Globo de Ouro: meta de Regina King enfrenta dura realidade de Hollywood
Quando Regina King aceitou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em "Se a Rua Beale Falasse", ela prometeu que, dentro dos próximos dois anos, a equipe de todos os projetos que ela produzir terá 50% de mulheres e desafiou o restante de Hollywood a fazer o mesmo.
É uma carga pesada. A indústria cinematográfica continua sendo dominada por homens, que representaram quase três quartos dos produtores dos 300 principais filmes lançados entre 2016 e 2018, de acordo com o relatório anual da Iniciativa de Inclusão da USC Annenberg.
Mulheres brancas representaram 16,3% dos produtores; mulheres não brancas, apenas 1,6%.
Em cargos mais técnicos e de pós-produção, as mulheres foram ainda mais escassas. Nas centenas de filmes lançados entre 2016 e 2018:
- Oito tiveram mulheres como diretoras de fotografia
- Cinco tiveram operadoras de câmeras do sexo feminino
- Menos de uma em cada seis editores eram mulheres
- 2,3% dos compositores eram mulheres
Quando os dados são divididos por raça, fica claro que as mulheres não brancas têm ainda menos probabilidade de estar nesses cargos. Menos de 2%dos editores, designers de produção e produtores eram mulheres não brancas. Não houve nenhuma diretora de fotografia não branca nos principais filmes dos últimos dois anos.
King não foi específica sobre sua meta, e existem outras partes da produção de filmes que são dominadas por mulheres, em especial os departamentos de cabelo e maquiagem. Os cargos de figurinista e diretor de elenco também são frequentemente ocupados por mulheres.
"Vai ser difícil garantir que tudo o que eu produzir tenha 50 por cento de mulheres", disse King no palco no domingo.
"Eu apenas desafio qualquer um que esteja em uma posição de poder -- não apenas em nossa indústria, mas em todos os setores -, eu desafiaria você a desafiar a si mesmo para lutar conosco solidariamente e fazer o mesmo."
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