Mônica Martelli vibra!

Com peça e filme novos, sem namorado (me ferrei, tô adorando) e vibrador na nécessaire (com várias rotações)

Juliana Linhares Da Universa
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Você tem uma amiga que esteja, ao mesmo tempo, mudando de cidade, escrevendo um filme, estreando uma peça de teatro em São Paulo, curtindo a solteirice num grau 'uhul', ganhando dinheiro mais ou menos no mesmo nível, com 50 anos, sarada e com o cabelão ao vento?

O ator Paulo Gustavo tem. É a melhor amiga dele, com quem, inclusive, dorme na mesma cama, quando seu marido viaja. Trata-se de Mônica Martelli. Ela resistiu em topar essas noites juntinhos, porque achava que o amigo se mexia muito na cama. Nada. Ele dorme a noite toda na mesma posição. Quem bagunça o coreto é ela.

Morando em São Paulo por causa de sua nova peça "Minha Vida em Marte", Mônica conta que seu único problema hoje em dia é a rua Oscar Freire. "Não tenho maturidade para morar nos Jardins. Gasto tudo que tenho no banco." E o que ela tem, bem, vamos lá: em 2005, estreou o espetáculo "Os Homens São de Marte...E é pra lá que Eu Vou", que, de tanto sucesso, ficou 11 anos em cartaz. A peça teve uma adaptação para o cinema, que amealhou 2 milhões de pessoas e ganhou o posto de filme nacional mais assistido de 2014, e uma série para o canal GNT, que segue para a quarta temporada e é uma das mais vistas do canal. Mônica ainda é uma das apresentadoras do programa "Saia Justa", no mesmo canal, e faz polpudos comerciais para a TV. 

O caminho não foi fichinha. Teve muito 'não' de trabalho, três abortos espontâneos, dois casamentos desfeitos e um episódio de violência sexual. E teve também uma filha amada, viagens, livros e bons restaurantes e, em cada canto destes 50 anos de vida, uma promessa de mais prazer. O que inclui sua nécessaire, onde mora um de seus vibradores

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Um nome cagado? Chico Anysio conserta

Mônica estreou na televisão com um mestre, Chico Anysio. Foram dois anos trabalhando em "Chico City" e do humorista, além de ganhar cancha, recebeu também o batismo. "No primeiro dia de gravação, mandaram chamar a Mônica Garcia no camarim. O Chico ouviu e falou que eu tinha que trocar meu nome, porque ele formava um cacófato: MoniCAGArcia. Fiquei puta com a minha mãe: 'não é possível que ela tenha me dado um nome cagado!'. Fui na minha árvore familiar, levei algumas opções para o Chico e foi ele quem escolheu o Martelli. Ele era um negócio: não ensaiava. Era de primeira e a gente tinha que estar muito ligada", conta Mônica.

Quando estreou a peça "Os Homens são de Marte... E é pra lá que Eu Vou", Mônica reencontrou Chico e, de novo, teve dele uma alumiação: "contei que tinha sido indicada para todos os prêmios, e ele me falou: 'você não vai ganhar nenhum. Humor é visto como uma coisa de segunda'. E ele estava certo? "Sim. Até hoje, sou indicada para os prêmios e não levo nada. A exceção foi um de melhor comédia. Na saída dessa premiação, onde eu tinha contado a história da fala do Chico no palco, o Guel Arraes me falou: 'É isso mesmo: se você me faz rir, como é que eu vou te levar a sério?'".

Com quase trinta anos de profissão, Mônica analisa o peso e a qualidade do trabalho do humorista: "Humor é muito mais difícil de fazer do que drama. Para a comédia, você tem que ter timing. E isso, ou você tem ou não; ninguém te ensina. É matemático. E inteligente". 

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Atores são da Globo. É pra lá que não vou

Mônica é boa atriz, inteligente, bonita e jovem - e não está na Globo. O motivo, segundo ela, é um só: "eu não quero". 

