Evento de moda do Brás pretende valorizar a produção do bairro
Ao passar pelas ruas do Brás, em meio às fábricas e casas geminadas, é fácil notar que se trata de um bairro antigo e operário. Também é fácil lembrar dos inúmeros imigrantes que o formaram, entre eles italianos, portugueses e espanhóis. Mas, aos poucos, as origens históricas vão ficando para trás, ofuscadas pelas vitrines das lojas, do corre-corre das sacoleiras, do trânsito intenso. E, em tempos de desfile de moda no local, as informações ficam ainda mais distantes.
Esses desfiles já são conhecidos do bairro e têm atraído, cada vez mais, maior número de pessoas. O "Brás Moda", como é chamado, espera nesta edição, no lançamento da coleção outono/inverno 2007, cerca de 100 mil pessoas, entre os dias 12 e 14 de março. Para alcançar esse número contam com o fato de o evento ser aberto e, ainda, com a popularidade da região, que atrai consumidores do país todo. As roupas são o grande atrativo do local, que conta com cerca de 4 mil fabricantes de roupas e peças jeans.
A Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), que apóia o Brás Moda, mostra-se confiante na moda produzida no Brás, como demonstra o próprio slogan do evento "Moda para Ver e Vestir". É o que explica a assessora de diretoria da Alobrás, Sandra Regina Russo. "O Brás dita moda, mas uma moda não apenas para se ver em um desfile, como acontece com muitos eventos em São Paulo; a moda feita aqui é acessível às pessoas". E menciona os criadores do próprio bairro: "Nossos estilistas são gabaritados para não precisar mais buscar a moda lá fora; a moda pode ser criada no Brás".
Para Sandra, as produções apresentadas no "Brás Moda", valorizam a produção do bairro. Mas, além disso, servem para mudar sua imagem no mercado, acrescentando certo "glamour". "Queremos mudar a imagem das mercadorias do Brás, geralmente vistas como coisas populares e baratas".
Nesse aspecto, as celebridades que sobem nas passarelas ajudam a conferir maior status ao evento. Daniela Cicarelli, por exemplo, é uma das modelos que desfila para a grife Sawary. A marca mostra em sua coleção calças jeans, túnicas, botas, e outras referências que, segundo a equipe de criação (que afirmaram não poder se identificar), foram buscadas no São Paulo Fashion Week e em revistas de moda. Por isso, para as estilistas da equipe a moda não seria criada propriamente no Brás. "Nós adaptamos as tendências de fora para a realidade do Brás e do Brasil", diz.
Outra marca que participa do evento é RH Jeans. O estilista Roswel Gonzalez diz que a coleção aposta em jeans mais secos, jaquetas secas e curtas, bordados nos bolsos traseiros das calças, entre outras tendências. Na criação são procuradas referências da Europa, principalmente da Alemanha, e dos Estados Unidos. A adaptação, para ele, também seria a palavra mais apropriada para as criações apresentadas no Brás. Ainda assim, acredita ele, é possível desfilar coleções com identidade própria. "A criatividade está aqui 100% exposta", afirma, sorridente.
Esses desfiles já são conhecidos do bairro e têm atraído, cada vez mais, maior número de pessoas. O "Brás Moda", como é chamado, espera nesta edição, no lançamento da coleção outono/inverno 2007, cerca de 100 mil pessoas, entre os dias 12 e 14 de março. Para alcançar esse número contam com o fato de o evento ser aberto e, ainda, com a popularidade da região, que atrai consumidores do país todo. As roupas são o grande atrativo do local, que conta com cerca de 4 mil fabricantes de roupas e peças jeans.
A Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), que apóia o Brás Moda, mostra-se confiante na moda produzida no Brás, como demonstra o próprio slogan do evento "Moda para Ver e Vestir". É o que explica a assessora de diretoria da Alobrás, Sandra Regina Russo. "O Brás dita moda, mas uma moda não apenas para se ver em um desfile, como acontece com muitos eventos em São Paulo; a moda feita aqui é acessível às pessoas". E menciona os criadores do próprio bairro: "Nossos estilistas são gabaritados para não precisar mais buscar a moda lá fora; a moda pode ser criada no Brás".
Para Sandra, as produções apresentadas no "Brás Moda", valorizam a produção do bairro. Mas, além disso, servem para mudar sua imagem no mercado, acrescentando certo "glamour". "Queremos mudar a imagem das mercadorias do Brás, geralmente vistas como coisas populares e baratas".
Nesse aspecto, as celebridades que sobem nas passarelas ajudam a conferir maior status ao evento. Daniela Cicarelli, por exemplo, é uma das modelos que desfila para a grife Sawary. A marca mostra em sua coleção calças jeans, túnicas, botas, e outras referências que, segundo a equipe de criação (que afirmaram não poder se identificar), foram buscadas no São Paulo Fashion Week e em revistas de moda. Por isso, para as estilistas da equipe a moda não seria criada propriamente no Brás. "Nós adaptamos as tendências de fora para a realidade do Brás e do Brasil", diz.
Outra marca que participa do evento é RH Jeans. O estilista Roswel Gonzalez diz que a coleção aposta em jeans mais secos, jaquetas secas e curtas, bordados nos bolsos traseiros das calças, entre outras tendências. Na criação são procuradas referências da Europa, principalmente da Alemanha, e dos Estados Unidos. A adaptação, para ele, também seria a palavra mais apropriada para as criações apresentadas no Brás. Ainda assim, acredita ele, é possível desfilar coleções com identidade própria. "A criatividade está aqui 100% exposta", afirma, sorridente.
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