Coco Chanel foi uma "intermediária" na 2ª Guerra Mundial, diz sua grife
Madri, 17 ago (EFE).- A grife Chanel defendeu o papel de "intermediária" da estilista francesa Coco Chanel durante a Segunda Guerra Mundial para alcançar um acordo de paz, negando as acusações de espionagem para os nazistas, como afirmou sua última biografia.
Em comunicado, a Chanel respondeu ao livro "Sleeping with the Enemy: Coco Chanel's Secret War" ("Dormindo com o inimigo: A guerra secreta de Coco Chanel", da tradução livre), do jornalista americano Hal Vaughan, que oferece detalhes da ligação da estilista com os nazistas e afirma que ela trabalhou para a agência de inteligência militar alemã, na qual era identificada como F-7124.
Segundo a grife francesa, Chanel aproveitou-se de sua "relação de amizade" com Winston Churchill "para atuar como intermediária entre os aliados e os alemães visando a um acordo de paz".
A própria grife Chanel reconhece que existem muitas versões em torno de seu papel na Operação Modelhut e, por isso, acredita que "os fatos reais sempre serão um mistério".
A marca francesa admite que ainda não teve a oportunidade de ler o livro, que chegou às livrarias americanas na terça-feira, e que, portanto, responde às "resenhas publicadas por alguns veículos de comunicação".
A nova biografia revela a origem do antissemitismo da estilista e como ela foi recrutada para a inteligência nazista. Além disso, explica como Coco Chanel utilizou sua posição de espiã para receber favores, como a libertação de seu sobrinho detido e a tentativa de se apropriar dos bens de sócios judeus de sua grife.
O livro também revela como a rainha da moda conseguiu escapar da morte quando foi detida e posteriormente liberada em Paris, cidade na qual morreu, aos 71 anos, após nove anos de exílio na Suíça para recuperar sua reputação e reinventar a marca com a qual revolucionou o mundo da moda.
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