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Tudo que você precisa saber sobre amamentação e cuidados com o bebê

Camila Gray/UOL
Imagem: Camila Gray/UOL

Beatriz Zogaib

06/06/2024 17h40

Juntamos todas as dicas de amamentação e cuidados com o bebê que aparecem nas newsletters de Materna neste texto, assim você consegue tirar suas dúvidas de forma simples, completa e organizada.

Preciso consultar um pediatra antes do parto?

"A recomendação é que sim", responde a pediatra Daniela Anderson. E a razão disso é simples: você já poderá conhecer alguns profissionais e escolher quem irá te acompanhar nos próximos anos, podendo inclusive já ir estabelecendo essa conexão e recebendo orientações que a deixarão segura. "Antes que o caos do puerpério se instale, a mãe já tem um pediatra de referência."

Deixando o enxoval do bebê pronto: como lavar e... precisa passar?

Lave todas as roupas com sabão líquido neutro, mas - se preferir, pode usar sabão líquido de coco ou outro que seja específico para bebês. Além disso, tem outros cuidados simples, mas que fazem a diferença para evitar incômodos ou irritações na pele do seu recém-nascido. "Corte as etiquetas, elas podem incomodar e ferir a pele sensível do bebê? Caso utilize secadora, não precisa passar? Caso estenda em área externa, passe", orienta a pediatra Daniela Anderson.

Como preparar o pet para a chegada do bebê?

Se não começou a prepará-lo, não espere para começar já, pois o ideal é que esse processo de adaptação seja feito antes do parto. "E quando é animal que tem o hábito de dormir na cama, o ideal é que já se desvencilhe desse hábito, mesmo que você não vá fazer cama compartilhada", aconselha a pediatra Daniela Anderson. Vale comprar uma caminha nova para ele e biscoitos que reforcem positivamente conforme ele for se adaptando. Se o pet passeia pela rua, a especialista recomenda comprar sapatinhos para ele usar nos passeios ou limpar as patinhas com água e sabão sempre que voltar - e manter esse hábito de agora em diante. Quando estiver na maternidade, a dica é pedir que alguém próximo leve uma peça já usada do bebê para seu animal cheirar, assim ele irá se acostumar mais fácil com a presença do pequeno. Chegando em casa, deixe que ele chegue perto e cheire o novo integrante, mas só permita o acesso ao recém-chegado com a sua supervisão, combinado?

Como preparar o filho mais velho para a chegada do bebê?

"Depende da idade, se for mais velho, o diálogo é mais aberto, se for mais novo, é mais lúdico. Agora, sendo mais velho ou mais novo, existe algo importantíssimo na chegada desse irmão é jamais, nunca romantizar a chegada desse irmãozinho ou irmãzinh", afirma a terapeuta integrativa Michelle Occiuzzi, especialista em comportamento materno. Fato que nós, adultos, tentamos maquiar a realidade para o filho mais velho, e não é o ideal. "A realidade é que um irmão está chegando e isso não é legal para o mais velho? Ele não vai receber um amigo, vai chegar um bebê que só chora, consome o tempo dos pais e não fala", lembra a terapeuta. A pediatra Daniela Anderson orienta ainda a começar todas as adaptações para receber o novo membro da família, do concreto para o abstrato, ou seja, da decoração do quarto ao ingresso do mais velho na escolinha. "Todas as mudanças já devem ser feitas ainda na gravidez, pelo menos um mês antes, porque senão fica muita coisa para a outra criança lidar", recomenda. Tendo isso em mente, saiba que fazer.

  • Antes do parto: é interessante explicar como será essa realidade, contando que o bebê chega pequenino, chorando, não falando, dormindo muito, precisando de colo e de atenção. Não precisa fazer desse momento algo pesado, pelo contrário. Vale perguntar para a criança o que ela gostaria de fazer com você enquanto o recém-nascido não chega, listar atividades divertidas para aproveitarem o tempo juntos e colocar isso em prática. Aproveite para começar as transformações concretas e abstratas agora também
  • Depois do parto: pode conversar com o mais velho sobre seu cansaço, mostrar que você também está cansada e sentindo falta de algumas coisas, assim ele não se sente mais excluído, nem culpado por sentir algo, e entende que faz parte do grupo.
  • Em qualquer momento: não esqueça e nem deixe seu filho ou filha esquecer de que o período de maior demanda do bebê é uma fase passageira e especial, inclusive para a relação de todos com o novo integrante e para a construção da amizade entre os irmãos.

O bebê chegou, como será a recuperação e a amamentação?

