Lucas Mendes: Yes, no bananas
A história da maçã é pura fantasia. Maçã igual àquela o papai também comia, mas lá no Paraíso não havia.
Estudiosos da Bíblia oferecem versões etmológicas eruditas para nos explicar como a maçã se tornou o mito e o fruto proibido, mas muitos garantem que se havia uma fruta entre Adão e Eva no Éden, banana é a melhor candidata.
Até porque a folha oferece a melhor cobertura para as vergonhas. Folha de macieira não esconde nada. Nem a do figo.
Banana é a fruta em destaque do momento e não é por causa de Adão e Eva.
Este é só um capítulo pequeno do livro Banana - The Fate of the Fruit That Changed the World ( O Destino da Fruta que Mudou o Mundo), de Dan Koeppel, autor do premiado To See Every Bird on Earth, sobre o único homem que já viu - e documentou - oito mil dos nove mil tipos de pássaros reconhecidos pelos ornitólogos.
O Brasil canta de galo naquele livro, mas aparece com pouco destaque no Banana.
Somos o segundo maior produtor do mundo e não exportamos. Adoramos e devoramos nossas bananas, muito mais saborosas do que a heróica Canvendish, campeã mundial de consumo, a banana que resistiu ao fungo do Panamá, uma praga que em poucos anos destruiu a saborosa Gros Michel.
Até a década de 60, ela era a banana universal, conhecida nos Estados Unidos como a Big Mike.
Há mais de mil variedades de bananas, mas a que melhor resistiu ao fungo e tinha condições comerciais ideais para cultivo e exportação em grande escala, foi a chinesa Cavendish.
Dan Koeppel me diz que bananas são mais apreciadas e consumidas do que qualquer outra fruta no planeta. Só os americanos comem mais bananas por ano do que maçãs e laranjas somadas. E elas são frutas da casa.
Pelas viagens das bananas é possível contar a história da civilização e não havia uma bananeira no nosso Bananão quando Pedro Álvares Cabral nos descobriu em 1500.
Na virada do século 19 para o seculo 20, investidores americanos descobriram não só a banana como, em função dela, métodos revolucionários de transportar alimentos. E foram implacáveis com os empregados e governos das Banana Republics, onde fizeram suas plantações.
Banana é o quarto alimento mais consumido no mundo, depois de trigo, arroz e milho.
Nós, brasileiros, comemos duas vezes mais que os americanos, mas não chegamos nem perto de alguns países da África e da Ásia onde, nas regiões pobres, a banana representa 75% da dieta.
Agora a Cavendish esta ameaçada e esta é uma das razões do sucesso do livro.
Dan Koppel nos avisa que, para quem está chocado com o barril de petróleo a R$ 1,60 o litro, é bom se preparar para uma banana pelo mesmo preço.
Como tudo mais neste país afetado pelo preço do petróleo e a desvalorização do dólar, a banana já custa o dobro do que no ano passado.
Nos últimos 13 anos, o novo fungo Panamá, um mutante mais forte do que o original, arrasou as plantações da Indonésia, Malásia, Austrália e Taiwan.
Mais cedo ou mais tarde vai desembarcar nas nossas costas. Os dois principais centros de pesquisas contra este superfungo estão na Bélgica e no Brasil onde, numa das pesquisas, nossa saborosa e miúda banana-ouro está sendo cruzada com outras bitelas mais resistentes.
Buscam uma banana não só antifungo, mas que venha de uma bananeira baixa, de 2 a 3 metros, mais capaz de resistir aos ventos e furacões que assolam a América Central que, com o Equador, são os maiores exportadores do mundo.
Dan Koeppel não tem uma boa explicação sobre a paixão dos macacos pela banana. Nao é pelo preço, diz Koeppel mas, se não surgir uma nova Cavendish, eles também vão ter de mudar a dieta.
Estudiosos da Bíblia oferecem versões etmológicas eruditas para nos explicar como a maçã se tornou o mito e o fruto proibido, mas muitos garantem que se havia uma fruta entre Adão e Eva no Éden, banana é a melhor candidata.
Até porque a folha oferece a melhor cobertura para as vergonhas. Folha de macieira não esconde nada. Nem a do figo.
Banana é a fruta em destaque do momento e não é por causa de Adão e Eva.
Este é só um capítulo pequeno do livro Banana - The Fate of the Fruit That Changed the World ( O Destino da Fruta que Mudou o Mundo), de Dan Koeppel, autor do premiado To See Every Bird on Earth, sobre o único homem que já viu - e documentou - oito mil dos nove mil tipos de pássaros reconhecidos pelos ornitólogos.
O Brasil canta de galo naquele livro, mas aparece com pouco destaque no Banana.
Somos o segundo maior produtor do mundo e não exportamos. Adoramos e devoramos nossas bananas, muito mais saborosas do que a heróica Canvendish, campeã mundial de consumo, a banana que resistiu ao fungo do Panamá, uma praga que em poucos anos destruiu a saborosa Gros Michel.
Até a década de 60, ela era a banana universal, conhecida nos Estados Unidos como a Big Mike.
Há mais de mil variedades de bananas, mas a que melhor resistiu ao fungo e tinha condições comerciais ideais para cultivo e exportação em grande escala, foi a chinesa Cavendish.
Dan Koeppel me diz que bananas são mais apreciadas e consumidas do que qualquer outra fruta no planeta. Só os americanos comem mais bananas por ano do que maçãs e laranjas somadas. E elas são frutas da casa.
Pelas viagens das bananas é possível contar a história da civilização e não havia uma bananeira no nosso Bananão quando Pedro Álvares Cabral nos descobriu em 1500.
Na virada do século 19 para o seculo 20, investidores americanos descobriram não só a banana como, em função dela, métodos revolucionários de transportar alimentos. E foram implacáveis com os empregados e governos das Banana Republics, onde fizeram suas plantações.
Banana é o quarto alimento mais consumido no mundo, depois de trigo, arroz e milho.
Nós, brasileiros, comemos duas vezes mais que os americanos, mas não chegamos nem perto de alguns países da África e da Ásia onde, nas regiões pobres, a banana representa 75% da dieta.
Agora a Cavendish esta ameaçada e esta é uma das razões do sucesso do livro.
Dan Koppel nos avisa que, para quem está chocado com o barril de petróleo a R$ 1,60 o litro, é bom se preparar para uma banana pelo mesmo preço.
Como tudo mais neste país afetado pelo preço do petróleo e a desvalorização do dólar, a banana já custa o dobro do que no ano passado.
Nos últimos 13 anos, o novo fungo Panamá, um mutante mais forte do que o original, arrasou as plantações da Indonésia, Malásia, Austrália e Taiwan.
Mais cedo ou mais tarde vai desembarcar nas nossas costas. Os dois principais centros de pesquisas contra este superfungo estão na Bélgica e no Brasil onde, numa das pesquisas, nossa saborosa e miúda banana-ouro está sendo cruzada com outras bitelas mais resistentes.
Buscam uma banana não só antifungo, mas que venha de uma bananeira baixa, de 2 a 3 metros, mais capaz de resistir aos ventos e furacões que assolam a América Central que, com o Equador, são os maiores exportadores do mundo.
Dan Koeppel não tem uma boa explicação sobre a paixão dos macacos pela banana. Nao é pelo preço, diz Koeppel mas, se não surgir uma nova Cavendish, eles também vão ter de mudar a dieta.
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