Italianas marcham contra violência machista e para exigir igualdade
Milhares de mulheres realizaram uma greve nesta sexta-feira e se manifestaram nas ruas das principais cidades da Itália, especialmente em Roma, para exigir igualdade e direitos, assim como para denunciar os casos de violência machista na sociedade.
A maior manifestação foi o protesto de Roma, convocado pelo coletivo "Non una di meno" (Nem uma menos) e que reuniu milhares de mulheres de todas as idades para tingir de fúcsia o centro da capital, a cor usada por essa organização.
O ponto de partida foi a praça Vittorio Emanuele e muitas das participantes levavam em suas mãos um enorme cachecol de crochê na cor vermelha para representar o balanço de mulheres assassinadas por homens.
As participantes gritaram palavras de ordem contra o ministro do Interior e líder do partido ultradireitista Liga, Matteo Salvini, que recentemente defendeu a reabertura dos prostíbulos, fechados com uma lei de 1958, e contra o senador Simone Pillón, que impulsionou um projeto de lei sobre a custódia de filhos em caso de divórcio muito criticado.
O "Non una di meno" tinha convocado uma "greve feminista" em todo o país, pedindo às mulheres que se abstivessem de realizar qualquer tipo de atividade trabalhista, doméstica ou de consumo.
A Itália uniu-se assim à mobilização internacional, com marchas nas suas principais cidades como Nápoles e Turim, onde se viveram alguns momentos de tensão entre as centenas de manifestantes e a polícia, segundo informou a imprensa local.
Na capital piamontesa o lema do protesto era "Se pararmos, o mundo para" e as manifestantes se reuniram na praça Castello com balões, cartazes e bandeiras, para depois seguir rumo ao Porta Palazzo.
Ali é montado a cada dia o principal mercado da cidade e a passagem da manifestação por esse ponto tinha como objetivo acabar com o "clichê" das compras como atividade feminina.
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