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Jurista nomeada por Trump é questionada por declarações sobre estupro

Neomi Rao, jurista nomeada pelo presidente Donald Trump para Tribunal Federal de Apelações, em sua audiência de confirmação no Senado - AFP
Neomi Rao, jurista nomeada pelo presidente Donald Trump para Tribunal Federal de Apelações, em sua audiência de confirmação no Senado Imagem: AFP

06/02/2019 08h53

Uma jurista nomeada pelo presidente Donald Trump para uma posição de alto escalão foi questionada nesta terça-feira (5) em sua audiência de confirmação por textos antigos, nos quais ela parece justificar alguns casos de estupro.

Neomi Rao, 45, foi nomeada para o Tribunal Federal de Apelações em Washington, um dos mais importantes do país, para preencher a vaga deixada por Brett Kavanaugh, que foi para a Suprema Corte.

A nomeação, como a dos outros juízes federais, tem que ser confirmada pelo Senado dos EUA.

Se uma mulher "bebe a ponto de não poder mais escolher, bem, chegar a esse ponto faz parte de sua escolha", escreveu Rao em uma publicação quando estudava na Universidade de Yale no início dos anos 90.

Em outro de seus textos universitários, ela menciona "o perigoso idealismo feminista que ensina mulheres que são iguais" aos homens.

Nesta terça-feira, a jurista foi questionada sobre esses textos por membros da Comissão do Senado sobre Assuntos Judiciais.

Ela, contudo, tentou se distanciar dos escritos, mencionando "um momento de explorações", e disse que se sentiu "perturbada" por algumas das "palavras usadas". "Eu era jovem", ela disse, "gosto de pensar que amadureci como pensadora, como autora e como pessoa".

Ela também tentou minimizar seus comentários sobre o álcool, alegado que se trataram de "observações do senso comum das ações que as mulheres podem tomar para ter menos probabilidade de serem vítimas desse crime horrível".