Ativista iraniana é condenada a 33 anos de prisão por ser contra véu
A Justiça do Irã condenou a advogada e ativista pelos direitos humanos Nasrin Sotoudeh a 33 anos de prisão e 148 chibatadas por ter defendido mulheres que protestaram contra a obrigação de usar o véu islâmico.
O marido de Sotoudeh, Reza Khandan, disse à agência de notícias oficial Irna que ela não recorrerá da sentença, por considerar seu julgamento ilegítimo.
A decisão havia sido divulgada em março passado e condena a ativista por "complô contra a segurança nacional", "ameaças contra o sistema", "instigação à corrupção e à prostituição" e por ter "aparecido no tribunal sem véu".
Com o fim do prazo de 20 dias para a apresentação de recurso, a decisão passa a ser definitiva. No entanto, segundo Khandan, Sotoudeh descontará apenas 12 anos de prisão, referentes ao crime mais grave pelo qual foi condenada.
No fim de 2017 e início de 2018, o Irã foi palco de uma onda de protestos contra a obrigatoriedade do uso do hijab, véu islâmico que cobre o pescoço e os cabelos.
A ativista tem 55 anos e recebeu o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, concedido pelo Parlamento Europeu, em 2012, por sua batalha pelos direitos humanos e contra a pena de morte.
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