Se déssemos uma única resposta, estaríamos mentindo, afinal não há como prever e cada recuperação dependerá das características pessoais de cada mulher, do tipo de parto e até mesmo do processo de amamentação. Uma coisa é certa: você irá sangrar por até quatro semanas: apesar da diminuição gradual desse fluxo, ele deve desaparecer mesmo por volta de 40 dias após o parto, mesmo tempo para que as cicatrizes entrem na fase final de cicatrização (tanto em casos de episiotomia quanto de cesárea). Prepare-se para sentir cólicas, especialmente ao amamentar: seu útero estará contraindo para voltar ao tamanho normal, e as mamadas - que estimulam a liberação de ocitocina - intensificam as contrações para que o tamanho do órgão diminua progressivamente durante as duas semanas seguintes. Finalizado o período de sangramento pós-parto, quem estiver amamentando exclusivamente demora mais para menstruar (de três meses a um ano ou mais).

Por falar em amamentação, é bacana saber que nem sempre flui como imaginado: nada de pânico, mas é legal sim entender e até esperar passar por alguns desafios, especialmente no início, como a dificuldade do recém-nascido em realizar a pega no seio da mãe ou até mesmo a sua insegurança em relação às mamadas. Tenho leite suficiente? Ele está com fome? Meu leite está empedrado? O melhor é se informar a respeito de tudo que pode vir a acontecer para ficar o mais tranquila possível e saber quando pedir ajuda. Uma boa ideia é contar com ajuda da doula: ela mesma já irá te orientar sobre amamentação e fará isso inclusive na golden hour, aquela primeira hora de ouro do bebê. "A doula também pode realizar uma visita domiciliar no pós-parto para saber como foram os primeiros dias. A comunicação é diária, via WhatsApp, com todo o cuidado e acompanhamento de forma remota também", conta a doula Viviane Bon Campos, também consultora de amamentação.

Aliás, ter uma profissional especialista no aleitamento materno pode ser uma boa, pois boa parte da sua recuperação passará pela adaptação da mecânica da mãe e do bebê nesses momentos. Não é incomum sofrer nos primeiros dias com fissuras no bico, por exemplo. "A consultora é capaz de avaliar a boquinha do bebê, os seios da mãe, o bico (se é invertido ou plano), e usar um aparelho de laser para esses desconfortos mesmo antes da apojadura, que é a descida do leite", explica Viviane. Essa é uma das profissionais que conseguirá indicar a necessidade de uma consulta com uma odontopediatra ou fonoaudióloga.

E meu corpo, como fica? Não se preocupe com a forma física, mas foque na alimentação saudável, essencial para a amamentação e para sua disposição - e saiba que a prática de exercícios físicos aeróbicos podem ser retomados cerca de 40 dias pós-parto, com autorização médica. Mas não exija demais de si mesma; seu peso vai voltando aos poucos, e é normal demorar até um ano para sua pele voltar à tonalidade natural nas áreas em que ficou escura, ou seus órgãos internos retornarem ao seu volume normal. Cuide de seu emocional, ele precisará de carinho. Seus hormônios podem fazer com que sinta o baby blues, caracterizado por tristeza sem motivo, choro, angústia? Essa espécie de "luto" da gestação chega quando você está no conforto do seu lar, mas passa em poucas semanas. Se não passar em até dez, converse com seu médico: uma em cada quatro mulheres têm depressão pós-parto - com sintomas semelhantes, mas duradouros - que pode aparecer até 24 meses após o parto e precisam de tratamento. "Se não tratada, a depressão pós-parto vai até 24 meses, recorre em outros momentos e infelizmente no climatério a mulher vai sentir a mesma dor", explica a ginecologista obstetra Ana Paula Junqueira.

Amamentar não é intuitivo

Durante a gestação o corpo já se prepara para amamentar, as mamas crescem, os mamilos ficam mais sensíveis e as aréolas mais escuras, mas engana-se quem pensa que é só colocar o bebê no peito que ele vai mamar.

Amamentar não é intuitivo, precisa ser aprendido tanto pela mãe quanto pelo bebê. Só colocar o bebê no peito para mamar pode acontecer sem intercorrências, mas a experiência precisa ser vivida e aprendida, diz Nina de Almeida, médica pediatra da Casa Curumim, doutora em desenvolvimento infantil e especialista em amamentação pelo IBLCE (International Board of Lactation Consultant Examiners).

No início as famílias podem ficar com dúvidas e um pouco perdidas, o que é normal. Embora muitas mulheres se sintam responsáveis pelo "sucesso ou não" da amamentação é preciso entender que existem dois protagonistas nesse processo: mãe e bebê. "Não existe "supermulher" que tem que dar conta de tudo. Para a amamentação funcionar bem a balança tem que ser boa para os dois lados", diz Tiemi Yoshida, médica pediatra e neonatologista da Casa Curumim, também especialista em amamentação pelo IBLCE.

Bebê não é robô ou relógio, ele não mama a cada 3 horas

Geralmente as principais dificuldades estão relacionadas ao manejo da amamentação, ou seja, como posicionar o bebê no colo para mamar e como realizar a pega adequada, ou o que fazer quando aparece uma rachadura no peito, por exemplo. As más práticas estão associadas a tudo o que atrapalha a amamentação sob livre demanda, como fazer mamadas controlas por horário e a introdução de chupeta.

