10 "modinhas" que já chocaram os pais e hoje são socialmente aceitas
Do UOL, em São Paulo
17/11/2015 07h00
Quem disse que moda é fútil? Tendências e hits também servem para derrubar estereótipos e preconceitos. Tatuagem é coisa de presidiário? Só "mulher da vida" usa batom vermelho? Alguns itens fashion até podem ser encarados com naturalidade atualmente, mas, há alguns anos, eram vistos com maus olhos. O UOL relembra 10 "modinhas" que já fizeram pais mais conservadores arrancar os cabelos, mas que hoje em dia são socialmente aceitas:
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Imagem: Divulgação/Getty Images Imagem: Divulgação/Getty Images Cabelo colorido
Mesmo nos anos 90, quando todo mundo pintou o cabelo com papel crepom, ter os fios coloridos era símbolo de transgressão. Quem saía por aí com as madeixas rosa acabava ouvindo todo tipo de comentário negativo. Hoje em dia, porém, o visual ficou fashion e até mulheres mais maduras, como a atriz Helen Mirren, aparecem vez ou outra com os fios em cores fantasia.
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Imagem: Gabriel Quintão/UOL Imagem: Gabriel Quintão/UOL Tatuagens
Ai de você se mostrasse aos pais uma primeira tattoo. Muitos certamente ouviram a frase clássica: "se fizer tatuagem, não entra em casa!". Arranjar emprego, então, era outra tarefa difícil, já que esse tipo de expressão artística era considerada "coisa de presidiário". O aumento de pessoas com o corpo tatuado, no entanto, diminuiu o tabu e os desenhos estão sendo cada vez mais encarados como manifestação cultural.
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Piercing
O brinco no nariz, orelha ou sobrancelha também fazia parte do visual de um pessoal mais punk. Por isso, usar este tipo de ornamento era um ato de rebeldia. Com a popularização do piercing no nariz e na sobrancelha, com joias mais delicadas, o acessório começou a conquistar seu espaço na sociedade. Hoje em dia, um piercing na orelha é visto como um brinco comum, enquanto o de septo, seja ele falso ou verdadeiro, é hit fashionista. Leia mais
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Minissaia
Quando surgiu nos anos 60 a minissaia era o pesadelo de qualquer pai. A peça que deixava as pernocas das garotas de fora era vista como uma grande "sem vergonhice". O comprimento do modelo aumentou, diminuiu e aumentou novamente nos últimos anos, mas, apesar de algumas pessoas ainda acharem o item muito chamativo, ele é muito mais bem aceito pelas famílias conservadoras hoje em dia.
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Esmalte e batom vermelhos
Até o fim dos anos 90, o combo batom e esmalte vermelhos era considerado vulgar. Muitas brigas entre pais e garotas adolescentes foram travadas por causa da tonalidade. O esmalte clarinho ou rosa eram os únicos aceitos dentro de uma casa de "gente do bem". Ninguém diria que as unhas e o batom vermelho, assim como os roxos, fúcsias e até pretos, conquistariam um lugar de respeito até nas casas dos mais "quadradões"
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Imagem: Getty Images Imagem: Getty Images Calça baggy
Menina que é menina usa vestidinho e roupas bem femininas, né? Pelo menos era isso o que muitas mulheres pensavam quando a calça baggy, peça bem ampla que foi febre nos anos 90, virou hit e entrou para o guarda-roupa das adolescentes da época. O modelo foi motivo de decepção de muitas mães, porque, além de teoricamente deixar a garota com um visual mais masculino, ele era uma calça "de maloqueiro". A baggy saiu de moda, mas as roupas com modelagens amplas e menos femininas ganharam espaço cativo no mundo da moda.
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Imagem: iStock Imagem: iStock Lingerie preta ou vermelha
Nos tempos dos mais velhos, "moça direita" só usava lingerie em cores claras. Calcinha e sutiã pretos ou vermelhos eram considerados vulgares e vistos como sinal de que a mulher estava à procura de sexo. Deixar a alcinha do sutiã à mostra, então, era motivo de vergonha. Este tipo de pensamento tem perdido o sentido com o fortalecimento do feminismo e, dentro da moda, com o surgimento das blusas cavadas que deixam parte da combinação aparecendo. Desde então, as mulheres têm apostado em tops com renda em todas as cores do arco-íris.
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Barriga de fora
Por mais nada a ver que possa parecer, o umbigo de fora era um crime. Sério. No começo do século passado, usar roupas de banho que deixassem o corpo muito exposto podia render caso de polícia. E, até há alguns anos, pais eram capazes de deserdar suas filhas se elas andassem por aí com a barriga à mostra. Para a infelicidade deles, as blusas croppeds viraram hit e agora todo mundo, não importando qual seja o tipo físico, mostra pelo menos um pouquinho de pele. O nosso corpo agradece nos dias mais quentes.
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Bota overknee
Até há algumas temporadas, a bota overknee, cujo cano acaba pouco acima do joelho, era vista como um acessório vulgar ou "de garotas de programa". Tanto que no clássico "Uma Linda Mulher" a personagem de Julia Roberts usa um calçado do tipo antes de ganhar um banho de loja. Algumas pessoas até podem olhar feio para o item ainda hoje, mas as mulheres já não estão mais nem aí e apostam no acessório.
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Imagem: Divulgação/TV Globo Imagem: Divulgação/TV Globo Look todo preto
"Você está parecendo o capeta". Este é o tipo de coisa que uma pessoa que curtia um look todo preto ouvia quando saia por aí com suas roupas prediletas. A cor, a favorita dos góticos e roqueiros, tinha uma conotação muito negativa, principalmente por ser associada à morte e ao luto. A sorte destas tribos urbanas é que a tonalidade acabou conquistando um lugarzinho no guarda-roupa de todo mundo e até virou símbolo de status fashion. Agora todo mundo pode ser dark em paz. Leia mais