É uma tarde de sexta-feira, um dos únicos dias da semana em que Gabriela Duarte ganha folga no Rio das gravações da novela "Orgulho e Paixão" (TV Globo). Ela acaba de chegar a São Paulo, onde vive com os dois filhos, Manuela, 12, e Frederico, 6, além do marido, o fotógrafo Jairo Goldflus. Gabriela recebe a reportagem da Universa com o celular na mão. Está preocupada: a conta de Instagram do marido foi removida do aplicativo. A atriz suspeita de denúncias contra as postagens com fotos de nus artísticos que Jairo fez para o livro "Privado".
"É um absurdo isso. Quase uma censura! Engraçado porque só vê as postagens quem o segue e ninguém é obrigado a isso", explica, mantendo a conhecida voz doce.
A indignação de Gabriela é o reflexo da forte ligação com a família. A atriz passou cerca de oito anos sem fazer uma novela. Voltou agora, segundo ela, porque atuar nessas produções "é a tal da cachaça mesmo, é como um bichinho que vai lá e te morde". Mas não tem intenção de emendar um trabalho longo em outro, como muitos colegas fazem. Desde que seus filhos nasceram, Gabriela escolheu mudar o ritmo de trabalho. Também passou um período sabático de dois anos com a família em Nova York.
"Claro, uma hora eles vão crescer. Mas, por enquanto, são minha prioridade. Não dá para ter tudo. Vou arcando com os ônus disso, né? Porque é uma profissão, mesmo que as pessoas falem 'poxa, mas aí você vai ser esquecida'. Bom, se eu tiver que ser esquecida, vamos lá, entendeu", explica ela, que está longe do esquecimento e é constantemente lembrada pela personagem Maria Eduarda, de "Por Amor", de 1997.
Nesta entrevista exclusiva, Gabriela falou sobre a relação com a mãe, Regina Duarte, a inesquecível Maria Eduarda e deu opiniões sobre aborto, feminismo e política.