"Existe uma fantasia de que o bebê mama a cada 3 horas e dorme o restante do tempo, o que não é verdade. O bebê não é um robô ou um relógio, ele não mama a cada 3 horas. Ele mama no peito durante o dia e à noite em média dez vezes em 24 horas, podendo ser mais do que isso", afirma Tiemi.

Outros fatores, como cirurgias nas mamas realizadas pelas mães, prematuridade, disfunção oral, freio curto dos bebês, também podem prejudicar a amamentação.

Amamentar é um aprendizado: 13 dicas para aumentar as chances de sucesso

Segundo a pediatra Nina, seria maravilhoso se tivéssemos um caminho que desse certeza as mães que vai dar tudo certo, mas como amamentar é um aprendizado, o início pode ser difícil. Com o passar do tempo, as coisas tendem a se ajustar. A seguir, veja algumas dicas:

  1. Colocar o bebê em contato pele a pele com a mãe imediatamente após o nascimento e iniciar a amamentação o mais rápido possível aumentam as chances de sucesso no processo;
  2. Alimente o bebê em livre demanda, mas não espere ele chorar para dar de mamar. O choro é um sinal tardio de fome, ou seja, ele já está desesperado. Observe os sinais de fome: o bebê coloca a linguinha para fora, as mãos na boca para sugar (reflexo de busca), estala os lábios, roda a cabeça de um lado para outro e chora;
  3. Sempre que possível, ofereça as duas mamas na mesma mamada. Isso ajuda a manter a produção de leite;
  4. Atenção à pega adequada: o bebê abocanha a aréola e não apenas o mamilo;
  5. Não ofereça outros bicos ou chupetas que podem confundir o bebê levando à uma pega inadequada e mamada não efetiva. Ele mama menos, ganha menos peso, fica irritado e chora mais. Ter uma criança chorando pode ser angustiante;
  6. Entenda os sinais de saciedade. O bebê solta o peito espontaneamente e fica completamente largado;
  7. Procure ajuda se perceber que algo não está bem, uma pequena rachadura no bico do peito pode significar que a pega não está adequada e isso pode se tornar um grande problema se não for resolvido;
  8. Estudos mostram que exercícios no bico do peito, passar cremes ou bucha nos mamilos não ajudam e podem até atrapalhar o aleitamento materno;
  9. Tenha ajuda em casa nas primeiras semanas e respeite o seu descanso. Amamentar exige tempo e presença. Você deve estar bem cuidada para cuidar do seu filho. Nesse sentido é importante ter alguém que alguém faça as tarefas domésticas, cozinhe, lave a roupa para que você possa descansar;
  10. Não ofereça outros líquidos ou alimentos ao bebê até os seis meses de vida. O leite materno possui todos os nutrientes que ele precisa;
  11. A mama é uma glândula secretora, o que a mãe ingere vai em maior ou menor parte passar para o leite. Álcool, cannabis, tabaco e outras drogas não devem ser utilizadas durante a amamentação pois podem impactar no desenvolvimento da criança. Medicamentos devem ser ingeridos somente quando forem prescritos pelo médico;
  12. A dieta da mãe deve ser balanceada e priorizar alimentos naturais e saudáveis, não se deve fazer restrição alimentar;
  13. Se informe sobre amamentação, participe de grupos e troque ideias com outras mães.

Amamentar consome mais de 500 calorias por dia; conheça benefícios:

A amamentação é um processo fisiológico que traz muitos benefícios. Para a mãe, libera ocitocina, o que diminui o risco de sangramento pós-parto; facilita o retorno ao peso ideal após a gravidez (amamentar consome mais de 500 calorias por dia); fortalece o vínculo mãe-bebê; diminui o risco de câncer de mama e de ovário; reduz a chance de desenvolver diabetes tipo 2, colesterol alto e hipertensão, e aumenta o intervalo entre as gravidezes. Durante a amamentação são liberadas endorfinas que trazem a sensação de prazer e felicidade para a mulher.

Para o bebê, ajuda a proteger contra diarreias; infecções respiratórias (pneumonia); otites; alergias; síndrome da morte súbita; melhora o desenvolvimento da região orofacial e dentição. Diminui o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes tipo 2, obesidade. O aleitamento materno contribui ainda para o desenvolvimento cognitivo, melhor desempenho escolar e QI.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê. Após a introdução alimentar, a recomendação é que a amamentação seja mantida até os dois anos ou mais.

E será que o meu leite é suficiente?

Segundo as especialistas ouvidas pela reportagem, as mulheres podem se deparar com algumas angústias, uma delas é se o leite é suficiente para nutrir o bebê e para auxiliá-lo no desenvolvimento e ganho de peso.

