Os indígenas que acusam a Nike de pirataria e causaram cancelamento
Etnia panamenha Guna diz que a empresa esportiva copiou sua ancestral arte têxtil chamada 'mola' e exige indenização.
A Nike teve que cancelar a comercialização de uma nova versão de seu clássico modelo de tênis Air Force 1 por conta de um desentendimento com um povo indígena.
A multinacional norte-americana de roupas esportivas havia criado uma edição limitada do calçado que era descrita como sendo uma homenagem à ilha de Porto Rico. A ideia era que o lançamento acontecesse no dia 6 de junho, mas ele foi cancelado.
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"Pedimos desculpas para a representação incorreta da origem do desenho do Nike Air Force 1 Porto Rico 2019. Como resultado, este produto não estará mais disponível", disse a companhia em um comunicado.
Mas o que aconteceu?
Acusação de pirataria
Uma tradicional etnia indígena, a Guna, que vive principalmente em ilhas do Caribe na região do Panamá e da Colômbia, denunciou a multinacional por usar no calçado um icônico desenho têxtil chamado "mola". A mola é um bordado feito à mão em que se usam linhas e agulhas finíssimas para bordar telas coloridas com desenhos geométricos e de animais.
Os Guna alegam que a Nike usou os desenhos sem o consentimento deles ou uma consulta prévia.
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