Gene dá propensão a 'escolher alimentos calóricos', diz estudo
Uma variante de um gene ligado à obesidade (conhecido como FTO) e que está presente em 63% da população influencia os hábitos alimentares de uma pessoa fazendo com que ela consuma alimentos mais calóricos, sugeriu pesquisa da Universidade de Dundee, na Escócia.
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Os cientistas realizaram testes com cem crianças entre quatro e 10 anos e descobriram que as portadoras da variante do "gene da obesidade" consumiram cem calorias a mais em média em cada refeição. Estas crianças optaram por tipos de alimentos que continham mais açúcar e gordura, deixando de lado opções mais saudáveis.
O estudo levou em conta o metabolismo, distribuição da gordura no organismo, quantidade de exercícios físicos e hábitos alimentares das crianças.
Os resultados foram obtidos com a oferta de uma refeição-teste em uma escola. A refeição oferecida incluiu opções como presunto, queijo, biscoitos, batata frita, uvas passas, pepino, cenoura, chocolate, pão, água e suco de laranja.
Os pesquisadores registraram os alimentos que cada criança deixou em sua bandeja. A refeição-teste foi oferecida três vezes para confirmar as tendências.
"Este trabalho sugere que a obesidade ligada a esse gene pode ser modulado por um controle dietético cauteloso", disse Colin Palmer, do Instituto de Pesquisa Biomédica da Universidade de Dundee.
"Estes resultados não alteram as recomendações dietéticas e de estilo de vida às pessoas, que são de uma alimentação relativamente saudável e exercícios físicos regulares. Fazer isto ainda tem um efeito positivo quer você seja portador desta variante genética ou não."
E Palmer fez outro alerta em função dos resultados que obteve, afirmando que eles "reforçam a hipótese de que o aumento da obesidade em crianças nos últimos anos pode ser atribuído à disponibilidade de alimentos baratos de alto valor energético, que podem ser mais atraentes à grande proporção da população portadora desta variante genética".
Palmer fez parte do grande grupo de cientistas que descobriram o gene FTO em 2007. As pessoas que possuem duas cópias do gene FTO correm quase 70% mais riscos de sofrer de obesidade do que aquelas que não possuem nenhuma. Em portadores de uma cópia, o risco é de cerca de 30%.
O estudo foi divulgado no "New England Journal of Medicine".
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Stock Images Os resultados foram obtidos com a oferta de uma refeição-teste em uma escola. A refeição oferecida incluiu opções como batata frita, presunto, queijo, uvas passas, suco de laranja e biscoitos |
Os cientistas realizaram testes com cem crianças entre quatro e 10 anos e descobriram que as portadoras da variante do "gene da obesidade" consumiram cem calorias a mais em média em cada refeição. Estas crianças optaram por tipos de alimentos que continham mais açúcar e gordura, deixando de lado opções mais saudáveis.
O estudo levou em conta o metabolismo, distribuição da gordura no organismo, quantidade de exercícios físicos e hábitos alimentares das crianças.
Os resultados foram obtidos com a oferta de uma refeição-teste em uma escola. A refeição oferecida incluiu opções como presunto, queijo, biscoitos, batata frita, uvas passas, pepino, cenoura, chocolate, pão, água e suco de laranja.
Os pesquisadores registraram os alimentos que cada criança deixou em sua bandeja. A refeição-teste foi oferecida três vezes para confirmar as tendências.
"Este trabalho sugere que a obesidade ligada a esse gene pode ser modulado por um controle dietético cauteloso", disse Colin Palmer, do Instituto de Pesquisa Biomédica da Universidade de Dundee.
"Estes resultados não alteram as recomendações dietéticas e de estilo de vida às pessoas, que são de uma alimentação relativamente saudável e exercícios físicos regulares. Fazer isto ainda tem um efeito positivo quer você seja portador desta variante genética ou não."
E Palmer fez outro alerta em função dos resultados que obteve, afirmando que eles "reforçam a hipótese de que o aumento da obesidade em crianças nos últimos anos pode ser atribuído à disponibilidade de alimentos baratos de alto valor energético, que podem ser mais atraentes à grande proporção da população portadora desta variante genética".
Palmer fez parte do grande grupo de cientistas que descobriram o gene FTO em 2007. As pessoas que possuem duas cópias do gene FTO correm quase 70% mais riscos de sofrer de obesidade do que aquelas que não possuem nenhuma. Em portadores de uma cópia, o risco é de cerca de 30%.
O estudo foi divulgado no "New England Journal of Medicine".
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