"Mas não quero, no momento. Não tive uma grande oportunidade ali quando era jovem e achava que minha carreira deveria ser na TV. Fazia teste, teste, teste e eles não tinham olhos pra mim. Fiz o "Chico Total", uma tartaruga em "Caça-Talentos", novela infantil da Angélica, e depois, numa novela das oito, "Por Amor", uma secretária que ficou oito meses falando a mesma frase: "Doutor Arnaldo, dona Branca na linha C". Depois, fiz umas pontas de gostosona no "Zorra Total".

Na época desse programa, a atriz conta que estava triste, sem dinheiro, porque o que recebia de cachê não pagava suas contas - a mãe e o irmão é quem a ajudavam. Em casa, virou piada. "'Coitada, a carreira dela não andou, não aconteceu', era o papo sobre mim". Até que um dia, a mãe, figura central na vida de Mônica - feminista e ex-vereadora - falou: "Minha filha, o que você está esperando? Vai ficar dependendo do olhar, do convite do outro? Pega um caixote, vai pra uma praça, fala o seu texto e se liberta!", conta Mônica. "E aí, a minha fica caiu. Não podia esperar que os outros me olhassem. Escrevi a peça "Os Homens são de Marte..." e tudo mudou". 

E aí, como Mônica gosta de dizer, ela inventou uma carreira para si. "Fui pro mundo e escrevi peça, filme e a série no GNT. E então, alguns convites surgiram na Globo. No ano passado mesmo, me chamaram pra fazer novela. Mas, hoje em dia, a minha estrada principal são os meus projetos. Acabei de estrear a peça, lanço meu segundo filme em dezembro e o seriado está indo para a quarta temporada. Agora, só aceito projetos na Globo se eles não interferirem no meu caminho principal". 

Minha filha, se liberta

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Feminismo Jardins-Leblon

Qual foi a lição mais importante que a sua mãe te deu? 

Eu sou filha de uma feminista. Minha mãe foi eleita a primeira vereadora de Macaé, em 1982, no pós-ditadura. Não tinha banheiro feminino na Câmara, porque ninguém pensava que uma mulher pudesse ser eleita. Ela precisava ir ao hotel em frente para fazer xixi", conta. "Então, para protestar, ela começou a fazer as sessões com um penico em cima da bancada. E conseguiu". A vida inteira eu ouvi minha mãe falar: "seja independente. E a única maneira de ser independente é tendo o seu dinheiro".

"Os Homens são de Marte...E é pra lá que Eu Vou" e "Minha Vida em Marte" não são títulos, hoje, anacrônicos, uma vez que acreditamos que homens e mulheres são iguais e, portanto, "vêm" do mesmo lugar? 

Não. Homens e mulheres devem lutar por direitos iguais, mas nós somos diferentes. Os homens só estão entendendo agora que devem fazer o mesmo tanto de tarefas de casa que a mulher e que nós devemos ganhar o mesmo dinheiro que eles, se fazemos um trabalho semelhante. Quer dizer, os homens que estão entendo isso são os do Jardins e Leblon. No Brasil adentro, essa realidade não chegou. E a mulher tem que parar de dizer "meu marido é maravilhoso, me ajuda em casa". Que ajudar o quê? É obrigação dele. Não tem essa do cara fazer macarrão só no domingo. Se faz no domingo, por que não faz na terça e na quarta? O machismo é tão introjetado em nós, que esses dias, liguei pro pai da minha filha e disse: "Você pode pegá-la na escola hoje, por favor?". Depois eu pensei: "Por favor?". Liguei de novo e corrigi: "Jerry, não é por favor, tá? Não tenho que te pedir uma coisa que é sua obrigação como pai". E ele respondeu: "é verdade".

