3ª semana - Primeiros sintomas, primeira consulta
Nem só de enjoos vive uma grávida! É tanta descoberta que parece que não vai dar tempo de absorver tudo, mas dá. O seu lado materno está pronto para aflorar e, com ele, o sonho vira realidade - ainda que você passe boa parte do tempo dormindo.
Com a gravidez confirmada você deve estar desesperada por nunca ter tido tanto sono na vida, certo? Fique tranquila é normal. "É mais do que normal, é supernormal. É a primeira queixa de consultório, em geral nos primeiros três meses, depois melhora", conta a ginecologista obstetra Denise Theodosio.
Isso acontece porque, durante o primeiro trimestre, há muitas alterações físicas e hormonais no corpo da gestante, especialmente o aumento da progesterona. Já no segundo trimestre (entre 13ª e a 24ª semanas da gestação), o sono tende a diminuir, assim como os enjoos: o corpo passa a se acostumar com os níveis de progesterona e as alterações físicas - o que não diminui a sensação de cansaço para algumas, especialmente ao final do dia.
No terceiro trimestre, carregando um bebê maior, o sono se torna mais intenso novamente, o que costuma acontecer por volta da 28ª semana - afinal, gerar uma nova vida demanda um gasto energético grande e você estará perto da reta final. Mais uma vez, aproveite, porque depois, com a barriga maior, podem surgir alguns incômodos para pegar no sono.
Por isso, o importante é tentar ter uma rotina tranquila,garantir um descanso suficiente e levar ao pé da letra aquela máxima 'durma enquanto pode'."Durma agora na gestação enquanto o bebe não nasce. Há muitas interferências que a mãe sofre no sono após a chegada dos filhos e um impacto neurológico e emocional para essa mulher por conta disso", afirma a terapeuta integrativa especialista em comportamento materno Michelle Occiuzzi.
Estudos demonstram que há associação entre a insônia do bebê e a depressão nas mães, assim como o envelhecimento biológico da mãe de três a sete anos além da sua idade cronológica, seis meses após o nascimento. Mas não vamos nos apavorar, há bebês que dormem sim a noite toda, e vai que esse é o seu!
O importante é respeitar seu corpo agora. Ou seja, durma sem culpa, o quanto puder.
O que incluir e tirar do prato?
Nosso prato brasileiro típico, o famoso prato feito, que é arroz, feijão, proteína e salada, é um prato saudável e está de acordo com nossa cultura alimentar brasileira", lembra Daniela Bicalho, nutricionista e pesquisadora.
Cuidado apenas com excesso de alimentos processados, com adição de açúcar e sal (como uma geléia), que podem ser consumidos em quantidades moderadas. E os ultraprocessados devem ser evitados ao máximo, como uma batata industrializada de saquinho, pois não são alimentos de verdade, e sim imitações de comida, com adição de corantes, conservantes e outros aditivos químicos. "Alimentos in natura tem compostos bioativos que ainda nem são totalmente conhecidos e que vão interagindo entre si e fazem bem para o nosso organismo de diversas formas". (Daniela Bicalho, nutricionista e pesquisadora).
Ondas de humor: prepare-se para as oscilações
A gestação é praticamente sinônimo de mudanças de humor, mas os hormônios não são a única causa: transformações físicas, ansiedade (em viver algo inédito ou diferente - no caso de quem já esteve grávida antes) e o medo também são responsáveis por nos fazer sentir euforia, angústia, irritação, impaciência - tudo em um dia só inclusive!
"A primeira coisa é acolher, entender que faz parte sentir raiva, tristeza, picos de alegria. Quando a mulher vive a gravidez, é como se ela ficasse porosa, inclusive com o ambiente, com o sexto sentido mais aguçado - e talvez ela perceba coisas que ela não perceberia, dentro e fora dela", explica a terapeuta perinatal Patrícia Bressan.
Mas se engana quem pensa que essa fase é ruim. "Pode ser um momento muito legal para conseguir se encontrar com você mesma, ao invés de colocar mais barreiras para o que está sentindo. É como se fosse um portal que se abre. Pode causar sofrimento, mas por isso ter um acompanhamento terapêutico profissional é importante nesse momento", explica a especialista.
"Working Moms": comédia leve, daquelas pra esvaziar a cabeça e pensar sobre dilemas maternos que aparecem com o tempo. Na série, quatro mães precisam conciliar filhos, chefes, amor e a agitada vida em Toronto.
"Gravidez teria sido mais leve sem seguir cartilha da maternidade perfeita"