Chefe da ONU pede que tendência negativa sobre direitos das mulheres seja revertida
Nações Unidas, Estados Unidos, 21 Out 2021 (AFP) - O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, instou o Conselho de Segurança a "reverter" a tendência negativa que afeta os direitos das mulheres, especialmente em países como Afeganistão, Mianmar, Mali ou Iêmen.
"Temos que lutar - e acelerar o ritmo - por cada mulher e cada jovem", pediu em uma reunião ministerial organizada pelo Quênia, presidente em exercício do Conselho de Segurança em outubro.
"As mulheres não aceitarão a redução de seus direitos novamente, nem teriam que fazê-lo em países em conflito ou em qualquer outro lugar", acrescentou.
Em países como Mianmar, Etiópia ou Iêmen, mas também em outros continentes, os direitos das mulheres são violados ou reduzidos, denunciou Guterres.
"No Mali, depois de dois golpes em nove meses, o espaço para os direitos das mulheres não está apenas se estreitando, está fechando", lamentou.
"No Afeganistão, meninas e mulheres estão testemunhando uma rápida deterioração dos direitos que conquistaram nas últimas décadas, incluindo o de encontrar um lugar na sala de aula".
Neste país, "a ONU permanece e se compromete, e continuará promovendo e defendendo os direitos das mulheres e meninas em todas as nossas relações com as autoridades", prometeu.
"Não desistiremos até que as meninas possam voltar à escola e as mulheres possam retomar seu trabalho e participar da vida pública", insistiu o chefe do fórum multilateral.
No Afeganistão, "temos um grande objetivo e uma necessidade urgente de ajudar as mulheres", disse a embaixadora norueguesa nas Nações Unidas, Mona Juul, a repórteres antes da reunião.
"Devemos fazer isso a partir de uma perspectiva de gênero e nos certificar de que cuidamos das mulheres", acrescentou a diplomata norueguesa, para quem o "acesso de mulheres e meninas à educação é fundamental".
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