Yves Saint Laurent, o gênio da moda do século XX que deu poder às mulheres
PARIS, 1 Jun 2008 (AFP) - O estilista Yves Saint Laurent, que morreu na noite deste domingo, deu poder às mulheres ao criar para elas um vestuário contemporâneo, com peças de corte masculino e emancipador.
Este príncipe da moda, cuja arte repousava em sua audácia, deu adeus à alta-costura em 2002, depois de 40 anos de criação pujante porque "já não se reconhecia nessa profissão".
O homem dos óculos de armação grossa ficará nos anais da história da moda como um dos grandes estilistas do século XX e como um libertador que deu poder às mulheres, que ousou vesti-la com trajes masculinos.
No sacrossanto altar da moda francesa, esse gênio alcançou maestria própria, junto com outros do porte de Paul Poiret, Christian Dior ou Coco Chanel.
O estilista, que nasceu como Yves-Mathieu Saint-Laurent em 1o. de agosto de 1936 em Oran (Argélia), dedicou 40 anos de sua agitada vida a embelezar as mulheres vestindo-as com peças que lhes deram confiança a si mesmas e muito brilho.
Aquele que seria chamado de o "Príncipe da moda", o perfeicionista, o criador de um estilo, chegou com 17 anos a Paris com os esboços de seus desenhos e um talento transbordante.
Um ano depois virou herdeiro de Christian Dior e simplificou seu nome, passando a se chamar Yves Saint Laurent, com o qual triunfou a partir de 1957, primeiro como diretor artístico da casa Dior, depois da morte de seu fundador, e mais tarde com sua própria maison.
Seu primeiro desfile, em 30 de janeiro de 1958, fascinou os clientes e a imprensa, que cairam aos pés daquele jovem míope e tímido e de suas criações. Sua coleção "Trapézio", em ruptura com as cinturas de vespa, o catapultou ao sucesso.
A partir de 1960 Yves Saint Laurent passou a sofrer muitas crises de depressão. Nessa época, a maison Dior decidiu substituí-lo por outro jovem, Marc Bohan.
Saint Laurent resolveu, então, lançar-se em vôo solitário, com a ajuda de seu amigo Pierre Bergé. Juntos, o criador e administrador, construíram um império do luxo, que abrangeu da alta-costura e do prêt-à-porter aos perfumes.
Ficou conhecido então como o estilista que proporcionou uma nova liberdade às mulheres através de suas criações, especialmente o terninho com calça comprida e o famoso "Le Smoking", apresentado pela primeira vez em 1966.
No início, depurou as peças do supérfluo e se refugiou no negro até que, um dia, viajou a Marrakesh, de cujo colorido se embriagou até dominar os jogos de cores. Em algumas de suas coleção, chegou a prestar homenagem a pintores de renome universal como Mondrian (1965), Picasso (1979), Matisse (1981) e Van Gogh (1988).
"Se Chanel libertou as mulheres, Saint Laurent lhes deu poder com peças masculinas", afirmou Pierre Bergé. Peças indispensáveis no guarda-roupa feminino, como jaquetão, o smoking e o terninho com calça comprida, acrescido de blusas transparentes.
Em 1971, sua coleção inspirada nos anos 40 foi um escândalo. A referência aos sombrios anos da guerra e da ocupação foi criticada por uma conhecida cronoista americana. No entanto, o público gostou e acabou virando um de seus maiores êxitos comerciais.
Nesse mesmo ano posou nu nos anúncios de seu perfume "Homme". Seis anos depois, lançou "Opium", outro escândalo, outro triunfo.
Mas o mestre, que se autodefinia como "um provedor de sonhos e de beleza", vivia no desassossego, afastado do mundo. "Ele nasceu com uma depressão nervosa e congênita", comentou Bergé em uma ocasião.
Yves Saint Laurent se despediu do glamouroso mundo da moda em 7 de janeiro passado com uma coletiva de imprensa, a única de sua carreira.
Disse então adeus à alta-costura com o orgulho de ter "sempre colocado acima de tudo o respeito em relação a esta profissão que não é de todo uma arte, mas necessita de um artista para existir".
Em sua mensagem de despedida, declarou sem puder que havia "conhecido o medo e a terrível solidão. Os falsos amigos que são os tranqüilizantes e os entorpecentes. A prisão da depressão e das casas de repouso".
Confessou que, como Marcel Proust, pertencia à "magnífica e lamentável família dos nervosos (que) é o sal da terra". Também se orgulhava de ter "participado na criação de (sua) época".
Yves Saint Laurent colocou sua arte à serviço do teatro, criando figurinos e cenários.
