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Nobel da Paz vai a ativistas contra violência sexual

A ativista Nadia Murad - ELIZABETH LIPPMAN/NYT
A ativista Nadia Murad
Imagem: ELIZABETH LIPPMAN/NYT

da ANSA, em Oslo

05/10/2018 08h27

O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram laureados nesta sexta-feira (5) com o Nobel da Paz de 2018 "por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado". 

O ginecologista Mukwege, conhecido como "doutor milagre", passou grande parte da sua carreira tratando as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo.

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Além disso, foi um crítico do governo congolês e de outros países por não fazerem o suficiente para acabar com os abusos contra mulheres, principalmente em locais que estão enfrentando conflitos armados.

Segundo a Academia do Nobel, o médico de 63 anos e sua equipe trataram cerca de 30 mil vítimas.   

Murad, por sua vez, é uma mulher da minoria religiosa yazidi.   

Ela se tornou uma ativista dos direitos humanos após ter sido escrava sexual do Estado Islâmico (EI) no Iraque por três meses.   

Descrita como uma pessoa que mostra uma "coragem incomum", ela fugiu dos terroristas em 2014 e liderou uma campanha para impedir o tráfico de seres humanos e libertar os yazidis da perseguição.   

Segundo a Academia, Murad é mais uma das milhares de mulheres que sofreram abusos sexuais no Iraque. A violência sexual é utilizada pelo grupo terrorista como uma arma de guerra.