"O sentimento de responsabilidade pelo bem-estar do filho causa muita angústia na mãe. O fato de não ver com os olhos o quanto ele está mamando, o comportamento natural da criança solicitando contato e colo, e o fato das pessoas ao redor sempre questionarem as mulheres se o leite está sendo suficiente fragiliza a mãe em relação à sua capacidade de amamentar", pondera Tiemi, que junto com Nina, é uma das fundadoras do Instituto Ery, que ministra cursos de amamentação para profissionais da saúde.

Na avaliação da médica, está tudo bem passar por dificuldades ou até mesmo sentir que não quer amamentar.

Não se sinta culpada. Conseguir ou não amamentar não a torna pior ou melhor mãe e não mede o amor pelo seu filho, diz Tiemi Yoshida, médica pediatra e neonatologista da Casa Curumim, também especialista em amamentação pelo IBLCE

De acordo com a pediatra Nina, quando a criança nasce muitas vezes é necessário adaptar as expectativas que se tinha na gestação. "Nunca é o que se esperava. O bebê que a mãe idealizou durante a gravidez precisa dar lugar ao bebê real", diz.

Amamentar em público não é [mas deveria] ser natural

Para Tiemi, a amamentação em público ainda é um assunto que gera polêmica.

"É frequente as mães serem constrangidas a se cobrirem para amamentar seus filhos e elas mesmas sentem os olhares de reprovação. A sexualização do corpo feminino e o ato de amamentar não ser natural são fatores que contribuem para esse tipo de preconceito. Pessoas enxergam no ato de amamentar em público algo pecaminoso, o que não é".

Na mesma linha, Nina diz que em algumas culturas, incluindo a nossa, os seios são considerados objetos sexuais. "Ver um bebê sugando o seio causa muito desconforto em pessoas (em homens, mas também em mulheres) que têm essa imagem impregnada na mente", afirma.

Na opinião das médicas, as mães devem receber o apoio necessário e se sentirem seguras para alimentar seus filhos sempre que for necessário independentemente de onde estiverem. Elas defendem que a naturalização da amamentação precisa ser estabelecida na sociedade.

Vai precisar de creche ou babá? Comece a pensar em opções

Não se engane, você pode precisar de creche ou de babé mesmo se não precisar voltar a trabalhar após a licença-maternidade. Se tem um filho mais velho, se cuida dos seus pais de alguma forma, se tem um parceiro que viaja muito a trabalho? Essas podem ser situações que te levem à necessidade de ter uma ajudinha terceirizada nos cuidados com o bebê. Mas o que é melhor: creche ou uma babá? A decisão não é fácil, mas saiba desde já que não tem certo e errado: cada escolha traz vantagens diferentes e é preciso pensar em qual se adequa melhor à realidade da sua família. Lembrando que existem creches públicas (onde se gasta apenas com itens de cuidado e alimentação da criança) e particular (com custo mensal, porém com possibilidade de oferecer horários mais cômodos).

Da mesma forma, você pode contratar uma babá exclusiva ou contar com uma cuidadora comunitária, como uma vizinha. O que você não pode deixar de fazer já é refletir sobre sua necessidade, até porque você pode não precisar dessas alternativas, mas contar com amigas e familiares alguns horários para ter tempo para você. "Olha para a sua rede de apoio e para o seu relacionamento. Se você não tem rede de apoio, fica muito difícil. Essa construção precisa ser feita", acredita Marina? E não se engane achando que todo mundo vai querer ou mesmo poder te ajudar; às vezes aquelas amizades que você mais conta hoje são as que só aparecerão para selfies com o recém-nascido. "É hora de fazer a faxina nos relacionamentos, construir novas relações, e é muito incrível como mulheres viram melhores amigas de outras por conta dos filhos", observa Marina.

Furar ou não furar a orelha do bebê?

"É uma escolha muito particular da família e leva em conta questões culturais", observa a pediatra Daniela Anderson. Segundo ela, se essa for a sua vontade, o ideal é aproveitar as primeiras semanas mesmo, pois quanto mais jovem o bebê, mais maleável o tecido do lobo da orelha e mais "fácil" o procedimento. "Se essa for a opção de sua família, procure uma enfermeira habilitada", recomenda.

Seu bebê está crescendo e parece que há algo diferente? Como identificar o autismo e agir com o diagnóstico

Como desconfiar se há algo diferente acontecendo com seu filho? Para entendermos se o desenvolvimento está dentro do esperado, a aquisição de alguns marcos do desenvolvimento (como sentar, apontar, falar) são acompanhados em consultas com o pediatra, mas é possível e indicado ficar de olho dentro de casa. Normalmente, o que é mais comum de se perceber em crianças com características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é a ausência de reciprocidade social, em aspectos relacionados com falha no contato visual, no sorriso social, na imitação.

