Mate as saudades do caquinho do quintal e saiba por que ele sumiu de casa
Você deve ter vivido ou brincado em uma casa com quintal de caquinhos cerâmicos. Por muitos anos, este revestimento foi quase onipresente nas residências brasileiras, assim como o vidro fumê, o grafiato e o forro de estuque. Mas de uns tempos para cá, esses materiais caíram em desuso seja por modismo, razões técnicas ou pela melhora na oferta de materiais de acabamento, como o UOL mostra a seguir. Mate um pouquinho das saudades e conte pra gente, nos comentários: quais desses elementos de decoração estavam (ou estão) em sua casa? Qual deles deixou mais saudade?
Fontes: Elaine Gonzalez, arquiteta e sócia do Escritório UMM Arquitetura; Lu Kreimer, designer de interiores; Patrícia Penna, arquiteta.
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Piso de cacos cerâmicos
Esse material se popularizou nos anos 1940 e 1950 por ser uma opção econômica para revestir e impermeabilizar áreas externas, como as do quintal, e era uma forma das fabricantes darem fim às peças quebradas. Além de aproveitar uma matéria-prima abundante (geralmente lajota cerâmica vermelha), essa técnica não demandava mão de obra especializada para instalação. Nos últimos anos, o material saiu de moda, pela grande variedade de revestimentos de alto tráfego e o mais fácil acesso a pedras. As áreas externas também ganharam importância na casa e ganharam visuais mais limpos e sofisticados, sendo pavimentadas, por exemplo, com placas em grandes formatos que reproduzem padrões de pedras ou cimento. Mas não pense que o piso de caquinhos caiu no ostracismo para sempre: com a valorização do que é artesanal e da reciclagem, a solução tem voltado à tona, especialmente nas casas com decorações hipsters. Leia mais
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Forro de estuque
Com presença marcante em construções antigas, os forros de estuque (um tipo de argamassa feita com pó de mármore, cal, gesso e areia) eram executados de modo artesanal e combinavam sarrafos de madeira, tela de arame e a argamassa em si. A caiação e os detalhes decorativos rebuscados garantiam o efeito sofisticado. Mas o desenvolvimento de novas tecnologias, com instalação mais rápida (a exemplo do gesso acartonado), tornou o forro de estuque inviável tecnicamente. Nos dias atuais, apenas em obras de restauro esse revestimento se mostra pertinente.
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Carpete
O tapete colado ao piso foi exaustivamente utilizado em casas e apartamentos até o final dos anos 1980. Afinal, a opção tinha custo relativamente baixo e oferecia conforto aos moradores. Por outro lado, o revestimento dava um trabalhão e nunca ficava 100% limpo! O desenvolvimento de novos materiais (de manutenção mais fácil) fez com que o carpete ficasse mais restrito aos ambientes corporativos. Hoje, quando se quer aquecer o ambiente, as opções mais utilizadas são a madeira e tapetes soltos, que podem ser trocados com facilidade e higienizados com mais rapidez e eficiência. Leia mais
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Parede com textura
Nos anos 90 e começo dos 2000, uma febre invadiu as casas brasileiras: era possível adicionar textura às paredes pintadas. Ambientes internos e fachadas ganharam acabamentos diversos, dos mais delicados aos mais grosseiros e talvez o mais popular tenha sido o grafiato (que apresenta ranhuras irregulares). Diante de tanta demanda e usos de gosto, digamos, duvidoso, as texturas perderam seus encantos e a aplicação tornou-se um símbolo de cafonice. Hoje o acabamento ainda é usado com moderação e quase sempre em paredes externas ou em espaços comerciais. Leia mais
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Vidro fumê
Por muito tempo o vidro acinzentado foi sinônimo de sofisticação e era usado em boxes de banheiro e nos tampos das mesas nas salas de jantar e cozinhas. Mas nos dias atuais, com a valorização da luz natural e da integração visual dos ambientes, o fumê passou a ser preterido pelo equivalente incolor (transparente) ou jateado (nos casos em que é necessário garantir maior privacidade).
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Papel de parede
O papel de parede é um revestimento que vive entrando e saindo de moda: basicamente, o que muda de tempos em tempos é a forma de utilizá-lo e as padronagens da vez. Houve uma época em que a paixão pelo papel floral era tal que justificava cobrir todas as paredes do cômodo com ele. Atualmente não há uma regra que indica como e qual papel usar, mas a tendência é aproveitar o revestimento em detalhes ou em superfícies de destaque, combinando estampas e outros materiais, como a tinta. "Para quem busca um visual ainda mais sofisticado e exuberante, alternativa mais elegante é trocar o papel por tecido", recomenda a designer Lu Kreimer. Leia mais
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Sanca estilo 'Grécia Antiga'
O acabamento que une a parede ao teto e é cheio de adornos e curvas já teve seus tempos áureos nas casas brasileiras. Mas com a era do "menos é mais", a sanca de gesso ganhou traços minimalistas e hoje se basta em linhas retas e finas, algumas vezes, abrigando luzes (LED) embutidas de modo delicado, em rasgos e nichos, ou cortineiros. A mudança, nesse caso, se deve tanto a motivos estéticos, quanto econômicos, pois o custo de mão de obra e o tempo de aplicação eram dispendiosos.
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