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Acolhendo a gestante em todas as suas vertentes


19ª semana - Não me reconheço! Barriga aparecendo, contas e incômodos também

Camila Gray/UOL
Imagem: Camila Gray/UOL

Beatriz Zogaib

05/06/2024 23h00

Gestar inclui doar seu corpo para o desenvolvimento do feto, e isso envolve lidar com mudanças na aparência, estrias, melasmas, aumento de peso, inchaço e outras questões que nem sempre são motivo de alegria. "A primeira coisa é admitir que não está se sentindo bem com esse novo corpo. Em seguida, compreender que está tudo bem não gostar desse corpo grávido e de tudo que vem junto com ele", aconselha a terapeuta perinatal Patrícia Bressan.

Se isso afeta o seu humor de forma contínua, um acompanhamento psicológico pode contribuir para viver esse momento de forma mais serena, mas não é algo que precisa necessariamente acontecer. Você pode tentar sozinha - ou com ajuda de amigas ou de familiares - entender quais são os reais desconfortos com a nova aparência, de onde eles vêm e como afetam a sua vida (e talvez a relação com o parceiro).

"Em alguns casos, essa preocupação pode causar ansiedade ou mesmo ser um sinal de depressão. Começar ou continuar a fazer atividades prazerosas que envolvem o corpo, como dança, ioga, pilates, exercícios físicos, meditação e sessões de relaxamento pode ajudar emocionalmente a integrar melhor as mudanças e conectar com esse novo corpo. Participar de grupos de conversas com outras gestantes também pode ajudar."

A psicóloga Maria Silvia Logatti explica que a barriga aparecer e o corpo se transformar são mudanças que se impõem em um curto espaço de tempo, você aceitando ou não, o que é um grande desafio. "Estamos acostumadas a não lidar com mudanças quando não queremos mudanças. Se estou engordando fora da gestação, eu posso fazer algo a respeito, mas na gestação não", analisa.

Mas, é possível compreender que essas mudanças não são para sempre. "O bebê vai transformar seu corpo, mas depois que ele nasce você pode recuperar algumas das formas que tinha antes. Uma questão que ainda pressiona a mulher é que ela precisa se sentir linda quando está grávida e ainda fazer um ensaio para eternizar aquele momento? É invenção da vida contemporânea. Algumas mulheres se sentem assim, e outras não, e se sentem pressionadas a se sentirem assim". Seu mantra de agora em diante? Não preciso me sentir linda e maravilhosa durante a gravidez.

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Tenho que mudar algo na relação com os meus pets em casa?

Quem tem pet sabe: eles sentem qualquer mudança, até no nosso humor, e a chegada de um bebê vai trazer novos hábitos e horários, o que vai acabar afetando o animal de alguma forma. Para começo de conversa, ele pode se sentir excluído, como um irmão mais velho. "Ambiente esse pet para ele não ter ciúmes do bebê", aconselha a pediatra Daniela Anderson.

Para isso, comece o processo de adaptação durante a gravidez, deixando por exemplo seu pet dormir perto da sua barriga durante o dia. "E quando é animal que tem o hábito de dormir na cama, o ideal é que já se desvencilhe desse hábito, mesmo que você não vá fazer cama compartilhada", aconselha a pediatra Daniela Anderson.

Vale comprar uma caminha nova para ele e biscoitos que reforcem positivamente conforme ele for se adaptando. Se o pet passeia pela rua, a especialista recomenda comprar sapatinhos para ele usar nos passeios ou limpar as patinhas com água e sabão sempre que voltar - e manter esse hábito de agora em diante.

Quando estiver na maternidade, a dica é pedir que alguém próximo leve uma peça já usada do bebê para seu animal cheirar, assim ele irá se acostumar mais fácil com a presença do pequeno. Chegando em casa, deixe que ele chegue perto e cheire o novo integrante, mas só permita o acesso ao recém-chegado com a sua supervisão, combinado?

