'Casa de Pedra' em favela de SP lembra obra de Gaudí
Poucos proprietários de imóveis em São Paulo têm tanto orgulho de onde moram quanto Estevão Silva da Conceição, que passou mais de 20 anos construíndo uma casa que é a sua maior paixão.
A "Casa de Pedra" é uma das construções mais originais da cidade, e fica no coração da favela Paraisópolis, no bairro do Morumbi.
É um lugar mágico com arcos salpicados de pedras e paredes cobertas com todo o tipo de objeto - de pratos, xícaras e estátuas a máquinas de escrever e telefones celulares.
Clique aqui para ver fotos da casa
Ela foi construída em um terreno de apenas 75 metros quadrados e tem oito metros de altura.
Dentro, uma série de escadas e pequenos corredores levam a um jardim num terraço que tem uma vista impressionante da favela que abriga mais de 70 mil pessoas.
O que parece mais surpreendente é que um homem que nunca ouviu falar do arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852 - 1926) tenha construído algo tão próximo do seu estilo.
Com freqüência, sua fachada foi comparada a obras no mundialmente famoso Parque Güell, em Barcelona.
Detalhe de obra no Parque Güell, em Barcelona
O Parque Güell, em Barcelona, é mundialmente famoso
Estevão, de 50 anos, começou a construir uma casa para morar, e mais tarde ela se tornou um lar também para sua mulher e seus dois filhos.
Só quando um estudante de arquitetura que passava viu a casa há sete anos é que Estevão percebeu a ligação entre o trabalho dele e o de Gaudí.
Desde então, Estevão visitou a Espanha para ver o trabalho do celebrado arquiteto catalão e sua casa em Paraisópolis se tornou um verdadeira atração.
Em meados deste ano, o interior da casa foi mostrado em artigo na edição brasileira da revista Vogue.
Trabalho em andamento
O projeto começou sem grandes pretensões. "Eu plantei uma roseira e ela ficou bem grande, e eu construí uma estrutura para a casa de uma forma que permitiria que a roseira crescesse. Eu a substituí por outras roseiras, e nunca parei de plantar e construir", afirmou.
Estevão ficou surpreso quando finalmente teve a oportunidade de ir à Espanha.
"Quando eu cheguei no Parque Güell é que achei que o trabalho era muito parecido com o da minha casa. E eu pensei: Nossa, como eu consegui construir uma coisa tão parecida com o trabalho dele sem nem ver."
A esposa de Estevão, Edilene, disse que está muito orgulhosa do marido.
"Eu acho que a casa é muito bonita e diferente e as crianças adoram", disse, acrescentando que não se importa que as pessoas apareçam para visitar.
Estevão fez todo o trabalho sozinho e, depois de 22 anos, disse que ainda tem muito ainda pela frente.
Suas idéias evoluíram ao longo dos anos e o projeto sofreu mudanças.
"Quando eu comecei a construir a casa usando madeira, as pessoas costumavam dizer que parecia uma casa de índio. Aí eu comecei a mudar, e a estutura é feita de ferro."
Ele diz que atualmente todo mundo conhece a "Casa de Pedra", e aparecem até visitantes estrangeiros.
Estevão começou a vida como agricultor na Bahia, aos dez anos.
Aos 19, foi para São Paulo, onde trabalhou como auxiliar de pedreiro e jardineiro.
A "Casa de Pedra" é uma das construções mais originais da cidade, e fica no coração da favela Paraisópolis, no bairro do Morumbi.
É um lugar mágico com arcos salpicados de pedras e paredes cobertas com todo o tipo de objeto - de pratos, xícaras e estátuas a máquinas de escrever e telefones celulares.
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Ela foi construída em um terreno de apenas 75 metros quadrados e tem oito metros de altura.
Dentro, uma série de escadas e pequenos corredores levam a um jardim num terraço que tem uma vista impressionante da favela que abriga mais de 70 mil pessoas.
O que parece mais surpreendente é que um homem que nunca ouviu falar do arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852 - 1926) tenha construído algo tão próximo do seu estilo.
Com freqüência, sua fachada foi comparada a obras no mundialmente famoso Parque Güell, em Barcelona.
Detalhe de obra no Parque Güell, em Barcelona
O Parque Güell, em Barcelona, é mundialmente famoso
Estevão, de 50 anos, começou a construir uma casa para morar, e mais tarde ela se tornou um lar também para sua mulher e seus dois filhos.
Só quando um estudante de arquitetura que passava viu a casa há sete anos é que Estevão percebeu a ligação entre o trabalho dele e o de Gaudí.
Desde então, Estevão visitou a Espanha para ver o trabalho do celebrado arquiteto catalão e sua casa em Paraisópolis se tornou um verdadeira atração.
Em meados deste ano, o interior da casa foi mostrado em artigo na edição brasileira da revista Vogue.
Trabalho em andamento
O projeto começou sem grandes pretensões. "Eu plantei uma roseira e ela ficou bem grande, e eu construí uma estrutura para a casa de uma forma que permitiria que a roseira crescesse. Eu a substituí por outras roseiras, e nunca parei de plantar e construir", afirmou.
Estevão ficou surpreso quando finalmente teve a oportunidade de ir à Espanha.
"Quando eu cheguei no Parque Güell é que achei que o trabalho era muito parecido com o da minha casa. E eu pensei: Nossa, como eu consegui construir uma coisa tão parecida com o trabalho dele sem nem ver."
A esposa de Estevão, Edilene, disse que está muito orgulhosa do marido.
"Eu acho que a casa é muito bonita e diferente e as crianças adoram", disse, acrescentando que não se importa que as pessoas apareçam para visitar.
Estevão fez todo o trabalho sozinho e, depois de 22 anos, disse que ainda tem muito ainda pela frente.
Suas idéias evoluíram ao longo dos anos e o projeto sofreu mudanças.
"Quando eu comecei a construir a casa usando madeira, as pessoas costumavam dizer que parecia uma casa de índio. Aí eu comecei a mudar, e a estutura é feita de ferro."
Ele diz que atualmente todo mundo conhece a "Casa de Pedra", e aparecem até visitantes estrangeiros.
Estevão começou a vida como agricultor na Bahia, aos dez anos.
Aos 19, foi para São Paulo, onde trabalhou como auxiliar de pedreiro e jardineiro.
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