A busca pelo simples direito de votar é uma briga que acompanha a mulher desde a Grécia Antiga, onde a democracia deu os primeiros passos, mas era vetada a participação feminina nas decisões.
O final do século 19 é um marco para mudar esse quadro com as "suffragettes", ativistas feministas pioneiras no Reino Unido. Elas ganharam as ruas, foram massacradas numa batalha que se arrastou até a conquista do voto em 1918. Entre as nações da Copa da Rússia, a Suécia é campeã do voto, com a liberação em 1862.
O poder de decisão na escolha de seus representantes na política é uma reivindicação que atravessou todo o século 20 e chega de maneira irregular aos dias de hoje. A Austrália, por exemplo, permitiu o voto das mulheres em 1902, mas só em 1962 abriu as eleições para os aborígenes.
Na abertura da Copa do Mundo hoje, a Rússia enfrenta a Arábia Saudita, país onde as mulheres puderam votar e se candidatar pela primeira vez há três anos!
Por conta de um regime político ultraconservador, a Arábia foi a última nação do mundo a conceder o direito. Em junho de 2015, as sauditas votaram numa eleição de vereadores. Mesmo assim, questões burocráticas, candidatas ativistas barradas e dificuldades de locomoção (as mulheres só conseguiram o direito de dirigir carros neste ano) atrapalharam a votação.