São crianças menos responsivas ao contato e à atenção compartilhada. "Podem não reagir com entusiasmo diante de uma figura de referência ou não olhar para o rosto do cuidador diante de uma situação específica para checar se está tudo bem. Não esticam os braços para serem segurados ou não apontam, compartilhando coisas ao redor. Podem não se aninhar no colo, ser resistentes ao toque. Mas estes são apenas alguns dos parâmetros gerais, porque nem todos os indivíduos apresentarão falhas nos mesmos comportamentos", explica a psicóloga Lygia Durigon.

O fundamental é que os pais estejam atentos aos marcos do desenvolvimento, se informando através de livros ou manuais, como o da Associação Brasileira de Pediatria e de outras entidades do Brasil e do mundo - que dão parâmetros sobre o que esperar em cada um dos meses do bebê ou criança. Se observarem alterações no desenvolvimento, mesmo que sejam outras, é preciso buscar um médico pediatra, psiquiatra infantil ou mesmo psicólogo que tenha especialização ou experiência em desenvolvimento.

Como fazer bebê dormir? Após ajudar filho que chorava por 12h, mãe e consultora de sono dá dicas

Essa é uma das maiores buscas de mães na internet, de acordo com o Google Trends. Assim como outras relacionadas: "sono do bebê", "como fazer o bebê dormir a noite toda" ou "autonomia do sono do bebê". Talita Amaral conhece essa dor de perto. A fisioterapeuta e consultora do sono está acostumada a atender mães desesperadas e, depois que se tornou uma delas, sabe ainda mais do que está falando.

Antes de se tornar mãe e até mesmo consultora, a fisioterapeuta trabalhou com pediatria neonatal, e concluiu especialização em UTI pediátrica e emergências. Hoje, vivendo no Canadá, e vendo a realidade das famílias de perto, sentiu o desejo de ajudar.

Tem muita informação disseminada errada. Criaram mitos em torno do sono infantil, como se fosse crueldade ensinar o bebê a dormir. Como se você não tivesse amor ou cuidado por ele. E não tem nada a ver com isso.Talita Amaral, fisioterapeuta, consultora do sono e mãe do Léo, de 11 meses

As técnicas precisam ser específicas para cada momento. A abordagem junto a um recém-nascido é completamente diferente da realizada com um bebê de 6 meses, por exemplo. "Até os três meses, eles precisam de mais contato, mais colo, do contato pele a pele com os pais. Estão no período de exterogestação, e é preciso tentar reproduzir o ambiente uterino aqui fora", exemplifica a mãe e consultora.

  • A dica é reproduzir o apertadinho do útero - usando um swaddle, o que no Brasil é chamado de "charutinho". Além disso, é indicado colocar o bebê num bercinho menor, preparar o ambiente do sono e estabelecer uma rotina.

Entenda melhor

A rotina é composta por coisas que acontecem durante o dia do bebê e coisas que a gente ensina para ele, ou seja, hábitos. O bebê precisa da hora da interação, do solzinho, das sonecas, das mamadas, do passeio, do banho. E lembre: hora não é necessariamente horário, e sim um período reservado para algo, mais longo ou mais curto, mais cedo ou mais tarde, de acordo com a idade da criança e a realidade da família.

A rotina para seu bebê de 15 dias não vai funcionar quando ele tiver um mês, e a rotina de um mês não vai funcionar aos três. Levar em conta possíveis alterações fisiológicas e a avaliação médica para um diagnóstico - como aconteceu com o filho de Talita, diagnosticado com alergia à proteína do leite - também é fundamental. Assim como entender que um bebê maior com dificuldade de dormir pode estar com o que é chamado de insônia comportamental - relacionada a fatores como a dependência de uma terceira pessoa para conduzir o seu sono.

Como corrigir o sono do pequeno?

Trocando hábitos que geram a dependência ou dificultam o sono, por outros que o ajude a conseguir descansar sem precisar de tanta ajuda, e sem despertar tanto. E nada disso passa necessariamente por deixar chorando, mas por entender como ajudar o bebê a se sentir 100% seguro - o que ele precisa para dormir. "Nosso colo é conforto, sempre. Não importa a idade dos nossos filhos. Não é um problema", diz Talita.

O problema é que se disseminou o mito de que ensinar um bebê a dormir é ruim, por conta de métodos que o deixam o chorando. "Não é o que eu trabalho, mas eles têm eficácia comprovada cientificamente, e não traz traumas". Se você, assim como Talita, prefere não aderir a um desses métodos, conhecidos como cry it out, está tudo bem.

Há diversas formas de ensinar o bebê a dormir, como o de extinção gradual - escolhido por Talita, tanto como mãe como quanto consultora - onde se acolhe o bebê sempre que é preciso. "Não existe o melhor método, o melhor é aquele que se encaixa com a realidade daquela família em específico".