E vestiu, como não podia ser de outra forma, estrelas como Catherine Deneuve, Zizi Jeanmaire e Claudia Cardinale.
Este príncipe da moda, cuja arte repousava em sua audácia, deu adeus à alta-costura em 2002, depois de 40 anos de criação pujante porque "já não se reconhecia nessa profissão".
O homem dos óculos de armação grossa ficará nos anais da história da moda como um dos grandes estilistas do século XX e como um libertador que deu poder às mulheres, que ousou vesti-la com trajes masculinos.
No sacrossanto altar da moda francesa, esse gênio alcançou maestria própria, junto com outros do porte de Paul Poiret, Christian Dior ou Coco Chanel.
O estilista, que nasceu como Yves-Mathieu Saint-Laurent em 1o. de agosto de 1936 em Oran (Argélia), dedicou 40 anos de sua agitada vida a embelezar as mulheres vestindo-as com peças que lhes deram confiança a si mesmas e muito brilho.
Aquele que seria chamado de o "Príncipe da moda", o perfeicionista, o criador de um estilo, chegou com 17 anos a Paris com os esboços de seus desenhos e um talento transbordante.
Um ano depois virou herdeiro de Christian Dior e simplificou seu nome, passando a se chamar Yves Saint Laurent, com o qual triunfou a partir de 1957, primeiro como diretor artístico da casa Dior, depois da morte de seu fundador, e mais tarde com sua própria maison.
Seu primeiro desfile, em 30 de janeiro de 1958, fascinou os clientes e a imprensa, que cairam aos pés daquele jovem míope e tímido e de suas criações. Sua coleção "Trapézio", em ruptura com as cinturas de vespa, o catapultou ao sucesso.
A partir de 1960 Yves Saint Laurent passou a sofrer muitas crises de depressão. Nessa época, a maison Dior decidiu substituí-lo por outro jovem, Marc Bohan.
Saint Laurent resolveu, então, lançar-se em vôo solitário, com a ajuda de seu amigo Pierre Bergé. Juntos, o criador e administrador, construíram um império do luxo, que abrangeu da alta-costura e do prêt-à-porter aos perfumes.
Ficou conhecido então como o estilista que proporcionou uma nova liberdade às mulheres através de suas criações, especialmente o terninho com calça comprida e o famoso "Le Smoking", apresentado pela primeira vez em 1966.
No início, depurou as peças do supérfluo e se refugiou no negro até que, um dia, viajou a Marrakesh, de cujo colorido se embriagou até dominar os jogos de cores. Em algumas de suas coleção, chegou a prestar homenagem a pintores de renome universal como Mondrian (1965), Picasso (1979), Matisse (1981) e Van Gogh (1988).
"Se Chanel libertou as mulheres, Saint Laurent lhes deu poder com peças masculinas", afirmou Pierre Bergé. Peças indispensáveis no guarda-roupa feminino, como jaquetão, o smoking e o terninho com calça comprida, acrescido de blusas transparentes.
Em 1971, sua coleção inspirada nos anos 40 foi um escândalo. A referência aos sombrios anos da guerra e da ocupação foi criticada por uma conhecida cronoista americana. No entanto, o público gostou e acabou virando um de seus maiores êxitos comerciais.
Nesse mesmo ano posou nu nos anúncios de seu perfume "Homme". Seis anos depois, lançou "Opium", outro escândalo, outro triunfo.
Mas o mestre, que se autodefinia como "um provedor de sonhos e de beleza", vivia no desassossego, afastado do mundo. "Ele nasceu com uma depressão nervosa e congênita", comentou Bergé em uma ocasião.
Yves Saint Laurent se despediu do glamouroso mundo da moda em 7 de janeiro passado com uma coletiva de imprensa, a única de sua carreira.
Disse então adeus à alta-costura com o orgulho de ter "sempre colocado acima de tudo o respeito em relação a esta profissão que não é de todo uma arte, mas necessita de um artista para existir".
Em sua mensagem de despedida, declarou sem puder que havia "conhecido o medo e a terrível solidão. Os falsos amigos que são os tranqüilizantes e os entorpecentes. A prisão da depressão e das casas de repouso".
Confessou que, como Marcel Proust, pertencia à "magnífica e lamentável família dos nervosos (que) é o sal da terra". Também se orgulhava de ter "participado na criação de (sua) época".
Yves Saint Laurent colocou sua arte à serviço do teatro, criando figurinos e cenários.
E vestiu, como não podia ser de outra forma, estrelas como Catherine Deneuve, Zizi Jeanmaire e Claudia Cardinale.
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