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O machismo é tão introjetado em nós, que esses dias, liguei pro pai da minha filha e disse: "Você pode pegá-la na escola hoje, por favor?". Depois eu pensei: "por favor?". Liguei de novo e disse: "Jerry, não é por favor, tá? Não tenho que te pedir uma coisa que é sua obrigação como pai"

Mônica Martelli

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Momento Saia Justa

O programa "Saia Justa", do qual Mônica é uma das apresentadoras, ao lado de Astrid Fontenelle, Pittty e Gaby Amarantos, recebe, majoritariamente, dois tipos de crítica: de um lado, que são quatro mulheres inteligentes falando de coisas importantes e, de outro, que elas competem entre si para ver quem é a mais interessante e que, assim, terminam soando histriônicas. Sobre a segunda teoria, Mônica concorda - mas em partes.

"É verdade e mentira. Somos mulheres que viemos de mundos diferentes, e é isso que faz o programa ser interessante. Mas o mais importante, é que somos mulheres que se admiram e se respeitam. Se fica histriônico de vez em quando, é porque a gente se exalta, a gente é de verdade. Vida tem sujeira, grito, riso e calma também", diz ela. 

Um dos momentos que mais emocionaram a atriz no programa aconteceu esses dias, quando a nadadora Joanna Maranhão contou sobre a violência sexual que sofreu, por anos, do treinador. Ela também contou que, num dos processos de cuidado dessa parte trágica da vida, escreveu uma carta para ela mesma, quando criança, dizendo que ela estava passando por tudo aquilo, mas que no futuro, as coisas iam ser diferentes. "Eu fiquei pensando que carta eu escreveria para mim", diz Mônica, ainda com o perfume da emocão.

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Vamos falar de estupro

Talvez a carta reservasse um espaço importante para uma violência sexual da qual Mônica também foi vítima.   

"Descobri que eu fui estuprada no sofá do 'Saia Justa'. Fui com o meu primeiro namorado, quando tinha 15 anos, para um luau na praia. Uma hora, ele me levou pra um canto e forçou pra gente transar. Eu era virgem, não queria, mas terminamos transando. Um dia, no 'Saia', estávamos falando que, em casa, com marido e mulher casados, se a mulher não quer transar e o marido força, isso é estupro. Percebi então que eu também tinha sido estuprada. Claro que não é um caso tão grave como o da Joana. Mas me dei conta que, mesmo sendo filha de uma feminista, tem muitas informações sobre meus direitos que só estou entendo agora", conta.

A nova onda feminista, da qual o planeta sente reverberações o tempo todo, tem feito homens e mulheres se conscientizarem que atitudes anteriormente consideradas normais, hoje são violência. "Quando tinha 12 anos, eu amarrava um moletom na cintura pra não levar cantada da minha casa até o ponto de ônibus. Nem cogitava que isso pudesse ser estranho. Agora, sei que o nome disso é assédio", diz Mônica. 

A atriz faz terapia há 25 anos. E a prática mudou o significado dessas agressões. "O episódio do estupro não me machuca mais. Mas não sei se ele ainda tem resquícios em mim. Na época, me lembro que me senti culpada. Eu pensei: 'pô, eu tava num luau, à noite, de biquíni, eu que provoquei o cara'. Porque tem essa história de que a mulher é culpada porque 'provocou' e o cara 'não se aguentou'. A terapia é uma lanterna que ilumina o seu túnel. Você pode não mudar, mas vai dar nome às coisas, vai saber que elas existem. No meu caso, faz também com que eu lide melhor com elas".

Fui com o meu primeiro namorado, quando tinha 15 anos, num luau na praia. Uma hora, ele me levou pra um canto e forçou pra gente transar. Eu era virgem, não queria, mas terminamos transando. Um dia, no "Saia", estávamos falando que, em casa, com marido e mulher casados, se a mulher não quer transar e o marido força, isso é estupro. Percebi então que eu também tinha sido estuprada.

Mônica Martelli

Vamos falar de amigos

Greg Salibian/Folhapress Greg Salibian/Folhapress

Na mesma cama

Paulo Gustavo: faz meu sócio, nos dois filmes. E virou meu irmão, na vida. Quando o marido viaja, ele dorme comigo na minha cama. No começo, eu não queria. Ele fala que teve que ralar pra conseguir esse espaço. Eu achava que ele virara a noite inteira, mas não, ele dorme e fica o tempo todo na mesma posição.