Neném pode dormir em cama compartilhada? Entenda as recomendações

Para além das discussões sobre o tema nas redes sociais, existe um consenso entre médicos e consultoras de sono sobre a cama compartilhada. "Todas as associações de pediatria mais importantes do mundo defendem que não é segura. E tem outros dispositivos, que colocam os bebês para dormir, que também não são. Tem um risco altíssimo de morte súbita de bebês saudáveis", diz a consultora do sono Talita Amaral.

Estudo divulgado pela Academia Americana de Pediatria (AAP) confirma que 60% dos casos de morte súbita e inesperada em bebês (SUID - sigla em inglês) estão associados ao ato de compartilhar com eles não só camas, como cadeiras, sofás e poltronas.

Nove entre dez pais admitem dormir com seus bebês. Para quem quer ou acha melhor dormir pertinho, porém, existe o que é chamado de cama compartilhada segura.

  • Seria encostar a cama do casal na parede ou colocar grades próprias, deixando o bebê dormir desse lado, para evitar quedas.
  • A família também não pode dormir com cobertor, lençol, travesseiro.
  • A mãe precisa dormir com o cabelo preso e tomar cuidado com o pijama que usa.
  • Não é recomendado que fume ou beba antes de dormir, e pessoas obesas não devem aderir, mesmo com todos os cuidados.

E se você é daquelas que, devido ao cansaço, tira sonecas na poltrona de amamentação, lembre-se que também há riscos, como deixar o bebê cair do colo. A dica é acostumá-lo a dormir sozinho em diferentes superfícies (berço, carrinho, cama...), e também à claridade e aos sons do dia tanto quanto ao escurinho e silêncio da noite. Isso o ajuda a regular seu relógio biológico.

O bebê, não importa a idade, se baseia 100% no comportamento dos pais: é o que traz previsibilidade e segurança. O ideal para seu bebê é, no mínimo, de 10 horas e meia a 12 horas de sono noturno - mesmo que acordando para mamar. Por isso, é essencial encontrar o meio termo na batalha de fazê-lo dormir. Se optar por cama compartilhada, ajude-o a ter um sono seguro e de qualidade nela. Se for dormir no berço, encontre uma boa condição de sono para ele lá.

Tem receio de postar fotos do bebê? O que considerar antes de publicar

Uma pesquisa de 2017 com 2 mil pais britânicos apontou que - só nos primeiros dois anos de vida - as crianças já tinham 390 fotos suas publicadas. Imagine hoje! Em uma pesquisa rápida no Instagram, a hashtag em português #bebê soma 5.3 milhões de publicações. Não por acaso, nasceu o termo sharenting - combinação, em inglês, das palavras share (compartilhar) e parenting (parentalidade). Mas, antes de sair postando foto do seu bebê, é essencial levar em conta o risco que o digital traz, pela rapidez com que tudo acontece. Em poucos minutos, pessoas mal intencionadas podem copiar, perpetuar e dar o uso indevido até mesmo a conteúdos que desapareceriam com o tempo.

Lembre-se de que o que é postado na internet pode ficar acessível permanentemente. Mesmo que uma postagem seja excluída, ela pode ter sido vista e salva ou compartilhada por outros.

Cláudia Abdul Ahad Securato, advogada

É preciso observar potenciais impactos a longo prazo, ponderando quem será seu público, e o que pode ser feito com as imagens e conteúdos divulgados. Sabe aquela brincadeira que nos instiga a pensar no pior cenário? Ela pode ser bem-vinda aqui como um exercício de consciência.

Dicas:

  • Fique atenta às políticas de privacidade e termos de uso das redes sociais, pois cada uma tem suas regras e os usuários devem segui-las, com postagens que estejam em conformidade com elas;
  • Caso tenha um perfil aberto, pense se não vale a pena restringir seu público, criando um grupo de melhores amigos, por exemplo;
  • Não publique foto do bebê nu ou seminu (tomando banho ou brincando na praia); pode ser inocente, mas também pode ser usada de forma negativa online;
  • Nunca exponha hábitos como ida à escolinha ou locais que a criança frequenta;
  • Evite divulgar a localização da família ou criança em tempo real;
  • Caso envie imagens em grupos íntimos de WhatsApp, lembre-se de pedir para os participantes não publicarem em suas próprias redes sociais;
  • Reflita se as informações podem ter impactos jurídicos, o que é especialmente delicado em situações nas quais a família passa por disputas envolvendo divórcio e a guarda dos filhos;
  • Esteja ciente de que, embora as leis de proteção de dados geralmente protejam informações pessoais contra o uso indevido por terceiros, optar por divulgar voluntariamente suas próprias informações pessoais pode reduzir sua proteção legal, e prejudicá-la em disputas futuras;
  • Reflita sobre a vida privada do seu filho desde bebê: o Estatuto da Criança e do Adolescente protege a privacidade, o respeito pela intimidade, direito à imagem e a vida privada das crianças e adolescentes contra a exposição indevida. E a LGPD, em vigor no país desde setembro de 2020, reforça que é ilegal compartilhar fotografias que podem gerar danos à formação e honra da criança.
  • Além disso, é saudável entender se você está postando demais e a razão disso. Tente se perguntar: para que estou postando? Quando meu filho for mais velho e encontrar essa publicação, ele vai gostar? O que estou expondo aqui nessa imagem? É algo que contribui com o desenvolvimento e futuro dele? Vale pensar que todas as publicações podem gerar sentimentos positivos ou negativos no seu filho e ter sensibilidade em relação a isso.

