Karlla Girotto emociona com desfile de mulheres flutuantes e seus homens "pé no chão"
Os sapatos com plataforma, envernizados em tons clarinhos de verde, amarelo ou rosa esperavam por elas, enfileirados num dos degraus da escada. E elas chegaram, aos poucos, flutuando no céu, representadas por suas roupas, em vestidos que dançavam no ar pendurados em cabides presos a enormes balões brancos de gás. Entre a mulher com seu universo próprio e sonhador e a realidade, os homens, cada qual carregando sua mulher e também a parte que têm de feminino na alma.
Essas são apenas algumas das muitas idéias que a imagem criada por Karlla Girotto para apresentar sua coleção de verão pôde suscitar nos convidados da performance da estilista, apresentada na escadaria que dava para o gramado de uma das laterais da sala 1 do prédio da Bienal.
O fato é que todo mundo se emocinou, cada um lá com suas reflexões, evocadas por toda a cena, de arrepiar. Depois de entrarem carregando os balões que prendiam os vestidos pendurados no cabide, cada modelo soltava, aos poucos "sua mulher" ao vento. E as moças - ou melhor, seus vestidos, com muitas saias godês, várias camadas de panos e nesgas - se misturavam no céu, andavam para lá e para cá, tomavam caminhos diferentes. Enquanto isso, os homens, sem pestanejar, permaneciam imóveis em seus lugares, apenas dando asas ao feminino, soltando cada vez mais a linha que prendia os balões.
A coleção, ah, a coleção. Muito bonita, a masculina - a feminina estava lá no alto, vamos falar dos homens - tinha referência militar e safari, com muitas camisas sequinhas de manga curta, bolsos com lapela, matingarles (detalhe militar), calças mais ajustadas, algumas mais étnicas, com muito cáqui, branco e off white.
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