Universidade pagará R$ 1,2 bilhão a mulheres que acusaram médico de abuso
Los Angeles, 8 Fev 2022 (AFP) - A Universidade da Califórnia pagará quase US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) a 203 mulheres que denunciaram ter sido abusadas pelo ginecologista do campus.
James Heaps esteve ligado à UCLA por 35 anos e cuidou de milhares de pacientes. Em centenas de processos, mulheres alegam que a UCLA escondeu deliberadamente casos de abuso sexual de pacientes e permitiu que o médico continuasse tendo acesso às vítimas por anos.
Em um acordo apresentado em um tribunal de Los Angeles, a universidade concordou em pagar US$ 243,6 milhões a 203 mulheres que dizem ter sido abusadas por Heaps. O médico enfrenta ainda 21 acusações de abuso sexual feitas por sete mulheres.
"O suposto comportamento de Heaps é condenável e contrário aos valores da universidade", afirmou a UCLA por meio de um comunicado.
"Nossa principal e mais importante obrigação sempre será com as comunidades que servimos, e esperamos que este acordo seja um passo à frente que contribua para que os denunciantes possam curar e fechar ciclos", acrescenta a nota.
História se repete
O acordo segue outro assinado pela Universidade de Michigan, que concordou em pagar US$ 490 milhões a centenas de estudantes e atletas que foram abusadas sexualmente pelo médico universitário Richard Anderson.
A Universidade Estatal de Michigan também chegou a um acordo de US$ 1 milhão com 300 pessoas que foram abusadas por Larry Nassar, médico que também tratou membros da equipe de ginástica olímpica feminina dos Estados Unidos.
A Universidade do Sul da Califórnia anunciou em março do ano passado que havia alcançado três acordos, totalizando US$ 1,1 bilhão, com centenas de estudantes abusadas sexualmente por um ginecologista.
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