Mapa da Desigualdade 2019 mostra aumento de feminicídios em SP
A violência contra a mulher cresceu na capital paulista. É o que mostra o Mapa da Desigualdade Social 2019, publicado nesta terça-feira, 5, pela Rede Nossa São Paulo. De acordo com o levantamento, feito com dados de 2018, os feminicídios aumentaram 167% em toda a cidade, e as ocorrências de violência, 51%. Os distritos da Sé e Barra Funda concentram as maiores taxas de ocorrência nos dois indicadores.
Além disso, um dos principais destaques é a média de idade com que as pessoas morreram em 2018. Enquanto em Moema esse valor é de 80,57, em Cidade Tiradentes, é de 57,31, contabilizando mais de 20 anos de diferença entre os dois distritos. Os dados de dez diferentes áreas e 53 indicadores mostram a realidade dos distritos da capital paulista através do "desigualtômetro", que evidencia a diferença entre a melhor e a pior região.
Pela primeira vez, o estudo traz dados sobre violência, com comparativo de agressões contra a mulher, incluindo o feminicídio, violência homofóbica, transfóbica, violência de racismo e injúria racial. Os números foram levantados junto à Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) e ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e são referentes aos locais onde as vítimas sofreram as ocorrências.
O Mapa mostra que a Sé lidera os casos de violência contra a mulher na capital paulista. Foram registradas 8,4 ocorrências de feminicídio para cada 10 mil mulheres na faixa de 20 a 59 anos na região, número 56 vezes maior que em outros 20 distritos da cidade. A violência contra a mulher também é maior nesse mesmo distrito, com 803,9 registros.
Dados sobre educação, saúde, cultura, habitação e idade média ao morrer em cada um dos distritos da cidade também fazem parte do levantamento. Desde 2012, a Rede Nossa São Paulo elabora e divulga anualmente o Mapa da Desigualdade da cidade. Veja aqui as tabelas completas.
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