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15ª semana - Quanto mais a barriga cresce, mais gente quer se meter na gravidez

Camila Gray/UOL
Imagem: Camila Gray/UOL

Beatriz Zogaib

05/06/2024 23h03

Quando nasce uma mãe também nascem centenas de palpiteiros de quais são as melhores formas e decisões para sua família. E a gente sabe que muitas vezes as pessoas não se metem por mal, elas na realidade querem ajudar e mostrar carinho com você e a criança. mas não por isso fica mais fácil ou agradável de lidar.

Em primeiro lugar, tenha claro que, muitas vezes, a ajuda que você vai precisar com a maternidade vem junto com palpites e interferências. "A família pode ser uma excelente rede de apoio, pode facilitar e acolher esse momento tão especial. Pode ser. Mas, exatamente por estar muito perto, pode ser também bastante ansiogênica. Pode causar conflitos e aí é necessário cobrar respeito e impor limites", observa a psicóloga existencial Maria Silvia Logatti.

Você e seu parceiro de maternidade precisam saber o que querem, sabendo que não precisam se sentir mal em ter que colocar algumas regras na relação com familiares nesse momento.

Muitas vezes, confundimos o ato de impor limites com aquela velha máxima de "desrespeitar os mais velhos". Ou nos sentimos culpadas por reclamar de algo, sendo que estamos recebendo ajuda. Paremos. "É preciso ter claro que existe uma grande diferença entre impor limites e desrespeitar". Se sua família está sendo invasiva, converse, explique, dialogue. Nem sempre é fácil, mas conversas difíceis podem ser necessárias - e podem ser também menos complicadas do que imaginamos.

E se está faltando impulso para impor essas barreiras para não invadirem seu espaço materno sagrado de cada dia, aqui vai ele: é melhor começar agora, enquanto está grávida e tem o olhar voltado para suas necessidades, pois o pós-parto costuma ser um momento de maior sensibilidade e, infelizmente, de palpites.

"A mãe puérpera não tem que convencer familiares que não está na hora de visitar, ela não precisa, além de toda a preocupação com o recém-nascido, se preocupar com adultos", pontua Maya Eigenmann, expert em Educação Positiva. Converse com o pai do bebê (ou a pessoa que está nesse papel dentro da sua dinâmica familiar) sobre como ele pode ajudar nessa tarefa, porque o ideal é que ele assuma essa função quando você estiver focada nos cuidados com o filhote. Segundo Maya, é esse o papel do pai: proteger a mãe para ela estar bem e disponível para o bebê. Sugestão: traçar desde já um plano de ação sobre como lidar com essas questões quando elas aparecerem.

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Algumas partes do meu corpo estão escuras. É normal?

Áreas como axilas e vulva podem estar mais escuras, está tudo bem. Isso acontece por conta do aumento de hormônios como estrogênio e, tudo indica, que o consequente aumento da melanina vem como uma proteção natural a mais contra os raios nocivos do sol. Interessante que o escurecimento da aréola e mamilo tem uma função ainda mais importante: ajudar o bebê a encontrar a mama, como um "alvo" mesmo!

A linha nigra aparece por conta dessa mudança hormonal também, e algumas podem até serem tortas, seguindo uma direção antes do umbigo e outra mais "pra lá" antes e mais "pra cá" depois. Segundo a obstetra Julia Freitas, não há nenhuma razão para se preocupar, a tendência é que todas as áreas clareiam em alguns meses após o parto, só tenha um pouco de paciência porque depende da renovação da pele.

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Vai reforma algum cômodo ou móvel? Comece agora

Não pense duas vezes, e comece a preparar o ambiente que receberá seu bebê. É o que sugere a arquiteta Natália Castello, especialista em arquitetura infantil. "Temos clientes que procuram a gente mesmo antes de saber o sexo para fechar o projeto e, depois, entender o estilo. Isso seria o ideal, porque não depende só do projeto, mas a gente depende de fornecedores, de berço, de cômoda... Então, quanto antes começar, melhor, porque o bebê não tem hora para chegar, pode chegar nas 40 semanas, mas pode nascer antes", explica.

Tudo, claro, vai depender do que você deseja e precisa. Se escolher um projeto mais fino, com berço entalhado, por exemplo, o prazo de entrega pode chegar a noventa dias. Se for reformar móveis que já tem pode ser mais rápido, mas nem precisamos falar o que acontece se o seu caso for a reforma do cômodo todo, certo? De todo jeito, está mais do que em tempo de escolher qual caminho seguir. Quer ter mais tranquilidade e opções para decidir tudo? Comece a pensar em tudo. Só deixe para mais tarde se não se importar em não ter muitas opções ou em aderir às que encontrar à pronta entrega.

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"A maternidade e o encontro com a própria sombra": escrito por Laura Gutman, psicoterapeuta especializada em família e maternidade, traz temas que tangem a experiência real e não idealizada da mãe.

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elaine - acervo pessoal - acervo pessoal
Elaine Maia, 49 anos, professora, mãe de Alice, 12 anos
Imagem: acervo pessoal

"Após 12 anos de fertilizações, passei a gravidez achando que ia perder"



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