vividas, permitimos que continuem acontecer"

Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta

A sexualidade deve ser naturalmente desenvolvida nas diversas fases da vida. Ao ser violada, ela afeta de forma grave e imensurável várias áreas do cotidiano das vítimas, sobretudo crianças ou adolescentes, tão mais vulneráveis por não terem clareza e maturidade para identificar e enfrentar as situações de violência.

Descubra se você é uma vítima

Violência sexual não é apenas sobre estupro com penetração. No site do movimento, o botão "já fui vítima" esclarece que a violência também se configura se um adulto lhe tocou ou acariciou suas partes íntimas sem seu consentimento; se lhe dirigiu falas erotizadas; se lhe mostrou propositadamente o órgão genital; se ele se masturbou na sua frente... Se você já vivenciou alguma dessas situações, é uma vítima. " Se a gente quer uma sociedade em que crianças tenham coragem de contar quando um episódio acontece com elas, é preciso dar exemplo", argumenta Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta. Por isso, tome seu lugar nesse movimento tão importante: acesse o site agoravocesabe.com.br e grave o brado da passeata virtual - "Violência sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade. Eu fui vítima e agora você sabe".

18 de maio

Instituída pela Lei 9.970/2000, a data visa informar, sensibilizar e mobilizar a sociedade a participar da luta pelos direitos sexuais de crianças e adolescentes. A data é marcada pelo Caso Araceli, ocorrido em 1973, na cidade de Vitória (ES), quando a menina de 8 anos foi sequestrada, estuprada e morta por jovens de classe média alta - que ficaram impunes pelo crime.

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