Jovens estilistas fazem manifesto, roupa retrô e experimentação no Rio Moda Hype
Um jogou tinta no modelo para protestar contra o uso de peles de animais nas roupas. Outro, pintou as modelos na passarela para homenagear o artista Yves Klein. O primeiro, foi um pouco literal demais na performance tal qual um protesto do PETA. O segundo, se saiu melhor. Independentemente do resultado, o ponto alto da apresentação dos estilistas do projeto Rio Moda Hype, nesta quinta (18), no Fashion Rio, foi a liberdade para experimentar. Talvez mais na performance do que na moda.
A Soul Seventy, que pintou duas modelos na boca de cena da passarela, enquanto o desfile da marca acontecia, criou peças com mais experimentação, com cavalos deslocados, mangas com volumes diferentes e uma boa estampa de respingos multicoloridos.
Charllotte, inspirada pelo jazz, Marciana, pelo impressionismo do pintor Toulouse e Athria Gomes, por uma personagem japonesa, apostaram num estilo retrô, a primeira puxando para os vestidos de festa, e as outras duas para os detalhes para os detalhes artesanais (Marciana nos tricôs e Athria nas rendinhas). Todas, no entanto, acabaram criando imagens um pouco desgastadas dentro do estilo "minha avó tinha".
Na Tear Gas, os jeans com lavagem esverdeada, gastos, ajustados como toda a coleção, foram o ponto alto do inverno da marca, que também apostou numa brincadeira com as roupas masculinas a rigor. O protesto, do início do desfile, contra o uso de peles, teve continuidade apenas nas peles artificiais usadas em jaquetinhas e golas de casacos.
Com inspiração no músico Chico Science, a Pluz Brasil utilizou o moletom em cores desgastadas para criar bons modelos de casacos e blusões tanto femininos quanto masculinos.
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