Lalo de Almeida/Folhapress Lalo de Almeida/Folhapress

Na mesma vibe

Marcos Palmeira: é meu marido, nos longas. E virou um parceiraço. Ele ajuda o set todo, porque já chega dizendo o que é saudável e o que a galera não pode fazer. Ele ensinou que a gente não pode tomar café em copo de plástico, porque, entre outros problemas, a quentura solta substâncias cancerígenas.

Só Chico Anysio salva

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Vibra, Mônica!

"Um vibrador, para ser bom, tem que vibrar bastante e em várias rotações. Mas o melhor do vibrador é não ter vergonha de usar", decreta Mônica, uma heavy user dessas belezinhas. "O vibrador sempre foi associado à mulher solitária, à que não tem prazer com o marido. E não é nada disso. Muito marido, quando vê que a mulher tem um, fala: 'pô, mas eu não te dou prazer?'. É uma bobagem mulher não poder ter prazer sem estar com alguém". 

E a defesa, vibrante, continua: "Tem mulher que compra vibrador e fica pensando onde escondê-lo, como se fosse um contrabando! O meu fica na minha nécessaire ou na mesinha de cabeceira. Um dia, minha filha, que tem oito anos, achou e me perguntou o que era. "É um massageador para as cordas vocais, meu amor", respondi. Claro, ela é uma criança, e as verdades têm que ser ditas de acordo com a idade", diz Mônica.

Diga se você já não viu essa cena mil vezes: "As mulheres não se masturbam porque foram ensinadas que isso é feio. Quando uma menina senta de perna aberta, a gente fala: 'fecha essa perna, menina'. Quando ela põe a mão na vagina, 'tira a mão daí, menina'. Agora, quando o garoto entra no banheiro e se tranca, todo mundo fala 'deixa ele, deixa ele'".

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Tem mulher que compra vibrador e fica pensando onde escondê-lo, como se fosse um contrabando! O meu fica na minha nécessaire ou na mesinha de cabeceira.

Mônica Martelli

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Nova peça. Velha separação

A peça nova de Mônica fala de uma mulher lutando para resgatar as coisas boas do casamento. Ela está em crise com o marido, mas não quer separar; algo que a atriz viveu na pele e, por isso, escreve com propriedade. "Quando a gente casa, quer que dê certo. E a dor do divórcio é muito grande. Quando um casamento acaba não é só uma pessoa que não dorme mais na sua cama. É todo um futuro que você planejou que vai embora. Mas a personagem, assim como eu, é uma mulher que não atura qualquer coisa em nome de uma família feliz".

Mônica casou-se duas vezes. A primeira, com 21 anos, com o fotógrafo Lívio Campos; à época, ela era maquiadora e pintava artistas que o marido costumava fotografar; entre eles, Cássia Eller. O segundo casamento foi com o produtor musical Jerry Marques. Os dois fizeram muitos trabalhos juntos e têm a filhinha Julia. 

As peças, séries e os filmes de Mônica às vezes recebem a crítica de que é sempre uma mulher correndo atrás de homem; e que esse tipo de trama seria um ponto fora do feminismo. "As pessoas fazem confusão com amor e feminismo. Acham que se você se diz feminista - como eu me digo - não têm que lutar pelo apaixonamento ou por querer casar. Eu sou extremamente independente, moro com a minha filha sozinha, já casei duas vezes e se pintar outro amor, caso de novo. E vou dar festa porque nas outras vezes não dei", argumenta, com uma certa gracinha.  

E, para defender a excelência de seus trabalhos, invoca ninguém menos que Woody Allen. "Foco em relacionamento é o que ele faz também e o tempo todo. Woody Allen fala do amor e das relações. O filme 'Mamma Mia!', que é considerado feminista, também fala das mesmas coisas que eu: amor, casamento, encontro e desencontro." 

