8 passos históricos de Meghan Markle em direção aos direitos das mulheres
De Universa, em São Paulo
11/01/2020 04h00
Meghan, a duquesa de Sussex, anunciou há dois dias que ela e o marido, o príncipe Harry, se afastarão da Família Real e darão "um passo atrás" em suas funções como membros seniores da monarquia britânica.
A decisão acontece menos de dois anos depois que a ex-atriz de Hollywood recebeu o título — apesar do pouco tempo no cargo, Meghan fez história, especialmente na luta por direitos iguais entre homens e mulheres.
Para começo de conversa, foi a primeira negra a entrar para o clã Windsor. O fato de ser norte-americana — e divorciada — também torna sua presença histórica na família da rainha. Depois do casamento real, em maio de 2018, ela quebrou uma série de protocolos, desde códigos de vestimenta — como abolir o salto alto, pintar as unhas ou deixar as pernas de fora — até assuntos delicados, como a legalização do aborto.
Relembre outros 8 marcos importantes da "carreira" de Meghan como duquesa de Sussex:
Feminismo, maternidade e luta contra o racismo
-
Nada de tabus!
Meghan foi a primeira integrante da Família Real a falar sobre menstruação em sua biografia. Ao se casar, ela contou, em sua apresentação oficial no site da monarquia que descobriu quando atuava como voluntária da organização Visão Mundial, em 2017, que em alguns países este tabu impede as meninas de frequentarem a escola. "Em um ano, isso dá a elas 145 dias de desvantagem em relação aos meninos. A maioria acaba desistindo dos estudos", escreveu. Leia mais
-
Representatividade negra e luta contra o racismo
Meghan é a primeira mulher afro-americana parte da Família Real e trouxe para a convivência dos Windsor também sua mãe, Doria RaGland, que fez história ao ser a primeira negra no altar de um casamento real. Apesar da principal bandeira da duquesa de Sussex ser pelos direitos das mulheres, ela não deixou de lado a questão racial em seus quase dois anos como integrante sênior da monarquia e abordou a questão durante visita à Africa do Sul, em 2019, ao se identificar como mulher de cor. "Estou aqui como membro da família real, mas quero que saibam que também estou aqui como mãe, esposa, mulher de cor e irmã", disse, em Nyanga. Leia mais
-
Aborto: direitos iguais para todas
Quando visitou a Irlanda, em julho, a duquesa de Sussex quebrou o protocolo e expôs sua opinião sobre um assunto político para lá de delicado: a legalização do aborto. De acordo com "Irish Independent", ela elogiou a postura do país, que poucos meses antes garantiu o direito ao procedimento legal e seguro para todas as mulheres. Leia mais
-
Responsabilidade social
Antes do casamento, Meghan e Harry pediram que os convidados trocassem presentes caros por doações a causas que apoiam, como saúde mental, combate ao HIV, direitos das mulheres e sustentabilidade. Sua atuação em defesa dos animais e contra atividades de caça, de acordo com o "Daily Mail", estaria causando problemas entre os amigos de Harry, que a consideram "muito de esquerda". Leia mais
-
Educação para as meninas
Em seu primeiro discurso internacional, em Fiji, Meghan falou sobre a importância de garantir o direito à educação, especialmente para as garotas. "Para meninas em países em desenvolvimento, a educação é vital?, disse. "Quando elas têm as ferramentas para serem bem sucedidas, são capazes de criar futuros incríveis, não só para elas, mas para todos ao seu redor". Ela levantou o tema novamente um ano depois, em viagem à África do Sul: "Quando uma mulher é empoderada, isso muda absolutamente tudo na comunidade, e criar uma atmosfera educativa é um ponto central disso", disse a duquesa de Sussex durante uma mesa redonda com acadêmicos e estudantes. Leia mais
-
Infância livre de protocolos
Na reta final da gestação, Meghan e Harry se mudaram para Frogmore Cottage, em Windsor, cidade a duas horas de Londres, alegando que queriam criar Archie longe dos olhos do mundo. Prestes a dar à luz, Meghan decidiu não seguir os passos da cunhada, Kate. Para começar, pariu de forma bem mais discreta, sem anunciar se o menino nasceria em casa ou em um hospital. Além disso, não cumpriu o protocolo de aparecer com a criança em público horas após o nascimento e só apresentou o filho ao mundo três dias depois, no palácio, durante breve entrevista. Leia mais
-
Maternidade "real"
Além de garantir a privacidade do bebê, a decisão de Meghan de não aparecer em público logo depois do nascimento de Archie acatou o apelo de uma mãe que, em carta aberta, pediu que ela preservasse sua imagem pós-parto. Chelsea Hirschhorn, CEO da Fridababy, pediu no "The New York Times" que a duquesa fizesse "sua parte por todas as mulheres" evitando "desfilar" maquiada e com um corpo supostamente perfeito horas depois de parir, o que, ela acredita, não corresponde à realidade da maioria das mães do mundo. Leia mais
-
Equipe 100% feminina
Ao lado do marido, Harry, Meghan formou a primeira equipe de profissionais totalmente feminina da Família Real. No final de 2019, o casal conta com mulheres em cargos de relevância como curadora e diretora da Sussex Royal Foundation, chefe de comunicações geral, chefe de comunicações do Invictus Games, chefe de segurança e gerente de projetos. Merecem destaque na equipe Fiona Mcilwham, que já foi embaixadora do Reino Unido na Albânia e agora é secretária particular de Meghan; e Clara Baden, que foi contratada para garantir a perfeição dos preparativos do casamento real em 2018 e garantiu uma vaga fixa na equipe do casal graças à relação que construiu com a duquesa. Leia mais
-
Luta contra invasão de privacidade
Meghan já sentia a perseguição da mídia britânica mesmo antes de ser anunciada como noiva do príncipe Harry, em 2017. À medida que se casou e teve o primeiro herdeiro de seu ducado, a pressão se tornou ainda maior, assim como as críticas a suas viagens, discursos e inclusive acusações de que estaria afastando o marido da Família Real. Até que, em outubro de 2019, ela e Harry processaram o tabloide "The Mail on Sunday" por publicar "de forma criminosa", como alegaram, uma carta de autoria da duquesa. Em entrevista à BBC, Harry justificou a decisão de levar o caso à justiça dizendo que cada flash que via disparado sobre Meghan o levava de volta à morte de sua mãe, Diana, em 1997. Leia mais