"Primeira-dama pé no barro"

Natalia Szermeta é a companheira de Boulos na liderança do MTST e coordena 55 mil famílias em 13 estados

Flavia Martinelli COLABORAÇÃO PARA UNIVERSA
Simon Plestenjak/UOL

Semblante sóbrio, olho no olho. Natalia Szermeta, coordenadora das cerca de 55 mil famílias do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST), o maior de luta por moradia urbana do país, espalhado em 13 Estados brasileiros, não é do tipo que hesita ou busca respostas no ar. A voz é firme, as palavras saem sem tropeços – ainda que encadeadas por aquele ritmo típico das assembleias de militantes de esquerda. 

Natalia sabe que seu papel exige seriedade. “É questionável, mas inevitável. Mulher na política precisa provar três, quatro vezes a própria capacidade”, diz, de cenho franzido. Um sorriso largo se abre, no entanto, quando comenta a fama de brava. “Até parece....Tenho o coração mole”, informa a líder que, aos 30 anos, tem uma carreira política que antecede o famoso sobrenome do companheiro: Boulos.

“Não me incomoda ser chamada de ‘a mulher de Boulos’; eu me orgulho disso. O que chateia é a sociedade referenciar uma mulher em um homem.”

Casa: uma questão de sobrevivência

Natália começou a vida política aos 13 anos, quando criou o grêmio estudantil na escola pública de seu bairro, o Campo Limpo, na periferia da zona Sul de São Paulo. Aos 17, decidiu acampar em uma ocupação que ficava a cinco minutos de sua casa. “Queria entender como aquelas 800 famílias embaixo de lona e bambu conseguiam se organizar. Descobri ali que é possível fazer uma transformação profunda na sociedade, a partir da luta por moradia digna.”       

Foi justamente nesse acampamento que ela conheceu o futuro namorado, e hoje "companheiro", como ela o chama, e teve com ele as filhas Sofia, de oito anos, e Laura, de seis. A família mora numa casa comprada com a ajuda de parentes. Boulos, que é candidato a presidente pelo PSOL, tem pais médicos e de classe alta. Natália é filha de operários. “O Guilherme poderia ter se colocado na posição de simplesmente estudar os sem-teto. Mas abriu mão de sua zona de conforto para dar voz àqueles que nunca tiveram o que ele teve”, diz ela.

Natalia tem como algumas de suas tarefas no MTST colaborar na organização interna das ocupações e acompanhar o processo de autogestão das famílias. “As mulheres são maioria. A luta pela moradia é muito mais do que propriedade para a gente. É uma questão de sobrevivência própria e dos nossos filhos".

Em Brasília, Palácio sem socialite

"Quem ocupa não tem culpa"

Universa visitou a mais nova ocupação do MTST, acompanhada por Natalia. Num terreno de 92.000 metros quadrados, no Grajaú, Zona Sul de São Paulo, ela falou sobre o cotidiano dos acampamentos, a criminalização das pessoas que lutam por moradia, a sustentabilidade do MTST e o papel de possível primeira-dama. “Vou abrir as portas do Palácio para a mulherada.”

Universa: O desabamento do prédio do Paissandu chamou atenção para as condições precárias das famílias que vivem nesses espaços. Como coordenadora do MTST, como analisa essa tragédia?

Natalia: Quem ocupa não tem culpa. É lamentável que a sociedade esteja mais preocupada em criminalizar as pessoas ou o movimento que estava ali do que se comover com a situação daquelas famílias. São pessoas que estavam naquele lugar porque precisavam. Ninguém escolhe essa condição. As desigualdades do Brasil estão aumentando, a crise econômica segue, o custo de vida está alto, os tributos são injustos porque incidem no consumo e não no patrimônio e o governo está investindo cada vez menos em serviços básicos como moradia. Os mais ricos têm isenções de impostos enquanto os mais pobres já não conseguem arcar com aluguel. É impossível ganhar R$ 1000 e pagar R$ 600 em três cômodos numa favela. Nas ocupações, as pessoas encontram esperança de obter uma moradia digna.

Há oportunistas que usam dessa precariedade para extorquir dinheiro das pessoas. Eles são a regra nas ocupações?
Não. Estamos falando de um país em que há sete milhões de casas vazias e seis milhões de pessoas sem casa. É óbvio que quando se tem um problema tão grande, aparecem pessoas que encontram oportunidade para se aproveitar da situação e conseguir ganhos individuais. Mas isto não é a regra. A grande maioria dos movimentos é séria, está em prol de uma causa coletiva, se expõe e dialoga com o poder público com transparência.

Qual é o seu papel no MTST?
Faço parte do setor de organização, que cuida das ocupações e acompanha os processos. Vou aos acampamentos, participo dos diálogos com a coordenação, colaboro no processo de auto gestão das famílias e participo de cursos com os coordenadores e com o povo das ocupações sobre direitos e cidadania.

