Semana de Moda de Londres reacende debate sobre magreza
A semana de moda de Londres começou neste domingo reacendendo o debate sobre a magreza das modelos que desfilam nas passarelas mundiais.
Na última sexta-feira, a organização não-governamental Beat, que lida com distúrbios alimentares, questionou o comprometimento da indústria da moda britânica em implantar as medidas sugeridas pelo Inquérito sobre a Saúde de Modelos, publicado em setembro.
"Apesar de aplaudirmos a liderança tomada pela indústria da moda, há poucas evidências até agora de qualquer ação direta", disse em um comunicado a presidente da ONG, Susan Ringwood.
O inquérito, encomendado pelo Conselho Britânico de Moda, fez 14 recomendações, entre elas a proibição de modelos menores de 16 anos de desfilarem em Londres e a criação de um atestado médico para garantir que as modelos gozam de boa saúde e não sofrem de distúrbios alimentares como a anorexia e a bulimia.
Capitais da moda
Segundo a presidente do Conselho, Hilary Riva, houve progressos na implementação de parte das recomendações do inquérito.
Em uma carta aberta publicada na última quinta-feira, Riva chamou a atenção para a proibição de modelos com menos de 16 anos, que já está em vigor, e para o fato de que as modelos agora poderão ser representadas pelo sindicato Equity, que tradicionalmente trabalha com atores.
Mas, segundo ela, algumas das mudanças precisam ser adotadas em conjunto por todas as principais capitais mundiais da moda, Londres, Paris, Nova York e Milão.
Riva contou que escreveu para os conselhos de moda destas capitais, mas que está enfrentando o que chamou de "falta de entusiasmo" dessas organizações, principalmente na questão da exigência de atestados médicos.
"Mais de 70% das modelos da Semana de Moda de Londres vivem fora do país, empregadas por agências de fora da Grã-Bretanha, e chegam apenas horas antes dos desfiles", disse.
Ela afirma que uma ação unilateral britânica na questão poderia fazer com que muitas modelos simplesmente se recusassem a participar da temporada de Londres, que é a semana de moda menos atrativa comercialmente entre as quatro maiores.
Mesmo assim, o Conselho de Moda Britânico deve realizar um estudo para avaliar a viabilidade dos atestados médicos e planeja um projeto piloto para setembro deste ano, quando ocorrerão os desfiles da Primavera/Verão 2009.
Palestras
Para muitos profissionais envolvidos diretamente com o mundo da moda, no entanto, o atual gosto pelas modelos emaciadas não mudará enquanto os estilistas recrutarem este tipo de visual para seus desfiles e campanhas.
Por este motivo, uma das mais importantes faculdades de moda do mundo, a Central Saint Martins, em Londres, está considerando dar palestras a seus alunos sobre distúrbios alimentares e o que constitui um peso saudável.
Segundo a reitora da Saint Martins, Anne Smith, a idéia ainda está sendo desenvolvida, mas a faculdade está disposta a trazer especialistas para falarem a seus alunos.
A Saint Martins é conhecida por ter formado alguns dos estilistas mais importantes da atualidade como John Galliano (estilista da maison Dior), Stella McCartney, Alexander McQueen e Paul Smith.
Na última sexta-feira, a organização não-governamental Beat, que lida com distúrbios alimentares, questionou o comprometimento da indústria da moda britânica em implantar as medidas sugeridas pelo Inquérito sobre a Saúde de Modelos, publicado em setembro.
"Apesar de aplaudirmos a liderança tomada pela indústria da moda, há poucas evidências até agora de qualquer ação direta", disse em um comunicado a presidente da ONG, Susan Ringwood.
O inquérito, encomendado pelo Conselho Britânico de Moda, fez 14 recomendações, entre elas a proibição de modelos menores de 16 anos de desfilarem em Londres e a criação de um atestado médico para garantir que as modelos gozam de boa saúde e não sofrem de distúrbios alimentares como a anorexia e a bulimia.
Capitais da moda
Segundo a presidente do Conselho, Hilary Riva, houve progressos na implementação de parte das recomendações do inquérito.
Em uma carta aberta publicada na última quinta-feira, Riva chamou a atenção para a proibição de modelos com menos de 16 anos, que já está em vigor, e para o fato de que as modelos agora poderão ser representadas pelo sindicato Equity, que tradicionalmente trabalha com atores.
Mas, segundo ela, algumas das mudanças precisam ser adotadas em conjunto por todas as principais capitais mundiais da moda, Londres, Paris, Nova York e Milão.
Riva contou que escreveu para os conselhos de moda destas capitais, mas que está enfrentando o que chamou de "falta de entusiasmo" dessas organizações, principalmente na questão da exigência de atestados médicos.
"Mais de 70% das modelos da Semana de Moda de Londres vivem fora do país, empregadas por agências de fora da Grã-Bretanha, e chegam apenas horas antes dos desfiles", disse.
Ela afirma que uma ação unilateral britânica na questão poderia fazer com que muitas modelos simplesmente se recusassem a participar da temporada de Londres, que é a semana de moda menos atrativa comercialmente entre as quatro maiores.
Mesmo assim, o Conselho de Moda Britânico deve realizar um estudo para avaliar a viabilidade dos atestados médicos e planeja um projeto piloto para setembro deste ano, quando ocorrerão os desfiles da Primavera/Verão 2009.
Palestras
Para muitos profissionais envolvidos diretamente com o mundo da moda, no entanto, o atual gosto pelas modelos emaciadas não mudará enquanto os estilistas recrutarem este tipo de visual para seus desfiles e campanhas.
Por este motivo, uma das mais importantes faculdades de moda do mundo, a Central Saint Martins, em Londres, está considerando dar palestras a seus alunos sobre distúrbios alimentares e o que constitui um peso saudável.
Segundo a reitora da Saint Martins, Anne Smith, a idéia ainda está sendo desenvolvida, mas a faculdade está disposta a trazer especialistas para falarem a seus alunos.
A Saint Martins é conhecida por ter formado alguns dos estilistas mais importantes da atualidade como John Galliano (estilista da maison Dior), Stella McCartney, Alexander McQueen e Paul Smith.
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