É bem possível ser feliz sozinha

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Mulher engraçada é mulher inteligente

Não havia muita mulher no Brasil fazendo humor até poucos anos atrás. Uma das explicações era a de que a mulher tem dificuldade de lidar com o ridículo. Hoje, há você, Tata Werneck, Dani Calabresa, entre tantas. O que fez o cenário mudar?

A mulher no humor era sempre estereotipada, feia, gorda e negra, e era o alvo da piada. Quando comecei a trabalhar no "Zorra Total", me colocaram encostada, fazendo papel de gostosa. Eu levava ideias de quadros, mas era difícil passar, porque onde iam "me encaixar?". Pode ser que a gente tenha mais dificuldade de lidar com o ridículo, porque fomos criadas para despertar o desejo no homem, nunca a gargalhada. Quando é que um homem vai sair com uma mulher e, no dia seguinte, o amigo pergunta: "como ela é?"; e o cara responder: "Ela é mó engraçada"?. Homem quer sair com mulher bonita, não engraçada. Mas isso tem mudado; então, as comediantes estão aparecendo. Humor tem a ver com inteligência.

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Mães e filhas

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Sobre a mãe

Minha mãe nunca foi consumista. Quando eu era criança, tinha que esperar o Natal pra ter roupa nova. Com a minha filha, é diferente: tem um excesso, que eu pratico, e que tenho consciência. Eu tive um problema de meia na infância. Toda vez que abria minha gavetinha, só tinha um pé. Meus irmãos pegavam, a casa estava sempre cheia de gente.... Agora que saí do Rio, e estou morando nos Jardins, meu amor, é um problema, gasto o que tenho no banco. Não tenho maturidade pra Oscar Freire. Minha mãe veio me visitar e jogou metade do quarto fora.

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Sobre a filha

Perdi três gestações, entre os 33 e 35 anos, antes de conseguir ter minha filha. Com 39, comecei a tentar de novo, mas não conseguia mais engravidar. Eu trabalhava com o meu marido e a gente tinha muito stress juntos. Nessa época, avisei meu médico que estava indo viajar com meu marido e que, na volta, queria começar um tratamento para tentar ter filho. E, aí, voltei grávida da Julia da viagem! O médico me disse: "na verdade, quero abrir uma agência de turismo aqui do lado. Tem casais que só precisam viajar". E a gaveta de meia dela é indecente. Um exagero.

Minha droga é minha doideira

Mônica é da turma "que já experimentou de tudo", quando o assunto é droga. Diz que não gostou das duas mais pop e que, mesmo assim, defende a liberação de todas elas. "Eu já fumei maconha e experimentei cocaína, mas não gostei de nenhuma. Maconha me deixa lesada e cocaína, não gostei da onda porque já sou doidona, ligada demais. Agora, isso não faz com que não veja que maconha é importante pra muita gente, pra dormir, tirar dor e amenizar sintomas de algumas doenças, e que, nos países onde elas foram descriminalizadas, o consumo caiu", diz ela. 

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É impossível ser feliz sozinha?

Cena final: Mônica, que adora, escreve e defende as delícias da vida a dois, não só está solteira, como fe-li-zo-na. "Estou com esse problema agora: poderosa pra caramba sozinha. Eu adoro namorar, dormir de conchinha, rir de uma coisa e dividir o riso, ir numa exposição e falar dela pra quem está comigo. Mas como é que alguém vai competir com a minha solidão, que é maravilhosa? Tô ferrada", galhofa.  

E a "ferração" é ainda maior, veja só: "Fiz 50 anos e postei uma foto de biquíni. Não entendi nada: a foto teve muuuito like. Acho que só vou postar foto assim agora".

Vibrem, homens inteligentes.

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Tô solteira e poderosa; como é que eu faço agora? Como é que alguém vai competir com a minha solidão, que é maravilhosa? Tô ferrada.

Mônica Martelli

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