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Vida louca

Como você entrou no movimento por moradia?
Quando tinha 17 anos, em 2005, visitei uma ocupação que ficava a cinco minutos da minha casa. Queria entender como aquelas 800 famílias embaixo de lona e bambu conseguiam se organizar. Comecei a observar as atividades do movimento, montei um barraco e acompanhei os oito meses em que a ocupação ficou lá. Descobri ali que o MTST é um instrumento de organização das famílias que estão esquecidas nas favelas; e que é possível fazer uma transformação profunda na sociedade, a partir da luta por moradia digna.

Sua família tinha casa própria quando você chegou ao movimento?
Sim. Sou a filha caçula e, quando nasci, não passei pela situação de despejos e aluguel que meus dois irmãos viveram com meus pais. Minha mãe veio do fundão de Minas Gerais e meu pai chegou refugiado da Alemanha na II Guerra Mundial com meu avô. Ele foi trabalhador de fábrica, militante comunista [Stanislaw Szermeta, preso pela ditadura em 1971] e ela, metalúrgica, que depois virou assistente de Desenvolvimento Infantil, a “tia da creche”. Quando tiveram oportunidade, compraram um terreninho no Campo Limpo e foram construindo a casa aos poucos.

Você conheceu Guilherme com 17 anos. Ele era um filósofo formado pela USP, de origem rica. Vocês se estranharam?
Eu não estranhei, pelo contrário, senti admiração. Ele tinha 23 anos e já era um militante que se destacava. Mas só começamos a namorar depois de quatro, cinco anos. Guilherme teve condições de vida que ofereceram a ele mais oportunidades. Tentam diminuir sua imagem por causa da origem, mas isso é demonstração de quanto a sociedade está doente. Se ele teve o conforto de morar numa casa em um local acessível, se teve acesso ao estudo numa família financeiramente estável, poderia ter se colocado na posição de simplesmente estudar os sem-teto. Mas ele abriu mão de sua zona de conforto para dar voz àqueles que nunca tiveram o que ele teve. Quando a gente se apaixonou, já vivia o ritmo da militância e sabia dos desafios que nos esperavam – mas não imaginávamos que a vida estaria doida como hoje.

Como é essa vida doida?
O Guilherme tem a função de fazer negociações e diálogos com o poder público e, agora, tem também a agenda de candidato. Eu tenho minhas tarefas na coordenação do movimento, que incluem visitas aos acampamentos. A gente tem uma vida política. Mas nossos compromissos domésticos são inevitáveis, por isso, todo mundo tem que saber cozinhar e lavar, incluindo o Guilherme. Preservamos muito o nosso lar. Quando chegamos em casa, queremos tomar um vinho, cuidar das nossas filhas, ajudar na lição de casa, saber como foi o dia delas.

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Se ele (Boulos) teve conforto e acesso, poderia ter se colocado na posição de simplesmente estudar os sem-teto. Mas abriu mão dessa zona de conforto para dar voz àqueles que nunca tiveram o que ele teve

Natalia Szermeta

Vinho e lição de casa

Como você descreve seu casamento com o Guilherme?
Nossa relação é baseada em sonhos em comum. Isso gera fraternidade e confiança. Não precisamos ter uma relação de propriedade. Temos um casamento companheiro, mas companheirismo para nós não significa casamento. Nem nos casamos no papel. É o apoio e a reafirmação dos nossos ideais que nos levam até aqui.


É interessante imaginar vocês conversando “oi, meu bem, o que vamos fazer hoje? A gente vai acordar às 2h30 da manhã, reunir um monte de gente e ocupar um terreno abandonado”.
(Risos). É tenso, sim. Dormimos ao relento e corremos riscos de violência da polícia. Pressionar o governo a cumprir sua obrigação e respeitar nossos direitos não é algo simples.

Vocês moram numa casa própria. Devem ouvir muito a pergunta: por que não, numa ocupação?
Sim, mas a pergunta deveria ser: por que as pessoas procuram uma ocupação para morar se uma é direito de todos? Nós tivemos ajuda para comprar nossa casa. Tanto da minha família quanto da do Guilherme. 

Como é a educação das suas filhas?
Meu sogro se dispôs a pagar a escola particular das meninas. É uma escola do bairro e em período integral por causa dos nossos compromissos. Minha mãe e minha sogra nos ajudam muito a cuidar delas. Educamos nossas filhas com o princípio crítica. É importante que elas entendam que o mundo é desigual e que escolhemos a militância porque queremos um mundo melhor, inclusive para elas.

