Eleições nos EUA têm novo recorde de candidatas mulheres
Nas eleições ao Congresso dos Estados Unidos, o número de mulheres no páreo é recorde, puxado em parte por republicanas que tentam se eleger por um partido que luta para recuperar o espaço perdido entre o eleitorado do sexo feminino.
O movimento intensifica o avanço das candidatas — a maioria do Partido Democrata — observado no ciclo eleitoral de 2018, que contribuiu para dar uma cara nova ao Congresso. O quadro também impacta a corrida presidencial, com base nos padrões de voto vistos dois anos atrás e na liderança do democrata Joe Biden nas pesquisas sobre o presidente Donald Trump entre as eleitoras. Biden prometeu escolher uma mulher como companheira de chapa.
"Nós nos perguntamos se 2018 seria um ponto fora da curva", disse Debbie Walsh, diretora do Centro para Mulheres Americanas e Política na Universidade Rutgers. "De fato, vimos que os números continuam a crescer."
Até o dia 1º de julho, 574 mulheres se inscreveram nas eleições primárias para concorrer a vagas na Câmara de Deputados, superando o recorde de 476 alcançado dois anos atrás, segundo dados compilados pelo centro. Outras 58 mulheres entraram para concorrer ao Senado, em comparação com 53 em 2018. No total, o número de mulheres tentando um assento no Congresso americano aumentou 20%. Os dados incluem 104 que tentam a reeleição.
Entre elas estão parlamentares que rapidamente ganharam destaque nacional após terem sido eleitas pela primeira vez em 2018. É o caso de Alexandria Ocasio-Cortez, deputada por Nova York, mulher mais jovem já eleita ao Congresso e uma estrela da ala progressista do Partido Democrata, e de Abigail Spanberger, deputada pela Virgínia, que trabalhava para a CIA e conseguiu a vaga em um distrito dominado por republicanos há muito tempo.
Recuperando a maioria na Câmara
Como candidatas e eleitoras, as mulheres foram fundamentais para que o Partido Democrata recuperasse a maioria na Câmara de Deputados. Isso desencadeou um esforço dos republicanos para recrutar mais candidatas. Cerca de 246 mulheres se inscreveram para concorrer a vagas legislativas pelo Partido Republicano este ano, 73% mais do que o total de 142 inscritas dois anos atrás.
Em 2016, a vitória de Trump sobre Hillary Clinton, a primeira mulher indicada como candidata presidencial de um partido de peso, foi um grande motivador para as mulheres que concorreram pela primeira vez em 2018, sobretudo pelo Partido Democrata.
"A eleição de 2016 fez muito para inspirar as mulheres em 2018", disse Walsh. "Havia uma sensação de perda de potencial, de perda de terreno em diversas questões, que foram tremendamente importantes para muitas mulheres."
A diferença de gênero entre os dois partidos se ampliou. Em 2016, a vantagem de Hilary sobre Trump entre as mulheres foi de 13 pontos percentuais (54% a 41%), segundo pesquisas de boca de urna publicadas pela CNN. Na eleição ao Congresso em 2018, 59% das mulheres votaram no Partido Democrata.
Em 2020, na disputa entre Trump e Biden pela Casa Branca, diversas pesquisas recentes mostram o democrata com vantagem de 21 a 26 pontos percentuais entre as mulheres.
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