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17ª semana - Já sabe o sexo? Já escolheu o nome? Calma, nem tudo é para já

Camila Gray/UOL
Imagem: Camila Gray/UOL

Beatriz Zogaib

05/06/2024 23h02

Você não precisa fazer todas as escolhas agora. Quer esperar para saber o sexo? Espere! Ainda está em dúvida sobre o nome do bebê? Zero problemas. "Se você estiver conectada ao seu sentir, as decisões estão muito claras. Agora se você começar a tomar decisões com base nos outros, porque outras pessoas possuem expectativas, aí as escolhas ficam pesadas e, mais do que isso, você deixa de fazer o que faz sentido para você", afirma a terapeuta integrativa Michelle Occiuzzi, especialista em comportamento materno.

A gente sabe que nem sempre é simples: todo mundo resolve fazer mil perguntas, não é? O quartinho está pronto? Já fez a mala da maternidade? Vai ser normal ou cesárea? E por aí vai? Respire fundo e se conecte com seu eu interior. Você, aí no fundo, sabe as respostas. Evite se sentir ansiosa ou obrigada a cumprir protocolos. "Quando se trata de perinatalidade, tudo o que se passa na gestação, o bebê sente. A mãe ansiosa libera alguns hormônios, como cortisol e adrenalina, e o bebê se habitua a receber esses hormônios e já nasce ansioso, reforça Michelle. Fique tranquila e entenda que nem tudo precisa ser decidido agora e nem mesmo compartilhado.

Mas e o parto? Já é hora de já começar a pensar? Sim, e não. Você pode desenhar um plano de parto junto aos profissionais que escolheu, mas não antecipe preocupações: o indicado é, a partir do momento que se sentir segura e confiante com a equipe, se cercar apenas dela para tirar dúvidas. "Você quer se assegurar que vai estar bem assistida e, considerando que a gente vive em uma realidade de mídias sociais, a gente tem um bombardeio de informação, mas isso não significa que estamos adquirindo conhecimento. A partir daí, as pessoas começam a ficar muito ansiosas e preocupadas", pondera a especialista. Confie em quem está ao seu lado.

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Minha frequência cardíaca está normal, mas me sinto cansada durante exercícios: o que fazer?

Pegue leve com você, e fale com o profissional de Educação Física que te acompanha para que ele ofereça exercícios que te deixem confortável a ativa ao mesmo tempo, como um treino intervalado - quando seu coração tem uma frequência mais alta e depois regride. Não se cobre pela fama de lua de mel do segundo trimestre (por ser um período que você tende a se sentir menos cansada): mesmo que os dias de maior fadiga já tenham passado, é normal você ainda se sentir cansada, especialmente durante a atividade física. E respeitar seu conforto é essencial. "É importante a gestante se sentir segura", lembra Juliana Calheiros, especialista em treinos femininos, que atua com mulheres gestantes até a pós-menopausa.

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Minha pele ressecou muito: o que fazer?

Aposte na hidratação e não pense duas vezes em procurar um dermatologista, mesmo que não haja espinhas, estrias, melasma. "Pele é estímulo constante, tem que tratar sempre", alerta a dermatologista Geisa Costa, que atua há anos com gestantes.

Apareceram muitas espinhas, e agora?

O que mudará é a forma de tratar, muitos tratamentos são potencialmente causadores de má-formaçã. Consulte uma dermatologista e fique longe dos ácidos, mas um deles é o queridinho das gestantes: o ácido azeláico. Ele é seguro para a mãe e o feto. "Há mais ou menos 25 anos, não existia tratamento para acne na gestação, e é algo muito comum devido às mudanças hormonais. Foi quando comecei a investigar a possibilidade de trazer para o Brasil o ácido azeláico, que é nível C de segurança para gestantes e já tinha sido aprovado pelo FDA nos EUA", conta a dermatologista Geisa.

Cuidar da pele é secundário na gravidez?

Pode soar dessa forma, mas é preciso estar atento para pele, uma vez que, sem cuidado, podem aparecer marcas para o resto da vida.

O que pode potencializar reações na pele?

Se você tem algum histórico de doenças autoimunes, mais um motivo para procurar acompanhamento dermatológico agora. "A maioria das gestantes tem um sistema imunológico bom, mas quem tem problema autoimune pode sofrer mais nessa fase", reforça Geisa.

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