Mesmo pequenininhas, elas já fizeram alguma escolha que a incomoda?
Elas gostam muito de internet, e isso é algo que me incomoda. Elas gostam de histórias clássicas como “Bela e a Fera”, que muitas vezes têm conteúdo machista, racista e até homofóbico.

(Minhas filhas) gostam muito de internet, e isso me incomoda. E também de histórias clássicas, como ´Bela e a Fera´, que muitas vezes, têm conteúdo machista, racista e até homofóbico

Natalia Szermeta

Palácio para a mulherada

A rotina de vocês pode mudar muito com a possibilidade de você ser primeira-dama. Como isso reverbera em você?
Não vejo motivo para ver esse papel com ostentação. Primeira-dama é ser acompanhante de um Chefe de Estado, certo? Sou, com muito orgulho, a companheira do Guilherme mas, peraí, ele também é meu acompanhante! E diante disso, acho fundamental repensar o papel das mulheres no poder. Caso eu seja primeira-dama, o Brasil verá uma mulher que defende as mulheres na política e os direitos de todas. Vou levar tudo o que aprendi com as sem-teto que viveram a violência, que foram estupradas, largadas pelos maridos. Vou abrir as portas do Palácio para a mulherada.

Que tipo de feminista você é?
Sou das que entendem o movimento como um conjunto de reivindicações por direitos básicos, e que querem discutir o que é ser homem ou mulher na sociedade. Mulheres estão morrendo na periferia por falta de políticas públicas e, por outro lado, vemos um menininho ser ensinado a dar porrada. Depois, sofremos a consequência quando esse homem bate em mulher. 

A maioria dos militantes do MTST é mulher?
Sim. No olhômetro, eu diria sem receio que elas são 80%. Nas coordenações, isso se repete.

Qual o motivo dessa maioria feminina?
As mulheres são mais corajosas que os homens [risos]. E moradia é diferente para nós. Temos no lar nossa condição de autonomia. Quando uma mulher é violentada, se tem casa própria, pode tirar o homem de lá. Se ele a abandona com filhos, ela e as crianças estão minimamente resguardadas. A sociedade coloca a sobrevivência do filho como responsabilidade apenas da mãe. Se o filho é preso é porque “a mãe não deu educação”. Se falta comida em casa é porque ela “não administra o dinheiro direito, gasta demais”. 

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Sou, com muito orgulho, a companheira do Guilherme mas, peraí, ele também é meu acompanhante

Natalia Szermeta

"No MTST, tem mulher na cozinha, pegando na enxada e fazendo a segurança. E homens também"

O MTST atua em casos de violência contra mulher?
Existe um regimento interno, em cada ocupação, que é votado pelas pessoas de lá. Mas há alguns pontos em todos os regimentos que o MTST não abre mão. Não podem ocorrer, por exemplo, violência contra mulher. Se ela é casada com o homem que a agrediu e quer sair daquele relacionamento, nós vamos protegê-la. Se for denunciar, também. Nós partimos do princípio de que não estamos ali para expulsar ninguém, uma vez que aquelas pessoas já foram expulsas de tudo. Às vezes, não conseguimos mudar a pessoa como um todo, mas ela vai entender que ali não pode fazer determinadas práticas.

As mulheres têm papéis definidos dentro das ocupações? 
Não. Tem mulher na cozinha, pegando na enxada e fazendo a segurança. E homem também.  

E a vida dentro de uma ocupação?
A ocupação é dividida em setores. Há logísticas para infraestrutura, saneamento, segurança. Nos organizamos de forma coletiva, solidária e autogerida. As pessoas elegem os seus representantes. Há mutirões de limpeza, com preocupação com o meio ambiente e foças ecológicas. Criamos hortas. Existe uma cozinha central e outras menores. 

Como vocês escolhem o terreno que será ocupado?
São sempre espaços urbanos abandonados há décadas, que não cumprem nenhuma função social. Não ocupamos um terreno com uma casinha e uma plantaçãozinha. Na imensa maioria das vezes, estes espaços estão com dívidas altíssimas com o governo ou são de empreiteiras que não fazem nada além de aguardar que o local valorize para especulação imobiliária. Muitas delas, por sinal, são as investigadas por corrupção na Lava Jato. Terrenos baldios dão margem para atos de violência, em especial, contra s mulheres – quem de nós não sabe que terreno vazio é risco?

O MTST bloqueia estradas com pneus queimados. Qual é a função desse tipo de desobediência civil?
Trancar estrada com fogo não é algo que gostemos de fazer. Mas é uma forma que o povo da periferia encontrou para chamar a atenção. Queimamos pneu até por segurança. Se você fecha uma avenida e não coloca algo que pare o trânsito, muita gente pode te atropelar por gosto. No Brasil, as pessoas se preocupam mais com quem está parado no trânsito do que com quem está passando fome. 

