Lutaríamos com os homens no tatame
Marcelo Gomes, 44, é professor de artes marciais e tem uma escola em Osasco, na Grande São Paulo. O número de alunas no curso de Bushido Ryu, modalidade voltada para a autodefesa, aumentou nos últimos tempos, segundo ele.
Um dos motivos é que nesse estilo de combate - que mistura caratê, jiu-jítsu, kung fu, krav maga e boxe - as mulheres podem lutar em pé de igualdade com homens. "O Bushido Ryu fala em 'adaptação ao adversário'. Não é o mais forte que vence, mas aquele que se adapta às condições do adversário", explicou Marcelo.
Na aula me ensinariam a me defender de ataques com facas, se for agarrada por trás ou tentarem me imobilizar
Havia homens no tatame e eu me preocupei que o treino poderia perder o foco. Afinal, não estávamos todas ali para aprender a nos defender de ataques masculinos nas ruas?
"Em 99,9% dos casos, o agressor é um homem. Vocês têm que se preparar para a realidade, por isso vão lutar com eles sim", adiantou o professor.