Você sabia que existem vários tipos de astrologia? Conheça as diferenças
Não se assuste se encontrar um horóscopo dizendo uma coisa e, outro, o contrário. Isso acontece porque, na verdade, existe mais de um tipo de astrologia. Sim! Além das mais trabalhadas no ocidente, ainda existem as versões orientais da técnica capaz de ler e interpretar os astros. Para nós, no Brasil, as duas mais conhecidas são a astrologia tradicional e a moderna, que se diferenciam até mesmo por um contexto histórico.
Tipos de astrologia e suas diferenças
O movimento da astrologia tradicional é formado por pessoas dedicadas a traduzir, estudar e colocar em prática textos que datam do período helenístico até o renascentismo, uma janela de tempo de dois milênios. Apesar das divergências teóricas a partir de autores ou do período histórico, a astrologia tradicional mantém uma coesão e respeito aos fundamentos desse saber. O foco teórico é o entendimento do tempo e de suas qualidades, o que permite oferecer previsões devido à natureza cíclica mecânica celeste.
Já o movimento da astrologia moderna é o mais comum, até mesmo por ser difundido pela mídia em horóscopos e também estar presente na cultura popular pelo que a astróloga chama de 'signismo', ou seja, um foco total na leitura através dos signos. No entanto, as bases que sustentam o estudo há milênios são mantidas para se fazer uma astrologia séria.
Cada história, uma leitura
Dentro do pensamento tradicional, é possível dividir os autores em períodos, e a astrologia helenística se baseia nos textos mais antigos, enquanto medieval e renascentista já foram se modificando com o passar dos séculos, mas ainda de maneira bem coerente. Portanto, o contexto histórico é essencial para entender a leitura que cada astrologia faz dos astros.
Podemos pensar que a humanidade sempre olhou para o céu e que cada parte do mundo vai interpretar segundo seus interesses e sua cultura. A astrologia chinesa, por exemplo, é bem diferente da astrologia védica, praticada na Índia. Aqui no ocidente, herdamos o conhecimento dos planetas e signos e somamos à observação do ascendente, que permite a divisão de casas, assim surgindo o que conhecemos como mapa astral. Além disso, começamos a olhar para os interesses mais coletivos como plantações e guerras, que eram o foco anterior dessa observação.
Mas muda a interpretação?
Sim — e muito. Não só as técnicas variam, como divergem as bases filosóficas de cada vertente da astrologia e, além disso, cada astrólogo com sua visão de mundo vai trazer uma interpretação. Porém, é possível observar diferenças básicas quando comparamos a astrologia tradicional e moderna.
Para começar, temos na astrologia moderna o uso de corpos celestes recém-descobertos como os planetas Urano, Netuno e Plutão, e mudanças nas regências dos planetas para incluir esses novos astros, que os astrólogos tradicionais rejeitam. A astrologia tradicional oferece entendimento do destino, desde o contexto, obstáculos e ferramentas na vida da pessoa; enquanto na moderna a interpretação costuma ser mais subjetiva e foca na experiência individual. Mesmo quando oferecem previsões, as técnicas modernas são bem diferentes, focando mais nos trânsitos planetários.
Veja a comparação entre as principais vertentes.
Astrologia moderna ou contemporânea
Tem foco nos signos e personalidade de forma mais superficial, desde horóscopos para os signos, até uma análise mais aprofundada com viés psicológico ou esotérico. Presta atenção aos trânsitos como técnica preditiva principal. Incorpora Urano, Netuno, Plutão, quíron, Lilith, asteroides e aspectos menores.
Astrologia tradicional ou clássica
Faz previsões através de cálculos exatos. Tem leitura simbólica com foco nos planetas e suas forças ou fraquezas, dependendo da posição por signo, casa e aspectos principais. Parte da ideia de que existe um desígnio divino que se apresenta pela linguagem de analogias dos astros, tanto coletivamente quanto individualmente.
Astrologia védica ou Jyotish
Praticada originalmente na Índia, utiliza os mesmos planetas e signos da astrologia tradicional ocidental, mas com o zodíaco sideral, que tem estrelas como ponto de referência. Isso acaba modificando os posicionamentos em relação a como o cálculo é feito no ocidente. Carrega os conceitos de karma e dharma e outros fatores mais presentes na cultura regional.
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É uma astrologia que segue outro sistema zodiacal, usando animais como arquétipos e os 5 elementos. Cada ano, mês, semana e hora tem uma combinação diferente entre os itens que representam essa astrologia.
Fonte: Manu Mello, astróloga
*Com matéria publicada em 30/03/2020
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