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Estudo coordenado pelo Instituto Trata Brasil mostra que cerca de 27 milhões de mulheres vivem com serviços precários de saneamento no País, notadamente nas regiões Norte e Nordeste. Embora o estado de São Paulo tenha uma situação bem melhor que a média nacional, com cerca de 90% de cobertura em coleta de esgoto e praticamente 100% de atendimento em água potável, com base nos números fornecidos pela Sabesp, ainda há desafios regionais principalmente em áreas de ocupação informal na Grande São Paulo e na Baixada Santista.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mais recente do IBGE, mulheres que residem em moradias sem banheiros têm rendimento 61,3% inferior em comparação àquelas que moram em habitações que possui instalações adequadas. É destas mulheres o maior número de afastamentos do trabalho por questões de saúde, e as meninas têm mais faltas escolares pelo mesmo motivo, de acordo com uma Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Isso afeta diretamente a produtividade e a ascensão profissional das mulheres e o rendimento escolar, no caso das crianças.

Além disso, a estrutura familiar, com maior número de unidades encabeçadas pela mulher nas classes mais carentes agravam a situação. Isso porque é condicionada à mulher a maior parte dos serviços domésticos e o cuidado com a saúde dos filhos, trabalho não remunerado e muitas vezes não reconhecido pela família, e que se torna ainda mais desgastante sem acesso regular à água potável e saneamento básico.

A Sabesp promove ações que ajudam a reduzir a vulnerabilidade dessas populações implementando programas que transformam palavras em ações práticas. São programas como o Água Legal, premiado pela Organização das Nações Unidas, e que já levou abastecimento para cerca de meio milhão de pessoas em áreas de ocupação informal. Além da saúde e conforto, o abastecimento regularizado evita os famosos "gatos", que são insalubres e representam grandes vazamentos e perdas de água. Outro ponto importante é que a conta de água é um comprovante de endereço básico para acesso a alguns serviços, além de ser requisitado em entrevistas de emprego.

Outro destaque é o programa Se Liga na Rede, que passou a oferecer coleta de esgoto para mais de 100 mil pessoas, também em locais onde há habitações irregulares, executando gratuitamente a conexão da casa à rede de esgoto. E também o Córrego Limpo, que desde 2007 busca melhorar a qualidade da água dos mananciais, rios e córregos da capital de São Paulo. Além de promover a sustentabilidade urbana, o projeto é feito em parceria com moradores e organizações sociais das bacias dos córregos beneficiados. Uma agenda de prioridades locais sobre questões socioambientais comuns, comunidades que moram próximas ao curso d'água a consciência de preservação pela limpeza, manutenção e os riscos que um sistema clandestino pode provocar. Todos esses programas são acompanhados por grandes ações de educação ambiental com foco na conscientização, preservação e qualidade de vida.

As ações são realizadas em acordo com Ministério Público e prefeituras, que têm o apoio fundamental das líderes comunitárias e das funcionárias da Sabesp. São assistentes sociais, engenheiras, trabalhadoras operacionais, químicas, biólogas e um grande número de outras profissionais que, com comprometimento e dedicação têm melhorado a vida de outras mulheres, ajudando a criar um ciclo positivo de prosperidade e mais igualdade.

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