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Irã condena duas ativistas LGBTQIA+ à morte

Ativistas LGBT são condenadas a morte no Irã - Reprodução / Internet
Ativistas LGBT são condenadas a morte no Irã Imagem: Reprodução / Internet

06/09/2022 08h32

Duas lésbicas e ativistas LGBTQIA+ acusadas de promover a homossexualidade foram condenadas à morte no Irã, informou um grupo de ativistas nesta segunda-feira (5), instando a comunidade internacional a impedir sua execução.

Zahra Sedighi Hamedani, de 31 anos, e Elham Chubdar, de 24, foram condenadas por um tribunal da cidade de Urmía, no noroeste do país, informou a organização curda de defesa dos direitos humanos "Hengaw".

Segundo a ONG, as jovens também foram acusadas de promover a religião cristã e de ter contactado um veículo da mídia oposto ao governo iraniano.

As duas ativistas estão detidas no presídio de Urmía.

Outra mulher enfrenta as mesmas acusações e também está detida. Trata-se de Soheila Ashrafi, de 52 anos, natural de Urmía. A sentença ainda não foi proferida no seu caso.

A Autoridade Judicial confirmou que elas foram condenadas por "espalhar a corrupção na Terra" — uma acusação frequentemente imposta a réus considerados como tendo infringido as leis da sharia do país. É a acusação mais grave do código penal iraniano.

Shadi Amin, coordenadora da organização iraniana de defesa dos direitos do povo LGTBQ "6Rang", com sede na Alemanha, confirmou as sentenças à AFP.

"Agora pedimos à Alemanha e aos outros governos estrangeiros que pressionem" o Irã pela libertação das ativistas", afirmou.

"Esta é a primeira vez que uma mulher é condenada à morte no Irã por causa de sua orientação sexual", destacou.

O destino de outra ativista iraniana pelos direitos LGBTQIA+ Sedighi Hamedani — conhecida pelo nome de Sareh — provoca uma onda de temores há vários meses. Ela foi detida em 2021 pelas forças de segurança iranianas, quando tentava fugir para a Turquia.

Os defensores dos direitos humanos acusam atualmente o Irã de promover uma campanha de repressão contra amplos setores da sociedade. Os ativistas denunciam, entre outros, as detenções de membros da minoria religiosa bahá'í, o aumento das execuções e a prisão de cidadãos estrangeiros.

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© Agence France-Presse