Quando o alerta fica mais sério

O guia Internet Segura Para Seus Filhos (disponível para download) reforça que o contexto familiar é privado, recomenda evitar postar mensagens com apelidos e convida a pensar: o que hoje pode parecer "bonitinho", com o passar do tempo, pode até ser usado para a prática de bullying contra a criança.

Não há manual para criar bebês, mas existem recomendações para o mundo todo

Em um determinado momento, todo pai faz aquela brincadeira de que "filhos não vêm com manual". Realmente, existem muitas respostas que só a vivência te prepara, mas também existem regras básicas que começam a nortear o caminho da maternidade. Para apoiar essa jornada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fornece recomendações fundamentais que abrangem desde a amamentação até o uso de telas e a introdução alimentar.

As diretrizes são baseadas em estudos científicos e práticas globais, e são consideradas essenciais para garantir o desenvolvimento saudável de crianças em seus primeiros anos de vida. Veja as principais para você ficar por dentro:

1. Amamentação exclusiva até os seis meses

A recomendação sobre a amamentação exclusiva até os seis meses de vida significa que o bebê deve receber apenas leite materno, sem introdução de água, chás ou outros alimentos. Isso porque o leite materno oferece todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável e fortalece o sistema imunológico, protegendo a criança contra infecções e doenças. Além disso, amamentar cria um vínculo emocional profundo entre a mãe e o bebê, proporcionando segurança e conforto ao recém-nascido. A OMS sugere que a amamentação continue de forma complementar até os dois anos de idade ou mais, juntamente com outros alimentos.

2. Introdução alimentar gradual e saudável

Após os seis meses, como regra, inicia-se a introdução alimentar de fora gradual, mas tiveram algumas mudanças recentes sobre o assunto. De acordo com as novas diretrizes da OMS, é fundamental priorizar alimentos naturais, como frutas, vegetais, cereais e proteínas (evitando produtos industrializados, ultraprocessados e açúcares até os dois anos de idade). Segundo as novas diretrizes, no caso de crianças de seis a 11 meses que não são amamentadas, tanto fórmulas infantis quanto leite de vaca podem ser utilizados para alimentá-los, e a partir de um ano de vida, as fórmulas infantis ou compostos lácteos não são mais recomendados. Essa é uma das grandes diferenças do novo guia em relação aos anteriores, e vale entender a fundo.

3. Redução no uso de fórmulas

A OMS alerta para o uso desnecessário de fórmulas infantis em substituição ao leite materno, enfatizando que o aleitamento é o método mais saudável para a alimentação do bebê. Mas, claro, há exceções, é importante avaliar cada caso com acompanhamento médico. Fórmulas devem ser usadas apenas em casos específicos, sob orientação médica, e nunca promovidas como equivalentes ao leite materno. O pediatra saberá orientar sobre a introdução necessária de fórmulas e irá acompanhar a adaptação e o desenvolvimento do seu filho. Vale ressaltar que o documento mais atual da OMS considera as necessidades dos bebês que são ou não amamentados, mas excluindo as crianças prematuras, com baixo peso ao nascer, se recuperando de doenças graves ou com deficiências neurológicas.

4. Bebês prematuros e suas mamães-cangurus

Para bebês prematuros, que muitas vezes passam um período inicial em incubadoras, o contato pele a pele, conhecido como Método Canguru, é essencial, e a Organização Mundial de Saúde reconhece a prática. Ela promove estabilidade térmica (regulação da temperatura corporal do bebê), estimula o aleitamento materno e fortalece o vínculo com os pais. A recomendação é iniciar o método mãe canguru imediatamente após o nascimento para ajudar a reduzir infecções, hipotermia e até melhorar a alimentação -mas é claro que é preciso ter o aval médico levando em conta o quadro de saúde de cada bebê. A OMS incentiva que os pais sejam integrados no cuidado dos bebês durante a internação neonatal.

