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EUA nomeiam emissária para defender os direitos das mulheres afegãs

Respeito pelos direitos das mulheres é uma condição exigida por governos estrangeiros para ajudar o Afeganistão - Pixabay
Respeito pelos direitos das mulheres é uma condição exigida por governos estrangeiros para ajudar o Afeganistão Imagem: Pixabay

29/12/2021 14h30

Washington, 29 dez 2021 (AFP) - Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (29) a nomeação de uma emissária especial para defender os direitos das mulheres afegãs, uma prioridade para Washington depois que o Talibã tomou o poder no Afeganistão.

Rina Amiri, uma acadêmica americana nascida no Afeganistão e especialista em mediação, servirá como emissária especial do presidente Joe Biden para os direitos das mulheres e meninas e os direitos humanos no Afeganistão, anunciou o secretário de Estado, Antony Blinken.

Anteriormente, Amiri trabalhou para a administração do democrata Barack Obama.

"Como emissária especial, trabalhará em uma série de questões que são extremamente importantes para mim, para a administração americana e para a segurança nacional dos Estados Unidos: os direitos humanos e as liberdades fundamentais de mulheres, meninas e outras populações em risco em toda a sua diversidade", acrescentou em um comunicado.

Quase seis meses após a retirada militar americana do Afeganistão, Blinken lembrou que os Estados Unidos queriam "um Afeganistão pacífico, estável e seguro, onde todos os afegãos possam viver e prosperar".

O Talibã busca reconhecimento internacional e, portanto, se comprometeu a governar com menos brutalidade do que quando estava no poder anteriormente, entre 1996 e 2001. Mas as mulheres continuam virtualmente excluídas da administração pública e do acesso ao ensino secundário.

Motoristas foram aconselhados pelas autoridades a não transportar mulheres em longas distâncias se elas estiverem desacompanhadas.

O respeito pelos direitos das mulheres é uma das condições exigidas pelos governos estrangeiros para retomar a ajuda internacional ao Afeganistão, um dos países mais pobres do mundo.

O Afeganistão está à beira de um colapso econômico e a ONU alertou sobre uma "onda de fome" iminente, com 22 dos 40 milhões de afegãos correndo o risco de sofrer uma escassez "aguda" de alimentos neste inverno.