As 6 queixas mais comuns dos casais para os terapeutas e como solucioná-las
Cada casal é de um jeito, mas há questões comuns à maioria deles. Felizmente, muitos dos impasses podem ser resolvidos com menos expectativa e mais diálogo. A seguir, psicólogos e terapeutas de casais contam as reclamações mais frequentes em consultório.
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As tarefas de casa não são divididas
Segundo o psicólogo Breno Rosostolato, professor da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, é a mulher quem apresenta a queixa com mais frequência. "Muitos homens se colocam como soberanos da casa. Eles dizem: se ela pedir, ajudo, mas a mulher não tem de pedir nada. O homem tem de contribuir voluntariamente. É obrigação e não uma ação nobre", afirma. Segundo o especialista, é fundamental que a mulher também evite pegar a responsabilidade de tudo para si e aprenda a delegar, para não reforçar o machismo. "É preciso dizer para o outro que você espera que ele seja participativo."
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Falta iniciativa
Esperar que o par faça qualquer coisa no momento que deseja é pedir para se frustrar, segundo a terapeuta familiar Heloísa Capelas, autora do livro "O Mapa da Felicidade" (editora Gente). "Queremos que a outra pessoa nos entenda, que compreenda o que desejamos e adivinhe o que estamos pensando, mas não conversamos com ela sobre isso", diz a especialista. O primeiro passo para melhorar a comunicação é reconhecer que o outro pensa e age de forma diferente da nossa. Isso já ajuda a evitar que irritações, raivas e frustrações tomem conta.
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O celular é o terceiro elemento da relação
Quando usado em excesso, o smartphone pode prejudicar o diálogo e a interação entre o casal. "Tem sempre um que se ressente e considera abusiva a forma como o parceiro utiliza a internet. Então aparecem sentimentos de insegurança, desconfiança e desrespeito", diz a psicóloga Vânia Calazans, especialista em terapia cognitivo comportamental pela Universidade de São Paulo. Em vez de resmungar cada vez que o par mexe no celular, é melhor dizer de uma vez que o comportamento está afastando o casal. Também é importante valorizar os momentos desconectados, deixando claro para o outro o quanto é bom quando os dois podem se curtir de fato.
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O jeito do outro não é igual ao seu
Ele lava a louça mal, deixa as roupas encardidas e nunca passa pano direito no chão, mas se há colaboração, vale repensar a forma de executar tarefas. "Cada um faz do jeito que sabe e pode e o outro não deve dar pitaco. Até porque, se o seu jeito é o melhor, só você pode fazer", diz a psicóloga Graziela Baron Vanni, coautora do livro "Amor, Ciúme e Infidelidade" (editora Letras do Brasil).
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Atitudes simples são encaradas como provocações
"Ele não lavou a roupa porque não se importa comigo." Talvez ele não tenha feito porque esqueceu, ficou com preguiça ou porque não gosta e procrastina a tarefa, mas nem sempre é uma tentativa de afronta. "Nessas horas, o diálogo de acolhimento funciona: 'Sei que é chato, também não gosto de fazer, mas vamos fazer juntos ou criar um jeito que seja mais fácil para você'. Essa é uma conversa típica de um casal cúmplice, maduro e que se respeita", diz Graziela.
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Só um trabalha ou o outro ganha muito menos
"Existe uma cobrança velada quando um dos parceiros não está trabalhando ou recebe um salário muito menor", diz a psicóloga Milena Carbonari, especialista em sexualidade. Então, começam as reclamações sobre o quanto foi gasto em roupas, saídas com os amigos ou no salão de beleza. O caminho é os dois controlarem juntos receitas e despesas da casa e combinarem o quanto pode ser gasto individualmente em determinados períodos.
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