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"Ninguém no MTST está recebendo dinheiro"

Propriedade privada é um direito constitucional. Ocupar, portanto, pode ser visto como crime.
É verdade. Mas as pessoas se esquecem que o direito à propriedade tem regras também. O espaço pre-ci-sa ter função social. 

A moradia, para quem está com o MTST, é de graça?
Não. Por meio do movimento, as famílias podem acessar uma moradia pelo Programa Minha Casa Minha Vida do governo federal. Ele oferece financiamentos para famílias que têm de zero a três salários mínimos como renda. As famílias que são aceitas pelo programa iniciam esse financiamento, que é pago mensalmente para a Caixa Econômica. O pagamento mínimo estabelecido pelo programa é R$ 80 reais. Portanto, o movimento não recebe nada destas famílias. E nem das que não são, eventualmente, aceitas pelo programa. Elas são informadas, desde a chegada na ocupação, que a intenção do MTST não é favelizar aquele lugar. Não queremos construir ali um bairro de qualquer jeito, como aquele de onde a pessoa provavelmente veio; sem saneamento, sem água, sem luz, sem transporte, sem asfalto. Queremos que o governo negocie o espaço com o proprietário ou doe a área para a Caixa Econômica financiar a moradia, com as famílias participando da construção do projeto. Toda a assessoria jurídica é feita por ativistas militantes voluntários. Por isso, não cobramos taxa. Isso é bonito e precisa ser valorizado, não criminalizado. Ninguém está no MTST porque está recebendo dinheiro.

O MTST induz as pessoas a participarem das manifestações?
Não. MTST é um instrumento de organização das famílias, não indutores de nada. Nós funcionamos para que elas tenham voz, porque elas estão abandonas nas favelas e só são lembradas quando há uma ocupação ou quando cai um prédio. Quantas pessoas se comoviam com as famílias que estavam naquele prédio antes do desabamento? Aquelas famílias simbolizam a miséria que estava ali todos os dias e foi invisibilizada, ignorada.

Como o movimento se sustenta?
Com trabalho voluntário, doações a partir de uma plataforma online, e também doações de alimentos, roupas e afins, que vão para as ocupações. O trabalho voluntário no Brasil é diferente porque as pessoas acham que há alguém ganhando algo por trás. Sabe o que a gente ganha? Expectativa de vida, felicidade, esperança. É isso que a gente ganha com conquistas como a do conjunto habitacional João Cândido. Foram 384 famílias que saíram da condição de miséria e hoje moram num apartamento de três quartos, 64 metros quadrados, varanda e elevador. Essas famílias fizeram parte de ocupações do MTST e, depois de negociações com o governo, acessaram o programa de financiamento. Elas já fazem planos para voltar a estudar e pagar uma universidade para o filho, porque agora elas têm endereço; lugar pra receber a família e não estão gastando tudo o que recebem no aluguel.

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Quantas pessoas se comoviam com as famílias que estavam naquele prédio antes do desabamento?

Natalia Szermeta

Beleza na ocupação

Todo acampamento tem um salão de beleza. Como é a vaidade de quem está embaixo de uma lona provisória?
Elas se cuidam como todas nós. Mas é importante lembrar que a vaidade é uma forma de acesso a alguns lugares. Eu sou uma mulher branca, vou no shopping e se eu não estiver maquiada ninguém vai me tratar mal. Agora, para as mulheres que moram num acampamento, se maquiar e estar nos padrões de vestimentas é uma questão de aceitação em lugares básicos. E falo até de hospital! Por isso, vaidade é algo sobre o qual precisamos pensar. Outro ponto: a beleza também é uma maneira de sustento. Numa ocupação no Capão Redondo, fizemos um bingo e, com o dinheiro, construímos um salão de beleza. As mulheres que trabalhavam nele geravam sustentação financeira das famílias. A única bola levantada pelo movimento foi que os valores cobrados ali fossem a metade dos praticados nos salões da comunidade.

Você é vaidosa?

Tenho minhas vaidades, não abro mão de algumas coisas. Eu me depilo, uso batom, passo maquiagem. Mas quando me convém. Não me pauto pelos outros para me produzir. Uso salto quando preciso e gosto de roupas que compro no bairro, que me fazem sentir bem. Em geral, não sou muito preocupada com moda, mas não estou fora da órbita porque até as lojas mais populares estão em dia com isso.

E brava?

Falam que sim. A vida política exige da mulher um grau de seriedade e de comportamento que é questionável, mas inevitável. Quando olham pra uma mulher na política, duvidam se ela é capaz. Então, a gente precisa provar três, quatro vezes que sabemos o que estamos fazendo. No meu caso, não estou na militância política por ser mulher do Guilherme. Tenho minha trajetória, minha luta. Ninguém me levou, não preciso do aval de ninguém. Escolhi estar aqui.

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