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Simone Nunes brinca com passado e presente em estréia no SPFW

Simone Nunes estréia no SPFW com feminilidade contemporânea - Silvia Boriello/UOL
Simone Nunes estréia no SPFW com feminilidade contemporânea
Imagem: Silvia Boriello/UOL

CAROLINA VASONE<br>Editora de UOL Estilo

27/01/2007 16h18

Um dos grandes destaques do extinto Amni Hot Spot, Simone Nunes fez estréia aplaudida no São Paulo Fashion Week neste sábado (27).



É verdade que a nova geração de bons estilistas tem como ótimo hábito apoiar os colegas e fazer torcida entusiasmada e quase organizada na platéia. Mas Simone Nunes agradou mais do que os amigos com sua moda que brincou com o passado e o presente não exatamente nas formas, mas nas técnicas utilizadas para construir sua coleção de inverno.



Crina de cavalo usada no acabamento das peças de alfaiataria de antigamente, bordados e aplicações artesanais se misturavam a tecidos sintéticos como o nylon ou bem contemporâneos, como o matelassê. O resultado, porém, era mais artesanal do que tecnológico, em bermudas e shorts de tecido de alfaiataria ou lã soltinhos, vestidos retos e levemente evasês mais curtos, casaquinhos evasês com meia manga.



Os bordados de figuras grandes, de outro tecido e cor, em várias das peças são uma marca registrada da estilista e apareceram bastante, tanto com mais brilho como no vestido marinho com aplicação de flores em laranja quanto sem, caso do vestido creme que abriu o desfile em Bruna Tenório, com aplicação de desenhos de folhagem.



As mangas das blusas e vestidos merecem destaque, mais estruturadas, abertas quase em "A", ou bufantes, compridas, grandes mas não volumosas.



O matelassê apareceu com graça na coleção, como num casaco evasê com estampas clarinhas de vários tons e também na saia em "A" vermelha bem forte.



Em tons mais claros como pele, branco e cinza e momentos mais escuros de marinho, combinado muitas vezes com o laranja ou o vermelho, o inverno de Simone Nunes mostrou roupas para moças quase comportadas mas nem um pouco antiquadas, que têm feminilidade e vivem o seu tempo.