5. Sono seguro e saudável

O recomendado pela OMS é que bebês de até três meses de idade durmam de 14 a 17 horas por dia, incluindo as sonecas. Para bebês de quatro a 11 meses, o ideal é dormir 12 a 16 horas por dia. Conforme crescem, a necessidade de horas de sono e sonecas muda. Crianças de um a dois anos precisam de 11 a 14 horas, as de três e quatro anos devem dormir entre 10 e 13 horas. A OMS também enfatiza a importância de estabelecer horários regulares para dormir e acordar (a famosa rotina) e orienta quanto à segurança do pequeno durante o sono:

  • Colocar o bebê para dormir de barriga para cima;
  • Colocá-lo em uma superfície firme, como um colchão em um berço seguro;
  • Evitar agasalhar demais o bebê e deixar os braços do bebê para fora da coberta (que deve ser fixa, para que não corra o risco do bebê cobrir seu rosto com ela);
  • Manter o berço livre de almofadas, travesseiros, pelúcias, mantas soltas e brinquedos;
  • Evitar dormir com o bebê no sofá, poltrona ou almofada.

6. Sem contato com telas antes dos dois anos

Em um mundo dominado por telas, a dúvida aparece com frequência: quando seu filho pode se distrair ou até mesmo obter benefícios com o uso de telas? A OMS recomenda que crianças menores de dois anos não tenham nenhum contato com dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets ou televisores. Para crianças de dois a cinco anos, o uso deve ser limitado a uma hora por dia, sempre com conteúdo educativo e supervisão de um adulto. Isso porque o excesso de exposição às telas antes da hora ou com excessos pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo, dificultar a socialização e impactar negativamente o sono. A interação humana e brincadeiras ao ar livre são cruciais para o aprendizado nessa faixa etária: passeios de carrinho e distrações com brinquedos para idade são o melhor caminho para preencher a rotina dos pequenos.

7. Estímulos saudáveis e ambiente seguro

A OMS destaca a importância de criar um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento infantil. Conversar, cantar, ler histórias e brincar com o bebê são formas de promover habilidades motoras, cognitivas e emocionais.Além disso, segundo a organização, é essencial garantir um espaço livre de substâncias tóxicas, objetos perigosos e excesso de ruídos - o ambiente deve ser acolhedor e 100% seguro. As novas diretrizes sobre atividades físicas, comportamento sedentário e sono para crianças com menos de cinco anos foram desenvolvidas por um painel de especialistas da OMS, que avaliou os efeitos do sono inadequado e do tempo que crianças pequenas passam sentadas ou em cadeiras ou carrinhos de bebê.

8. Vacinação e cuidados de saúde regulares

A vacinação é um pilar fundamental para a saúde infantil. A OMS reforça a necessidade de manter o calendário de vacinação atualizado, protegendo os pequenos contra doenças graves. Consultas regulares ao pediatra também são indispensáveis para monitorar o desenvolvimento e detectar precocemente possíveis problemas de saúde. E, se houver dúvidas em relação às vacinas, é ele o profissional apto a respondê-las.

9. A Importância da rede de apoio

Cuidar de um bebê é um desafio que exige suporte e, cada dia mais, essa verdade está ganhando espaço nas conversas sobre primeira infância. Entenda como rede de apoio familiares, amigos, profissionais de saúde e a famosa "rede de apoio paga", ou seja, babás e cuidadoras que recebem salário para oferecer a você e à sua criança o suporte necessário para a rotina. Grupos de apoio à amamentação e à maternidade também podem ser fontes valiosas de informação, acolhimento e encorajamento.

Cuidar é Amar

As diretrizes da OMS são pouco mencionadas, mas funcionam como um guia precioso para os primeiros anos de vida de uma criança. Só é preciso lembrar que cada família é única e que adaptar essas recomendações à realidade de cada lar, sempre com acompanhamento médico, é o caminho para criar uma infância saudável e cheia de amor.

Livros, filmes e séries

Livro de cabeceira: A encantadora de bebês resolve todos os seus problemas - Ensina como agir com os seus filhos desde as primeiras semanas de vida até os primeiros anos da infância, com técnicas que facilitam o dia a dia

Livro de cabeceira: O bebê montessori, Guia para criar bebês com amor, respeito e compreensão - Um passo a passo que mostra como desacelerar e ter um ritmo adequado para ajudar o bebê a construir confiança em si próprio, no ambiente, e em nós.

Livro de cabeceira: A ciência dos bebês, da gravidez aos 5 anos - Aliando sabedoria científica com a vivência de pai, o especialista em desenvolvimento cerebral John Medina revela como as mais recentes descobertas nas áreas da neurociência e da psicologia podem ajudar os pais

Livro de cabeceira: O quarto trimestre - Já pensou na importância dos três primeiros meses do bebê fora do útero? O livro mostra como o pós-parto é um momento decisivo e transformador, para o qual muitas mães não estão preparadas.

Série para desanuviar: Turma do peito - Uma viagem tragicômica pelo desafio de criar um novo ser sem manual de instruções. A série australiana traz choro, junto com o leite derramado e confronta a romantização da maternidade em sete episódios.