E quem sabe não é bacana pensar em um cantinho especial no quarto do bebê para o animalzinho acompanhar mamadas e trocas de fralda? "A gente já projetou quarto de bebê com uma cabaninha ou uma caminha mais retrô e fica lindo", conta a arquiteta Natália Castelo, especialista em arquitetura infantil.

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Veja como economizar no enxoval, chá de bebê e até depois

Parece que não, mas tem jeito de economizar nas comprinhas do bebê sim! Quem garante isso é a educadora financeira Dina Prates. "Você vai começar a comprar roupas e móveis para receber essa criança e isso tem um custo. Às vezes, a mulher fica empolgada, mas dentro da reestruturação do seu orçamento, você pode começar a encaixar o valor do enxoval dentro do orçamento, fazendo uma lista do que é essencial. Eu sei que vai bater a emoção, que vai ter hora que você vai querer comprar muitas coisas, mas estipule uma cota pra isso e lembre que no chá de bebê você pode ganhar muitos presentes."

Dicas práticas para aproveitar ao máximo esse evento e as suas compras também:

  • Liste as mudanças estruturais que você precisa, como reforma de algum cômodo da casa, móveis planejados, itens de primeira necessidade mesmo, e separe a quantia para isso;
  • Faça as contas de quanto você gastaria com o chá de bebê, de forma que ele não vire a festa do ano (caso você não possa arcar com isso). Veja se vale mais a pena fazer o chá de bebê em casa, em um local pago e se os gastos compensam os presentes e fraldas que você ganharia com a presença dos convidados;
  • Para o chá de bebê, faça a lista de presentes com itens necessários, de primeira necessidade; isso ajudará a reduzir os seus gastos depois;
  • Fale abertamente com pessoas que desejam dar presentes. Se alguém te perguntar, não tenha vergonha de contar quais itens você está precisando para o enxoval.

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Corte despesas: pequenos ajustes vão fazer diferença lá na frente

Sabe aquela assinatura de um aplicativo que você fez um dia e nem lembra? Ou aquela comprinha que você não resiste? O pedido de delivery que você costuma fazer todo final de semana? Essas pequenas reduções fazem muita diferença e você nem imagina. A educadora financeira Dina Prates dá dicas para saber o que cortar e, o melhor, onde alocar essa verba de uma forma que seja super positiva lá na frente.

"Liste todos os seus custos de vida, dividindo em duas categorias: o que é fixo (que você não consegue abrir mão e precisa pagar) e o que é variável (que são aquelas despesas que podem ou não acontecer e que temos o poder de escolha), como delivery, lazer, viagens que não estão no campo da essencialidade, alguma assinatura on-line? Dá pra reduzir isso? Não pense duas vezes", orienta. Depois disso, faça as contas de quanto precisaria guardar mensalmente caso precisasse de uma reserva por um período. Destine a verba para esse porto-seguro emergencial.

Um ponto sensível dessa são as dívidas: é recomendado negociar já que vem mais gastos por aí?

Você não está sozinha se tem endividamento! "77% da população hoje está endividada", conta Dina Prates. E atenção: as dívidas podem ser contas em atraso ou seus próximos ganhos comprometidos pelas próximas faturas do cartão.

"Faça uma lista de tudo que você tem pendente e liste quais são as que podem ser negociadas. Depois, organiza as parcelas desse pagamento de forma que consiga encaixar dentro do seu orçamento mensal. Há alternativas para ganhar um bom desconto na hora de renegociar e lembre que endividadas também podem negociar", orienta Dina.

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"Por que ninguém me disse isso antes?": um livro que foge do tema específico da maternidade, mas traz reflexões importantes para essa fase, ajudando a compreender o que está sentindo e como lidar da melhor forma possível.

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cecília - acervo pessoal - acervo pessoal
Cecília Vasconcellos, administradora, 33 anos, mãe de Estevão, 1 ano
Imagem: acervo pessoal

"Tomei anestesia geral, tirei a vesícula e descobri gravidez só no 5º mês"



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